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Carla

Acordei empolgada, hoje vamos fazer o dia de Clarice, levaremos a pequena a um zoológico, depois sairemos pra almoçar com ela e depois ela irá para a casa da dinda Pocah, pra uma tarde e noite de meninas, que a Toya organizou. Os gêmeos vão ficar com a babá e minha mãe enquanto estivermos fora. Me viro dentro do abraço do meu marido e o observo, começo a distribuir beijos por seu rosto e leves mordidas em seu pescoço e percebo que ele se arrepia.

Ca: bom dia amor da minha vida (falo assim que o vejo me olhar)
A: e que bom dia senhora Picoli! (Me beija com paixão)
Ca: precisamos levantar! (Encerro nosso beijo)
A: ah mas se você acha mesmo que eu vou simplesmente deixar você sair dessa cama antes de estar com as pernas trêmulas e a respiração quase falhando (me vira na cama e fica sobre mim)
Ca: a gente não tem... (respiro fundo quando sinto seus lábios em meu pescoço) não temos tempo pra isso vida!
A: ah não vida, você começa a brincar e depois foge, assim não vale (faz um biquinhi lindo que eu acabo beijando porque não resisto a ele)
Ca: ah não? (Puxo ele de novo pra mim) então vem aqui e me mostra o que vale a pena então. (Ele volta a me beijar e)
C: mamãe? (Seguido de batidinhas na porta) papai? (Mais batidinhas) já está na hora do dia de Clarice! (Gargalho olhando a cara emburrada de Arthur)
Ca: é amor, acho que não teremos brincadeira mesmo! (Saio debaixo dele e levanto, ele se joga na cama frustrado)
A: arrrrr que saudade da nossa lua de mel
Ca: mais tarde eu deixo você brincar vida! Agora levanta, sua filha está ansiosa.
A: mais tarde você não escapa! (Levantamos, abri a porta pra Clarice que estava super ansiosa do outro lado)
C: o papai continua solambulo?
Ca: sim minha vidinha, ele vai ser pra sempre sonâmbulo.
C: pra sempre? (Arregala o olho)
A: é amor, pra sempre! (Ele suspende a Clarice no ar e começa a beijar ela que gargalha) pronta para o seu dia?
C: eu já nasci pronta papai! (Gargalhamos juntos da resposta dela)
A: eu te amo tanto minha garotinha!
C: eu te amo muito mais papai! (Ela o agarra prlo pescoço) te amo muito também
mamãe! (Ela me chama com a mãozinha e eu corro pra abraçar os dois)

Descemos, tomamos café, eu amamentei os gêmeos, é gente eles ainda mamam, não mais de forma obrigatória e eu sempre intercalo com a fórmula, mas eu amo o vínculo que temos nesse momento, então não sei se estou pronta para tirar eles do peito ainda. Sofri muito na viagem, tinha que ordenhar sempre e Arthur se divertia horrores massageando meu peito e me ajudando para não empedrar. Os gêmeos fecharam a nossa fábrica de bebês, então quero aproveitar ao máximo.

Deixamos os pequenos com a babá e com minha mãe e vamos aproveitar o dia de Clarice, começando pelo zoológico, a Clarice amou tanto os animais, toda hora ela ficava surpresa com algum deles.

Ca: qual animal você mais gostou vidinha? (Estamos no carro, indo para o restaurante)
C: a girafa mamãe, ela tem um pescoção enorme! E tem um monte de pintas, eu acho que quando eu crescer quero ser uma girafa!
A: mas a gente não pode virar animal amor! (Fala rindo)
C: que sem graça papai. Imagina ter um pescoço grandão e poder ver todas as coisas?
Ca: ia ser muito legal mesmo filha
A: mas e agora mocinha? Pra qual restaurante você quer ir?
C: aquele que tem macarrãozinho colorido papai! (Fala toda desenvolta) e que tem salmãozinho também, a Clarice ama salmãozinho! (Ela bate palmas e sorri)
Ca: eu vou te esmagar criança!
C: aiiii papai, me salva! (Fala quando eu a encho de beijos)
A: eu amo tanto vocês! Vocês, junto com os gêmeos são a coisa mais importante da minha vida! (Se emociona)
C: a gente sabe! Né mamãe? (Olho pra Arthur emocionada também)
Ca: é filha, a gente sabe! Te amo vida! (Solto beijos pra ele)

Finalmente chegamos ao restaurante, era beira-mar, não me lembro de ter vindo aqui antes, mas pelo que vi, Clarice ama muito. Era um restaurante Italiano, a especialidade era massas, no menu Kids tinha o tal macarrão colorido com molho branco e salmão grelhado e foi o pedido da Clarice. Para a gente Fetutine com filé mingion e suco de uva concentrado, porque Arthur estava dirigindo, então não podia beber.

Foi incrível, ouvir as historias da nossa pequena, os seus conflitos de criança, suas risadas e em meio a tudo isso, eu e Arthur nos paqueravamos, sentamos de frente um para o outro, com a Clarice em nosso meio, em algum momento ela pediu para ir brincar na brinquedoteca do restaurante e deixamos, nisso o Arthur pulou pra cadeira dela e ficamos de chamego até o jantar chegar, fui atrás da nossa filha.

Ca: Clarice? (Olho para os lados e ela não está) filha? (Procuro entre os brinquedos) você viu uma menininha loirinha, mais ou menos dessa altura (faço o tamanho com as mãos, perguntando a uma senhora que tinha lá perto)
S: não vi!

Volto para a mesa chorando, Arthur já se levanta e corre até mim.

A: o que foi vida? Cadê nossa filha?
Ca: não sei, ela não tá lá, ela... (minha respiração falha e eu me seguro nele, que me aperta)















Oie, voltei... não me matem... comentem que eu volto

60 comentários e eu de volta

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