Eighty-one

1.2K 93 603
                                    

_________________________________________

____________________________

NARRAÇÃO!
_____________________________

HORAS ATRÁS.


Kurokawa chegou ao galpão abandonado onde Mark se encontra. O homem entrou em passos ligeiros, lembrando que está atrasado. A cada passo dado para dentro do lugar pouco iluminado, ficava mais perto do homem de cabelo longo. O qual está agachado em frente à uma garotinha desmaiada, presa em uma cadeira velha de madeira. O rosto de Izana é de pura confusão, ele se ver na obrigação de perguntar.

— Que merda é essa?

Sua voz fez eco pelo lugar, chamando rapidamente a atenção do Kurokawa mais velho. Mark virou a cabeça um pouco para o lado, o suficiente para olhar o filho por cima do ombro. Logo voltou seus olhos para a corda em suas mãos.

— A bebezinha de Big Daddy. – Respondeu normalmente, levantando os ombros em seguida..

Izana parou um pouco atrás do homem, jogando o que sobrou de seu cigarro no chão, pisando em cima logo depois.

— Você é maluco? – A fumaça saí acompanhando as palavras.

— Eu sou inteligente, diferente de você. Acha mesmo que Big Daddy viria ao nosso encontro sem um bom motivo? E também... – Parou de falar, enquanto se levantava. Já sob os pés, se virou de frente para o filho e continuou. – Estou garantindo que a gente saía dessa vivo e sem machucados.

— Só acho ridículo você envolver uma criança no meio dessa bagunça. – Quis falar, mesmo sabendo que isso irritaria o velho.

Mark passou os olhos de cima à baixo pelo garoto, como deboche, logo depois os revirou.

— É sério que você consegue assustar alguém com esse jeito de mocinha?

Izana mexe a boca e serra os punhos, luta contra a vontade de acertar um soco em cheio na cara do homem. Mark rir, percebendo o jeito como sua pergunta afetou o mais novo.

— Tira essa cara de bunda e vem me ajudar a colocar os explosivos. – O mais velho chamou, girando o calcanhar.

Se agachou e pegou a mochila preta ao lado da cadeira. 

— Vai colocar os explosivos nela?

— Não, irei colocar na sua mãe. – Disse para ofender e outra vez conseguiu. Ele riu, se divertindo. – Anda logo, o cara pode chegar à qualquer segundo.

[...]

Passos arrastados invadem o lugar silencioso, fazendo os Kurokawa perceberem a chegada de alguém. Izana — como foi pedido por Mark — ficou ao lado da garota ainda desacordada, com um controle preto de botão vermelho na mão esquerda e um revólver na mão direita, apontado para a cabeça da criança. Mark se afastou, indo ao encontro do homem alto que se faz presente no galpão.

— Estou sozinho. – Big Daddy avisou, com as mãos erguidas acima da cabeça. – E estou desarmado.

— Sei que está mentindo. – Mark tem um pequeno sorriso no rosto, as mãos estão guardadas dentro do bolso de sua calça social. – Mas, não vou me preocupar. Se você tentar alguma gracinha, sua filhinha morre em sua frente.

Big Daddy parou, seu corpo deu uma estremecida, mas tão pouca que os de cabelos brancos não perceberam. Ele não demonstra, sua expressão facial é fria como a de costume, mas por dentro está nervoso. Talvez um pouco assustado. Nunca se pegou em uma situação onde sua única filha estivesse ao risco de morte, ninguém nunca ousou sequestrar a "bebezinha" do chefe. Ninguém foi tão maluco ao ponto.

𝙊𝘽𝙎𝙀𝙎𝙎𝙀𝘿 𝘽𝙊𝙔; Izana Kurokawa  Onde histórias criam vida. Descubra agora