Capitulo 15
Narrado por Carla :
Depois de algumas horas de puro prazer físico com Paula , ela se vestiu, a levei até a porta, e com um beijo de despedida, foi embora, sem cobranças nem promessas de outras noites. Exatamente como eu desejava, sem tirar nem pôr. Quando fechei a porta, só tinha um único pensamento: Arthur .
Já estava indo em direção ao quarto de hóspedes, quando vi a chave do meu carro jogada no canto de um dos sofás.
O quarto vazio apenas serviu para confirmar o que eu já sabia ou que eu não queria acreditar ,ele não estava lá.
Foi estranho, porque voltei para o quarto no piloto automático, quase transtornada. Me atirei na cama e senti algumas lágrimas escorrerem. As enxuguei, numa negação completa daquilo.
Eu nem tinha bebido tanto, não tinha motivo para perder o controle, então. Afinal de contas, o que estava acontecendo? Se eu não me conhecesse bem e soubesse que era impossível, diria que estava agindo como uma idiota apaixonada.
Eu nunca tinha insônia, mas, aquela noite, passei inteira acordada, tensa, sem conseguir fechar os olhos. Assim que cheguei na revista, no dia seguinte, meu pai entrou na minha sala. A primeira coisa que fez, depois de me beijar, foi se dirigir a Marina.
Carlos : Marina, para ser secretária da minha filha há tanto tempo, você deve ser realmente especial.
Marina sorriu, e apertou a mão que meu pai estendeu com entusiasmo. Meu pai era um homem gentil. Gentil demais, pra falar a verdade. Aquilo tudo era totalmente desnecessário. Cortei bem rápido.
Carla : Pode voltar para a sua mesa, Marina.
Ela pediu licença e prontamente obedeceu. Meu pai me olhava, sorrindo. Parecendo achar graça. Me deixando ainda mais irritada.
Carla : Já te falei mais de mil vezes, assim você estraga todos os meus funcionários.
Ele sorriu mais ainda, antes de me corrigir.
Carlos : Nossos, Carla filhota . Nossos funcionários.
Soltei um suspiro, exasperada. A revista tinha sido fundada pela minha mãe. Com o dinheiro do meu pai, claro. Talvez a única coisa que ela tinha feito que prestasse, além de sumir do mapa. Sim, porque quando eu tinha dois anos, ela simplesmente nos trocou por um italiano, bem mais rico do que o meu pai sumindo no mundo nos deixando sem se importar com nada .
Eu não me achava dona da revista, mas desde que eu tinha assumido a direção, ao completar a maioridade, administrava tudo muito bem sozinha, obrigada.
Meu pai tinha os negócios dele -que não eram poucos- para cuidar. E eu, obviamente, preferia assim. Com ele confiando em mim, e principalmente, sem palpitar. Mil vezes fazer tudo do meu jeito, claro. Não pude deixar de retrucar.
Carla : Ah, que seja! Em questão de segundos você..
Carlos : Eu Faço com que ela se lembre que é um ser humano? Carla , minha filha.. ás vezes eu preferia que você não fosse tão parecida com a sua mãe.
Aí sim, eu quase me desesperei. Porque detestava quando ele me comparava àquela mulher. Pra mim era um insulto. Uma ofensa grave. Porém, sabia que pra o meu pai não. Pelo jeito que ele ainda se derretia por ela. Totalmente absurdo. Novamente aquela baboseira de amor.
Bom, aquilo poderia virar uma ladainha interminável. Olhei pra ele. Os olhos dele já estavam cheios de lágrimas. Emocionado só de lembrar da mulher que (nossa, eu nunca ia entender aquilo) além de ser uma vagabunda total, já tinha sumido há mais de 17 anos. Não, eu não ia suportar.
Carla : De novo essa história, papai?
Com um sorriso triste, nostálgico, enigmático, ele respondeu.
Carlos : Mas você é! Exatamente igual..a sua mãe
Controlei a vontade de gritar que aquela melação toda, por uma mulherzinha sem vergonha, me inspirava. E tentei cortar, com a ironia que me era peculiar.
Carla : Bom, uma vez que eu absolutamente não me lembro dela, vou ter que acreditar na sua palavra.
Ele riu, antes de me beijar e me estreitar num abraço apertado. Que eu tolerei, sem me esquivar, nem relaxar. Não era muito chegada a essas manifestações de afeto constrangedoras de papai. Claro que ele estava cansado de saber, e de estar acostumado. Mas nem por isso deixava de me submeter aquilo sempre que tinha vontade. Tentei sorrir, batendo nas costas dele de uma forma amigável. Porque afinal, não queria magoar o meu pai. Queria apenas, me afastar. O que fiz, o mais rápido possível. Ele repetiu, com o mesmo sorriso enigmático.
Carlos : Exatamente igual..
Antes de completar, num tom totalmente diferente, quase banal.
Carlos : Tenho que ir, só passei aqui pra ver como estava. Amo você, não esqueça.
Consegui esconder o quanto estava aliviada por aquela conversa ter terminado. Ele finalmente saiu, me deixando em paz sem precisar pensar na mulher que deu a luz a mim e logo me abandonou por conta de homem.
Sabe eu nem sempre fui assim,fria,ou até mesmo desse jeito,sem sentimentos,eu já fui uma estupida com sentimentos e tudo porém só percebi que isso não levava a nada por isso fiquei fria e piso em qualquer um que atravessar meu caminho sem dó e nem piedade.Passava por cima como um caminhão ou um trator.Sentimentos comigo não funcionam.
Eu queria deixar aquela Carla de antigamente no passado,aquela que tinha sonhos,desejos e que todos eles foram pisoteados da pior forma por isso me tornei a poderosa ou até mesmo a megera como eu sei que meus funcionários me chamam.Eu tinha plena consciência disso de como eu era vista por eles e não me importava nem um pouco com isso.Eu gosto de ser temida e não trocaria isso por nada ou será mesmo que não.
Quem sabe mas no momento eu gosto de ser do jeito que eu sou.eu sou poderosa e milionária,temida por todos o mais eu iria querer.De repente me veio à imagem de Arthur,o jeito que ele me olhava,ou melhor me devorava mas também logo lembrei dos olhos triste que eu vi pelo retrovisor quando ele me viu com a Paula ou até mesmo quando fechei a porta na cara dele.
"Ahhhh eu devo estar ficando louca mesmo pensando naquele pobretão"pensei na mesma hora que pensei em Arthur .o melhor que eu faço e dormir mesmo pensei comigo mesma.
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My Mean Boss- Carthur
General FictionSinopse: Carla Carolina Moreira Diaz, uma mulher linda,mimada,rica,egoísta e mais conhecida como "A poderosa", é muito fria e séria ,não brinca no trabalho, trata todos com indiferença por vir de uma família milionária e como diz ela "Manda quem pod...