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Olá pessoas, quanto tempo não? Mais alguém estava com saudade dessa familinha?


Prometo não demorar tanto, mas comentem pra me instigar... me deem dicas para os próximos capítulos.


Comentem!

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Arthur


Viver com a Carla é a melhor coisa que eu já vivi em todos os anos da minha vida, mas assim como todo casal que tem filhos pequenos, as vezes nós nos esquecemos um pouco de nós e da nossa relação como casal. Hoje, como todos os outros dias, acordamos, banhamos três crianças, levamos uma para a escola, entretemos as outras duas enquanto isso, mantemos elas vivas, saudáveis e felizes, durante mais um dia. Agora são 20h e meus filhos estão todos dormindo, cada um no seu cantinho, eu acabei de tomar banho e minha mulher tá tomando o dela. Foi então que tive uma ideia, assistir um filme, com ela, agarrados no sofá, como fazíamos quando era só nós dois. Pra isso, organizei a sala, trouxe coberta, porque a Carla tem um frio fora do comum, sério, não sei de onde ela tira tanto frio. Fiz pipoca, dois baldes, um com manteiga e o outro com leite condensado, que é a forma que Carla mais ama, tentei fazer um brigadeiro também, mas não sei se isso deu muito certo não, talvez tenha queimado um pouco, coloquei algumas latas de coca e cerveja pra gelar e prontinho. Agora estou deitado, com o filme pausado, esperando que ela apareça, não sei qual será a reação dela, porque ela ainda não sabe.


Ca: huuuum, que que vai acontecer aqui? (Ela chega se deitando no sofá e me abraçando pela cintura, com o cheirinho de pantene bambu exalando)
A: cheirosa! (Dou um selinho nela) então, pensei em vermos um filme, agarradinhos, aproveitar que os pequenos já dormiram, tô com saudade! (Olho pra ela por alguns segundos, depois beijo seus lábios devagar)
Ca: ah é, eu também tô com saudade de não dividir meu marido com mais ninguém! (Ela me beija novamente) qual o filme?
A: advinha? (Sorrio)
Ca: vida de inseto não amor, por favor! (Rio da sua constatação, a gente viu esse filme milhões de vezes já e o pior é que a Clarice ama)
A: querido John!
Ca: tá a fim de chorar vida? (Ela se deita em meu peito)
A: ah isso aí já foi a muito tempo. (Brinco)
Ca: humrum! Você chora toda vez, lindo! Mas eu topo, bom que esse a gente já sabe de cor, então eu posso ficar te agarrando o filme todo! (Ela sorri maliciosa)
A: Carla, Carla! Eu querendo ficar agarradinho em você, sem malícia nenhuma e você aí toda maldosa, falei que um dia o jogo ia virar!
Ca: virar por que gente?
A: eu disse pra voce lá no programa que um dia você ia me pedir pra ser malicioso e eu ia dizer que hoje não, mas me diz se eu consigo te dizer que não? (Sorrio todo bobo constatando a verdade)
Ca: garoto, sua memória é perfeita, eu não lembro quase nada das coisas que a gente falava no programa. (Ela ergue o rosto pra me olhar)
A: canceriano né! (Dou um cheirinho nela) vamos começar?
Ca: vou fazer pipoca! (Fala se levantando)
A: eu já fiz, tá ali na mesinha do outro lado. (Aponto e ela procura)
Ca: você pensou em tudo!
A: pega a cerveja e a coca que eu deixei na geladeira. (Ela vai)
Ca: aqui!


Me entrega a cerveja, abre a coca, pega a pipoca e se senta perto de mim, coloco o filme e começamos a assistir, em uma das tantas cenas emocionantes que esse filme tem, ela já está deitada em meu peito, quando escuta o meu choro baixinho.


Ca: cê já tá chorando vida! (Vira pra mim)
A: eu não consigo ver esse filme e não chorar, a história deles é muito linda amor, me faz lembrar um pouco a nossa. (Enxugo uma lágrimas que caia por sua bochecha e mantenho minha mão ali)
Ca: ah é, e por que? (Me olha com os olhinhos brilhando com as lagrimas)
A: porque assim como eles, a gente voltou um para o outro, mesmo depois de tudo parecer não querer a gente junto, a gente encontrou o caminho de volta. (Ela já estava chorando junto comigo, colo minha testa na dela e ficamos assim por alguns minutos)
Ca: eu te amo tanto vida, ainda bem que encontramos esse caminho. (Ela me olha e acaricia minha barba)
A: ainda bem, te amo! (Beijo-a com calma, aprofundamos nosso beijo e quando vemos o filme acabou) acabou!
Ca: hum? (Fala ofegante)
A: o filme! Acabou.
Ca: ah, tudo bem, tenho um outro filme pra te mostrar. (Ela tira a camisola duma vez e eu fico abismado olhando ela totalmente nua em meu colo)
A: o melhor filme do mundo! Aquele que só eu posso assistir! (Começo a fazer uma trilha de beijos em seu pescoço e seios)
Ca: vem cá, que eu também quero ver meu melhor filme do mundo! (E arranca meu shorts do pijama, me deixando completamente nu)
A: vida, não é melhor irmos pro quarto de visitas, e se a Clarice acorda? (Me lembro que minha filha dorme com o quarto aberto)
Ca: tem razão, mas eu quero aqui hoje


Ela levanta rebolando completamente nua e me deixando ainda mais maluco, vai até o quarto da nossa filha, tranca a porta por fora, passa do lado do nosso, encosta a porta e volta, sentando um pouco acima do meu membro ereto, me beija loucamente e nos amamos como se não precisássemos acordar pra dar conta de três crianças no outro dia. Fui dormir exausto, mas foi a melhor noite dos últimos tempos, dormi agarrado a minha mulher, totalmente satisfeito e ainda mais apaixonado.


ClariceOnde histórias criam vida. Descubra agora