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𝕺𝖓𝖉𝖊 Você, a qual passou por traumas durante anos de sua vida, sendo o maior deles os abusos que sofrera pelo seu próprio pai; vai passar por muitos outros problemas e traumas. Um dos problema...
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— Ca-calma, senhora Emi. – O homem pediu, se afastando da mesa – Eu posso explicar.
— É bom mesmo. – Minha mãe puxou a cadeira com força e se sentou – Começa, anda!
O diretor arrastou a cadeira para longe de minha mãe e sentou-se. — Eu vi sua filha brigando com o senhor Kurokawa porque ela não viu o pé dele na frente e tropeçou. – Levantei uma das sobrancelhas, que velho safado.
— Mentiroso! – Gritei, me aproximando da mesa – Angry estava comigo na hora e ele confirmou que Izana colocou o pé na frente de propósito. A Senju disse o mesmo, você que não acreditou.
Falei tão alto que até a criança se assustou, ela começou a chorar. — Ei, ei, ei – Sussurrei para garota, tentando acalma-la – Passou, passou...
Deixei minha mãe conversando com o diretor e me retirei da sala. Andei com Naomi pelo colégio, mas nada dela parar de chorar. Tentava a distrair com qualquer coisa na escola, mas tudo aqui é sem graça.
— Não chora, amorzinho. – Brinquei com ela, meus dedos foram até sua barriguinha. Ela continuou chorando.
— Ei. – Olhei para escada, o Mitsuya descia os degraus com uma garrafinha de água na mão. – O que houve?
O de cabelo lilás não conversa tanto comigo, só sobre futebol no treino. Esperei que se aproximasse. — Ela se assustou com meu grito. – Falei sem graça, o garoto riu de minha cara.
— É sua filha? – Passou as costas do dedo indicador na bochecha da bebezinha.
— Quê? Não. – Revirei os olhos, rindo em seguida – É minha sobrinha.
— Sério? – Ele tinha um sorriso bobo no rosto, parecia encantado com a criança. E Naomi, por incrível que pareça, parou de chorar. Ela fechou os olhinhos aproveitando do carinho em sua bochecha e levou o pelegar até a boca – Posso segurar ela um pouquinho?
— Não sei. – Respondi receosa – Você já segurou um bebê antes?
— É claro. – Revirou os olhos, sua resposta parecia óbvia – Eu cuidei de minhas irmãs, sei muita coisa sobre crianças.
Ainda tenho minhas dúvidas sobre esse garoto, mas meu braço precisa de um descanso. Com todo cuidado do mundo, passei a garota para o Mitsuya, ele abriu um sorriso gigantesco.
— Quantos meses? – Perguntou sem tirar os olhos da pequena agora em seus braços.
— Quatro. – Respondi, atenta a qualquer movimento dele, tenho medo de ver a garota cair no chão por descuido do de cabelo lilás.
— Por que você a trouxe para escola? – Questionou, agora, me olhando.
— Vou cuidar dela por um mês enquanto os pais trabalham. – Matei sua curiosidade, Mitsuya pareceu não entender muito mas não perguntou nada – Qual o nome de suas irmãs?
