Fifty-five

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"Agora meu amor está dançando, mas está dançando com um outro homem"

Acho que essa parte combina ☝🏼

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NARRAÇÃO.
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— Iae, conseguiu conversar com ela? – Kakucho entra no assunto, ansioso para saber a resposta.

Izana suspirou, amaldiçoando o amigo mentalmente por ter tocado nesse assunto, mas ele já sabia que uma hora teria que contar. O homem deita a guitarra vermelha e branca no colo, e sorrir ao encarar o Hitto, sentado no chão um pouco à frente da cama.

— Não. Ela vai casar. – Ele contou normalmente, fingindo não se importar.

— Deixa de mentira, Izana. – Revirou os olhos, impaciente com as mentiras idiotas que o amigo conta.

— Não é mentira. – Embora seja muito difícil, o garoto ainda tenta manter o sorriso forçado. Interiormente ele grita e chora como uma criancinha. – Ela vai mesmo se casar.

— Não fode... – O outro arregalou os olhos, surpreso com a novidade, mas, também, com muita pena do amigo. Kakucho tenta, ao máximo, não mostrar que ficou com dó, para Izana não perder a paciência com ele. – Ela vai se casar e você tá assim?

Ele estranha, lembrando que o amigo riu, brincou e conversou normalmente o dia todo. Izana morde o lábio inferior, desviando seus olhos para a guitarra, prendendo o choro.

— Tô tentando me distrair porque, se eu pensar demais, acabo chorando. – Confessou, soltando uma risadinha.

— Não fica assim, cara. – Kakucho não é o melhor consolando alguém, mas ele sempre tenta com Izana. O dos brincos grandes levanta a cabeça, revirando os olhos enquanto rir.

— Não fique com pena, idiota! – Mandou e Kakucho logo tratou de colocar um sorriso falso no rosto.

— Bom... – Ele pensa rapidamente em trocar o assunto "pena" por outro, afim de evitar um sermão e, também, aliviar sua curiosidade. Então, toma a liberdade de perguntar: – E agora, o que você vai fazer?

— Seguir em frente. – Deu de ombros. A resposta foi contrária com o que o moreno esperava.

— Eu tô ouvindo direito? – Levou uma mão para trás da orelha direita, querendo ter certeza se estava mesmo ouvindo aquilo. Izana riu fraco. – Eu achei que você fosse querer matar o garoto lá, e depois sequestrar a [Nome].

— Essa era minha única opção até a manhã de hoje. – Confessou e Kakucho riu, balançando a cabeça negativamente. – Mas, eu pensei bem e vi que não é uma boa. Vou apenas seguir minha vida. – Ele fala sério e o amigo sorrir. – Óbvio que não vou esquecê-la, até porque meus sentimentos por ela são grandes e velhos demais para isso. Mas, vou focar nos assuntos da gangue, me mudar definitivamente para cá e tentar, ao máximo, me ocupar para não pensar nela o tempo inteiro. E é isso, cada um vive sua vida.

— Ouvir uma coisa dessas vindo de você é impressionante. – Kakucho sorrir invertido, levantando as sobrancelhas. O Kurokawa revira os olhos, sorrindo.

— Sabe, nessa madrugada eu pensei em muitas coisas. – Contou, desmanchando o sorriso.

— Em quê? – Indaga, curioso.

— Eu acho que tô vivendo as consequências do que eu fiz. – Começou, sério. – Acho que Deus já sabia que eu machucaria várias mulheres com essa ideia de usá-las como algo descartável, por isso colocou a [Nome] em meu caminho. Porque eu maltratava muito as mulheres, sem ligar para os sentimentos delas. Até que um dia, uma mulher entrou em minha vida e... é como se eu estivesse pagando pelos meus pecados. Consegue me entender? – Ele encara o garoto um pouco à sua frente, esperando que ele entenda, para que o mesmo não se sinta um maluco. Embora parecesse muita maluquice. – Talvez ela seja meu Karma.

𝙊𝘽𝙎𝙀𝙎𝙎𝙀𝘿 𝘽𝙊𝙔; Izana Kurokawa  Onde histórias criam vida. Descubra agora