Thirty-three

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Bom, os dias passaram quase que voando desde o dia em que cheguei em casa. Já se foram duas semanas. Nesse tempo, não consegui falar diretamente com minha mãe pelo telefone, ela nem se dava ao trabalho de me atender e muitas das vezes nem completava a chamada. Mas, quatro vezes durante essas semanas eu pedi, escondido, para Soso pedir ao pai dela para ligar pra minha mãe, mandando a garota insistir dizendo estar com saudades. E assim eu consegui saber como ela têm andado.

Disse que não tem dia para voltar porque o trampo' tá pesado e, sendo assim, ela está ocupada demais. Eu até tento entender o lado dela, sabe? Mas, por que atende somente as ligações de Hayato? Tipo, não digo de atender minhas ligações – porque ela deve estar com raiva de mim ainda – mas até as ligações de Kei ela não atende. Nem as de tia Ryoko, que é melhor amiga dela.

Mas tudo bem. O que importa é ela está bem.

Esses dias Kei está dormindo aqui e, às vezes, Bruce acaba ficando também. Têm sido bom, pelo menos me sinto um pouco mais protegida, posso pregar o olho a noite. Shopia têm passado as noites no meu quarto, então coloquei um colchonete no chão para os meninos dormirem, assim sobrando a cama para eu e a garota.

E está sendo mil vezes melhor assim. Pelo menos não tenho que me preocupar com minha irmã dormindo em um quarto sozinha, sabendo que aquele monstro está por aí. Quando a mãe estava aqui eu não tinha tanta preocupação, pois sei que a mulher tem o costume de passar algumas vezes pelo quarto da menina para conferir se está tudo certo.

— Soso, acorda. – A balancei de leve, tentando fazê-la acordar, quando eu mesma estou quase caindo de sono. – Acorda!

Eu e Shopia passamos a maior parte do tempo juntas, sendo separadas apenas pela escola. Eu a levo para escola – como já era de costume – a busco, pela tarde invento alguma coisa para fazer com ela no quarto (tentando afasta-lá de Hayato), e de noite os meninos chegam para nos fazer companhia. Está se baseando nisso e, se depender de mim, ficamos assim para sempre. Eu amo passar horas com ela.

— Hum? – Resmungou, se virando para o outro lado.

— Temos que ir para escola. – Lembro, soltando um bocejo depois. Peguei o travesseiro ao lado dela e arremessei nos meninos, vendo-os estremecerem pelo susto. – Kei? Bruce?

— Hãn? – Murmuraram juntos, puxando o lençol ao mesmo tempo, para cobrir a cabeça.

— Kei você vai se atrasar pra escola. – Digo, empurrando meu corpo para a ponta da cama (ficando mais próxima do colchonete) e me sentando. Em seguida, com um pouco de esforço, consegui chutar a sola do pé de Bruce. – Bruce, você vai se atrasar para o trabalho.

𝙊𝘽𝙎𝙀𝙎𝙎𝙀𝘿 𝘽𝙊𝙔; Izana Kurokawa  Onde histórias criam vida. Descubra agora