Thirty-five

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Estou no meio de um círculo, rodeada por homens gritando e rindo, como se estivessem motivando alguém. Olhava para o lado e para o outro, mas não conseguia enxergar o rosto de nenhum, isso é apavorante.

Homens sem rosto. – Sussurrei.

Do nada abriram passagem para alguém passar, eles se curvaram em respeito, falando algumas coisas. Fechei os olhos por um segundo e, quando abri, tomei um susto com um garoto se aproximando de mim rapidamente, com uma catana na mão direita. Ele é o único que consigo ver o rosto perfeitamente.

IZANA, NÃO! – Gritei, desesperada.

Morra!

O rosto do garoto começou a ficar mais velho e seu cabelo cresceu. Quando me lembrei quem era, a catana entrou em minha barriga.

○●○

Saltei da cama, desesperadamente buscando por ar, quando percebi que tudo não passou de um pesadelo. Me sentei, abraçando meus joelhos e tentando desviar minha mente (que ainda não acordou completamente) daquele sonho, para, assim, aliviar minha ansiedade.

Pensar que eu poderia ter ido de base ontem ainda me deixa assustada, não pela morte em si, tá mais pelas consequências que traria. Eu não podia morrer. Eu não posso morrer!

Não depois de ter prometido a mim mesma que não cometeria uma besteira para, assim, não haver sofrimento para as pessoas que eu amo, e me amam também. Não quero que ninguém chore por mim. Não quero que eles passem pelo mesmo que passei quando pessoas que eu amo foram embora.

Eu não gosto nem de pensar na reação deles ao não me verem chegar em casa.

— [Nome]? – Soso me puxou de meus pensamentos, quando tocou em meu braço.

— Hum? – Virei o rosto para o lado direito, encontrando os olhinhos sonolentos dela. Sorri, sentindo um leve alívio dentro de meu peito. – Que milagre a senhorita acordando sem eu chamar.

— Tive um sonho com Iudy. – Seu sorriso apareceu e o meu sumiu.

— Foi? – Não consigo evitar a vontade de chorar ao ouvir esse nome. – Como foi?

— Estávamos em um parque brincando no balanço, ai você chegou e começou a brigar com ele por empurrar meu balanço com muita força. – Ela riu, fechando os olhinhos como se estivesse lembrando. – Depois vocês fizeram as pazes e rimos muito. Foi legal.

Esse assunto ainda é muito delicado para mim, sinto algo me sufocando por dentro toda vez que ouço o nome dele, ou vejo algo que me lembre ele. Eu sinto falta, mesmo que não demonstre.

𝙊𝘽𝙎𝙀𝙎𝙎𝙀𝘿 𝘽𝙊𝙔; Izana Kurokawa  Onde histórias criam vida. Descubra agora