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Carla

Caminho em direção ao nosso quarto repassando tudo que vou dizer pro Arthur, a verdade é que nem o eu me convenci ainda de como fazer isso de uma forma que a gente e as crianças sofram o menos possível. Meu coração aperta e inúmeras coisas passam por minha mente. Chego ao quarto e ele não está, escuto o barulho do chuveiro e então percebo que ele está no banho, tiro minhas roupas e entro no box, ele esta de costas, eu o abraço pela cintura e deixo um beijo em suas costas.

A: oi minha vida! (Vira de frente pra mim e me olha de cima a baixo me esquentando inteira)
Ca: oi meu amor!

Coloco meus braços em volta do seu pescoço e ele me ergue em seus braços, cruzo minhas pernas em sua cintura e o beijo delicadamente, alternando com algumas mordidas em seu lábio inferior, a água caindo em nossos corpos me excita ainda mais. Ele me beija com paixão, arrebatando meu coração e tirando todo meu fôlego. Nos amamos com força, ele me faz lembrar a cada estocada dentro de mim o quanto ele me ama e me deseja e apenas me entrego a cada carícia.

Depois de nos dar prazer e tomarmos banho juntos, nós deitamos na nossa cama, eu deitada em seu peito e ele deitado espaeramado na cama, eu estou exausta, mas ainda preciso conversa com ele, não posso adiar mais.

Ca: vida (me ergo colocando uma mão em cada lado do seu corpo) a gente precisa conversar!
A: que foi minha vida? Pode falar! (Me da um selinho me encorajando)
Ca: é sobre a série! (Ele abre um sorriso e eu já tô arrependida de começar essa conversa)
A: deu certo? (Pergunta empolgado)
Ca: então... eles me fizeram a proposta...
A: é você aceitou, claro né?
Ca: calma vida. (Dou um selinho nele) eu ainda não aceitei
A: por que amor? É a sua carreira, eu já disse pra você que a gente fica bem, você tem que pensar um pouco mais em você, vida! (Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e eu me emociono vendo ele me apoiando)
Ca: eu sei amor, mas é que...
A: é que o que? (Ele se senta na cama e eu faço o mesmo)
Ca: eu vou ter que me mudar pra São Paulo!

Falo de uma vez e espero sua reação, ele me olha, parece confuso, mas a principio não fala nada, respira fundo, parece me analisar e só então quebro o silêncio que se instaurou entre nós.

Ca: fala alguma coisa amor!
A: falar o que? Eu nem sei mais o que dizer...
Ca: eu sabia que você não ia gostar da ideia.
A: que seria? Como você pensou que isso funcionaria? Por quanto tempo vai ser?
Ca: 6 meses no mínimo... (Ela solta uma gargalhada meio ironica e eu fico puta) eu ainda não decidi nada Arthú.
A: para de me chamar assim que você sabe que eu não gosto.
Ca: para você de agir como se eu estivesse tomando uma decisão sem cogitar tudo que virá por causa dela (as lágrimas que eu guardavam começam a cair desenfreadas) você pensa que eu quero sair daqui e deixar você sozinho, enquanto eu fico lá em São Paulo por vários meses? Mas é o meu sonho profissional, eu finalmente vou fazer uma protagonista em algo extremamente relevante, que é uma série da Netflix, onde eu não vou precisar ser uma adolescente... (Falo tudo de uma vez)
A: como assim sozinho?
Ca: você não acha que eu vou conseguir ficar longe dos meus filhos? (Ergo a sobrancelha e o encaro)
A: é por que agora eles são só seus né? (Ironiza)
Ca: não foi isso que eu falei, para de distorcer as coisas
A: aí Carla, quer saber, faz o que você quiser, eu não vou opinar em nada. Só te garanto uma coisa, longe dos meus filhos eu não vou ficar! (E se emburra e sai do quarto, sem falar mais nada)

Me jogo na minha cama e choro tudo que tinha pra chorar, eu sabia que essa conversa seria difícil, mas poxa quando foi que desandou tudo? Estávamos tão bem, fizemos amor com toda entrega e amor que sempre tivemos e eu achava que esse era um momento propricio para termos a conversa e conseguir chegar a um consenso. Eu só queria que ele fosse comigo, ou que nós dois achassemos um caminho em que não terminasse com o que lutamos tanto para construir.

Agora ele tá sem lá onde e eu tô aqui como uma boba, chorando por algo que ainda nem foi decidido e que eu nem sei mais se vai acontecer. Eu lutei demais pra chegar onde eu cheguei e minha carreira sempre foi a minha vida, em outra ocasião, eu sequer teria pensado, ou me importado com a opinião de outra pessoa, mas agora eu tenho a maior realização da minha vida pessoal, o Arthur e nossos filhos são as pessoas mais importantes da minha vida hoje, eu não deveria ter que sacrificar o que nós temos pra alcançar o auge da minha carreira. Que droga, como eu conserto as coisas agora?














Oie voltei, como pediram vamos de descer a montanha russa... dias de luta por aqui... mas se quiserem soluções me falem...

Parece que a coisa desandou ? Alguém ajuda meus filhos, como faz pra consertar isso ?

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ClariceOnde histórias criam vida. Descubra agora