Clarice

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Alguém aí tava com saudade disso aqui?

Quero só ver se estavam ou não, eu escrevi dois capítulos... mas só vou voltar se vocês me convencerem a isso!

Aproveitem!

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Arthur

Acordo atordoado ouvindo um barulho, a Carla fala alguma coisa que a princípio eu não entendo, paro e tento ouvir.

C: não Vitor, eu já disse que eu te amo, você quer que eu diga mais o que? (Ela tá falando daquele cara) para, o Arthur, é aquele idiota, vai descobrir tudo...
A: Carla, acorda! (Mexo com ela sem cuidado algum) Carlaaaa
C: Ham... oi? O que foi? (Ela me olha confusa)
A: porque você tava me chamando de idiota? E dizendo que ama aquele cara?
C: o que? Que cara Arthur? Vamos dormi.
A: não, você estava ai dizendo que amava o Vitor e que eu era um idiota e iria descobrir tudo, descobrir o que?
C: nada amor, isso foram só algumas das tantas falas que aquele merda me fez decorar e repetir para ele... meu subconsciente ainda tá lembrando dessas coisas.
A: ah, desculpa vida. Eu não devia me importar com essas coisas.
C: não tem nada pra desculpar aqui, agora vamos dormi, eu tô exausta, eu te amo! Não esquece disso nunca, eu sou só sua. Pra sempre!
A: te amo minha mulher! Te amo! (Dou um beijo leve nela e voltamos a dormir)

Alguns meses depois

Carla

Hoje os gêmeos, que não são gêmeos, mas eu amo dizer que são, fazem um ano e quanta coisa vivemos nesse um ano. Eu sempre quis ter mais de um filho, por ser filha única, não queria que meu ou minha filha tivesse que enfrentar a dureza dessa vida sozinho, sem ter alguém pra dividir, pra brincar, pra brigar, como diz o Arthur, faz parte. Mas nunca imaginei que ter mais de um filho fosse tão exaustivo, por alguns meses, mesmo ainda tendo um tempinho com o Arthur, eu vivi muito no automático, as vezes nem sabia mais o que tava fazendo, eu só ia lá e fazia, só que saber que hoje eles fazem um ano e que agora minha pituca tem 4 aninhos, faz meu coração errar as batidas, porque o tempo passa muito rápido.

Hoje terá uma festa, íntima, apenas para a família e os amigos mais próximos, uma pequena comemoração a vida dos nossos amores, que já estão andando e deixando eu e o pai ainda mais malucos, a Clara está totalmente loira agora, e eu e Arthur não tivemos um moleque loirinho do dentinho coisadinho, mas três. A Clarice está cada dia mais falante e desenvolta, o Lucas tem nem tamanho e é super marrento, puxou a quem? Aiai, eu amo nossos filhos e amo ainda mais aquele que os fez comigo.

A: um beijo por seus pensamentos (Chego por trás de mim e cheira meu pescoço)
Ca: tava aqui pensando sobre como o tempo passa rápido, olha pra isso vida, agora nós temos três crianças que correm e que fazem bagunça (Fico emocionada) eu só queria eles bebês por mais uns 4 anos! (Ele me aperta em seus braços)
A: calma vida, o Lucas e a Clara ainda são bebês e a Clarice, bem, essa já não queria ser chamada de bebê a algum tempo, mas pra gente eles vão sempre ser nosos bebês!
Ca: tô com saudade já, de ter um neném!
A: eu posso resolver isso aí rapidinho (me vira de frente e me beija tirando meu fôlego e minha sanidade)
Ca: ah é? Mais um? (Provoco ele) mas não foi você que disse que 3 estava bom demais?
A: e eu acho que está mesmo, mas se você quiser, te dou mais 5! (Ele ri e eu tambem)
Ca: não vida, eu tô com saudade dos meus filhos bebês, mas não sei se tô a fim de voltar aquele rotina maluca não. Acho que agora eu quero curtir a gente, afinal de contas desde que a gente voltou nunca fomos só eu e você! (Esfrego meu nariz no seu com delicadeza)
A: isso é um fato, tenho uma ideia de por onde começarmos!
Ca: como assim?
A: a gente ainda não casou Carla Diaz! Você tá que só me enrola.
Ca: ah, eu que te enrolo né?
A: sim!
Ca: então qual é a ideia?
A: casarmos e sairmos em lua de mel! Aproveitamos só a gente e depois voltamos a ser os papais da Clarice, Clara e Lucas.
Ca: aí num sei não vida, vou deixar meus bebês assim? E se eles precisarem da gente?
A: a gente deixa eles com as vovós e os vovôs, nada vai acontecer com eles vida!
Ca: vou pensar tá bom?
A: tá bom, fazer o que né? Mas o casamento, esse vai sair hein?! Tá pensando que eu sou o que? Eu sou um homem de família
Ca: humrum, muito homem de família você! Me engravidou bêbado, me respeita Arthú!
A: e foi a melhor transa da minha vida! Eu queria te pegar de novo daquele jeito! (Fala apertando minha bunda)
Ca: ah é? (Ele me beija com tanta intensidade que minhas pernas ficam bambas)
C: mamãe, papai! (Escutamos os gritinhos vindo em nossa direção) A Clarice já está pronta! Vovó Bea colocou o vestido da Rapunzel.
Ca: ooo minha vida, você tá linda!
C: os maninhos tão ainda mais lindos mamãe! A Clara tá vestida de azul e o Lucas de amarelo! Muito pefeltinhos!
Ca: perfeitinha é você garota! (Eu a agarro e distribuo beijos em seu rosto)
C: aiii papai, me salva!
A: o papais herói vai te salvar meu amor!

E começamos a correr pelo quarto com a pequena, enquanto eu a agarro, Arthur finge que a salva, depois descemos os 5 para o local da festa. O tema era jardim encantado, convidamos, como já falei apenas amigos e familiares, dentre eles os padrinhos dos gêmeos, Vinícius e Keh, que são padrinhos de batismo da Clara e o Gil e a Ju que são padrinhos de batismo do Lucas, também vieram o Projota e a Pocah que são os padrinhos da Clarice de batismo, os padrinhos de consagração, do Lucas são a Thais e o Eri, da Clara são meu padrasto e minha madrasta e da Clarice são a Wal e o Caio. Fora eles, estavam na festa a Tamtam e as crianças, o Ronan, a Toya e o Ruan, que já tem dois anos, a Dani e o Mateus, que é o noivo dela, o Pedro e a Manu que estão enormes, enfim gente, tem bastante gente por aqui.

A festa tá linda, a decoração ainda mais, me emocionei em todas as partes, mas ainda quando chegou a hora de cantar parabéns, minha família ali, toda reunida, meus filhos e o amor da minha vida, juntos, felizes, enquanto sorrimos um filme passa por minha cabeça, todo o inferno que eu vivi antes de reencontrar o Arthur e enquanto estava sequestrada, foram pequenos diante da possibilidade de perder isso daqui, hoje eu tenho tudo que sempre quis. Eu tenho o amor na forma mais pura e posso descansar no peito do meu amado, na certeza que viverei com ele pra sempre.

Eu já tenho tudo que quero, eu já chamo o Arthur de marido e ele se derrete todo, nada mais justo que oficializar isso de uma vez. Acaba a festa, subimos para nossa casa, colocamos as crianças na cama, cada uma em sua cama e vamos ao nosso quarto. Arthur tira a roupa devagar, de forma sensual, nem parece que tá só indo tomar banho, pelo menos era isso que eu pensava. Mas vejo ele se aproximar, aquele peitoral lindo de fora, ele me olhando com os olhos ardendo em desejo e eu sorrio de forma maliciosa andando em sua direção, com sede de adiantar o que virá em seguida.

A: agora vamos nós comemorar a vida dos nossos filhos (Ele me ergue em seu colo, eu estou ainda com o vestido da festa, um vestido amarelo, curto, rodadinho)
Ca: eu tenho uma coisa pra te dizer antes (Falo e ele me olha em expectativa) eu aceito casar com você e ter a nossa lua de mel!
A: e as crianças?
Ca: as crianças ficarão bem e eles precisam de papais felizes para serem felizes. Acho que precisamos de um tempinho só nosso! Sem nos preocupar com os barulhos e todo o resto! (Ele começa a subir meu vestido o passando por meus braços)
A: ah é? (Beija meu pescoço) então casarmos semana que vem! (Beija o canto da minha boca)
Ca: tão rápido assim?
A: estou ansiosa por tê-la só pra mim e poder fazer coisas que eu não posso agora! (Ele me joga na cama e eu queria muito poder gritar) eu quero te amar com força, ouvindo você gritar meu nome, enquanto eu te faço minha (Ele sobe em cima de mim e me beija, com volúpia, com pressa, com paixão)
Ca: então casaremos em uma semana! Agora me ama de uma vez que eu já não aguento mais esperar!

E assim ele o faz, me beija, o corpo inteiro, da forma que eu amo ser beijada e me ama como sempre, mas com muito mais paixão, aqueles que dizem que morar junto ou casar esfria as coisas, ou que ter filhos faz você se afastar do seu marido, não conhecem a gente, quanto mais eu tenho do Arthur, mais eu quero, quanto mais eu vejo ele cuidando dos nossos filhos e de mim, mais eu quero deitar sobre ele e só levantar quando já não aguentarmos mais.