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Arthur

Na hora que a Carla fala sobre a proposta dela morar em São Paulo seis meses, meu coração já erra as batidas, eu começo a lembrar de tudo que SP sempre representou pra gente, de como tudo desandou de vez quando ele precisou ficar por lá, muito mais tempo. Tudo vem a minha memória, ela se distanciando de mim, arranjando desculpas pra não ficar mais no Rio, das nossas brigas, das despedidas sofridas e por fim, do rompimento.

Resolvo sair do quarto, se eu ficasse mais poderia falar bobeira e por mais puto que eu esteja agora, não vou machucar ela, não mais. Saber que ela além de ir, quer levar nossos pequenos junto com ela, me fez ter ainda mais medo, então paro na porta do quarto deles e entro devagar, pra não acordar nenhum deles. Sento devagar na cama da Clarice e afago seu cabelo.

A: como eu aguentaria não ter você aqui toda noite, se eu tenho você desde o primeiro segundo que você existe! (Dou um beijinho em seu rosto e depois vou ao berço dos gêmeos) e vocês meus pituquinhos, papai não consegue nem pensar na possibilidade de não sentir esse cheirinho gosto que só vocês tem todos os dias, acordar e ouvir os gritinhos de bom dia.

Fico um tempo ali velando o sono deles e nem percebo o tempo passando, quando volto pro quarto minha mulher está dormindo, o rosto inchado denúncia que ela chorou, esparramada na cama. Eu a afasto um pouco e me deito atrás dela, cheiro seu pescoço e imagino como será não ter ela aqui todas as noites.

A: aí Vida, eu não sei mais dormir sem você! Eu vivi um inferno por dois anos, tentando dormir sem saber onde você andava, e agora, dois anos depois que você voltou pra mim, eu simplesmente não consigo imaginar você dormindo longe por tanto tempo, não é só você que odeia dormir longe de mim! Eu preciso do seu cheiro pra conseguir descansar, eu preciso sentir seu corpo colado ao meu pra poder adormecer, mas eu meti os pés pelas mãos mais uma vez e não sei como consertar as coisas. Eu só sei que eu não quero você vivendo a vida sem mim do lado! (Eu estava tão absorto em minhas próprias palavras que eu não percebo quando ela acordou)
Ca: então vamos comigo! (Ela se vira no meu abraço e enxuga as lágrimas que caem) eu também não quero viver a vida sem você do lado amor, sem você a vida fica sem graça, eu também preciso sentir você, te beijar, sentir seu cheiro, ouvir você me chamando de vida e dizendo que me ama. (Fala enquanto acaricia meu rosto)
A: mas e como eu faço com o meu trabalho aqui, vida? Eu não seu se eu consigo fazer tudo de lá.
Ca: a gente dá um jeito, se for preciso eu não aceito a proposta, mas eu não quero que isso afete a nossa relação, eu já sacrifiquei muito a gente por qualquer outra coisa.
A: eu vou falar com meu diretor, ver se eu eu consigo vir só para as gravações nas terças, vou ver também com as Thais se dá pra manter as publicidades e todo o resto lá de São Paulo mesmo (Ela sorri pra mim e eu sorrio de volta)
Ca: então quer dizer que você vai?
A: se tudo der certo, sim! Eu quero ver você brilhando amor, não quero que abra mão de um sonho seu por nossa causa, se há algo pra fazer da minha parte, será feito. Você é incrível no que faz e eu quero acompanhar cada passo seu de volta às cenas.
Ca: aí Vida, sério mesmo?
A: humrum (Ela me beija)
Ca: eu te amo tanto... sabia?
A: eu que te amo! E desculpa pela minha reação de mais cedo, eu só tava apavorado, por causa de tudo que São Paulo representa pra mim! Eu tive medo da nossa relação acabar de novo e perder você e nossos filhos.
Ca: você não vai perder a gente nunca lindo! (Beija meu olho) iiiii beijo no olho não pode!
A: por que? Eu já sou totalmente apaixonado, maluco por você! (Deito ela sobre a cama) eu não sei viver sem você vida!
Ca: eu que não seu viver sem você, meu gostoso! (Ela passeia meu corpo com as mãos pequenas, alternando com as unhas e me fazendo arrepiar)
A: agora vem cá, que eu tava morrendo de saudade (Beijo sua boca com volúpia)
Ca: ah é? (Morde meu lábio inferior) eu também tava!

Ela cruza as pernas em minha cintura e nos faz ficar ainda mais próximos, eu tiro sua roupa devagar, ela estava de camisola, então foi rápido me livrar dela, beijo todo o seu corpo devagar, ela me olha e eu me perco em seu olhar queimando de desejo por mim, me perco entre suas pernas e a faço enlouquecer junto comigo, sempre tomando muito cuidado pra que nossos pequenos não acordem no meio do processo. É isso, agora que a gente voltou, nada mais separa a gente!









Oie, voltei...

Então, esse capítulo não era pra terminar assim, mas quando eu escrevi a parte do meu filho sofrendo vendo os filhos dele dormir, não consegui continuar com meus planos, então por enquanto o carrinho subiu, mas a qualquer momento a montanha russa desce...

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ClariceOnde histórias criam vida. Descubra agora