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𝕺𝖓𝖉𝖊 Você, a qual passou por traumas durante anos de sua vida, sendo o maior deles os abusos que sofrera pelo seu próprio pai; vai passar por muitos outros problemas e traumas. Um dos problema...
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Finalmente terminou a aula, fiquei até um pouco depois porque Adam não quis me deixar sair. A escola estava vazia, só tinha eu, Adam e o diretor - já que esses almoçam na escola mesmo e ficam para o turno da tarde. Passei pelo portão e o fechei novamente, depois segui meu caminho até minha casa. No caminho tomei uma boa chuva na cara, me arrependi amargamente de não levar guarda-chuva.
Hoje eu tinha treino de futebol, mas graças a detenção não foi possível ir. Eu ainda não jogo, sou ajudante da treinadora, a escola não permite garotas no futebol. Nozomi - a treinadora - insiste em tentar me fazer entrar para o time das líderes de torcida, mas não é muito a minha praia. E não é como se fosse algo feio, muito pelo contrário, mas o que mais gosto é o futebol. Eu jogava com os amigos de Keisuke quando era criança, Hayato também brincava muito comigo assim. Enquanto minha mãe brigava porque, segundo ela, futebol não é coisas para menina.
Mas eu não desisto, um dia ainda vou participar nem que pra isso eu tenha que ameaçar o diretor.
Iudy me ligou e avisou que pegaria Soso na escola hoje, ainda bem porque eu não conseguiria chegar a tempo. Em casa, tomei um banho rápido e corri para cozinha, ainda nem tem almoço feito.
- Maninha, tô com fome. - Soso choramingou, sentando-se em um dos banquinhos do balcão.
- Coloquei o arroz no fogo agora, daqui a pouco tá pronto. - A respondi, colocando óleo na frigideira. - Pode ver as horas pra mim? - Virei um pouco a cabeça, o suficiente para olhá-la por cima do ombro.
- Esperai. - Ela desceu do banco e correu na direção da sala, minutos depois voltou correndo - Uma hora.
- Já? - Me espantei, vou acabar me atrasando no trabalho.
(Quebra tempo)
- Descupa pelo atraso, senhor Fuyuki. - Pedi, curvando-me um pouco em sua direção. - Hoje eu tive problemas na escola e isso resultou no meu atraso, mas não vai se repetir. - O homem me encarou zangado por um bom tempinho, antes de jogar a chave para mim.
- Vai ser descontado do seu salário. - Fora a única coisa que saiu de sua boca. Fuyuki se retirou do lugar, me deixando sozinha.
Suspirei em derrota, esse velho é meio estranho, tem dias que ele é um amor, mas tem outros que é o próprio demônio. Fui até o banheiro trocar de roupa, normalmente eu já chego vestida com o uniforme, mas como eu estava atrasada, peguei a moto de Iudy emprestada e não seria legal andar de moto com um vestido. Tirei o vestido laranja de dentro da mochila, esse tem o nome da lanchonete costurado no peito direito, do outro lado tem meu nome. Ele tem alguns pequenos detalhes brancos, o que faz com que o vestido não fique totalmente laranja. O bom desse uniforme é que ele cobre toda a minha coxa, vai até o joelho e não preciso me preocupar com o estado em que minhas coxas se encontram.
