Capitulo 22
Narrado por Carla :
Eu era e sempre tinha sido uma mulher inatingível. E estava determinada a me manter assim. Passaria por cima de mim mesma se fosse esse o preço para recuperar a razão. O desconhecido poder que apenas um olhar do homem com quem convivi nas últimas semanas tinha era a única coisa que me impedia.
A viagem de volta foi toda em silêncio. Nenhuma palavra minha nem de Arthur só os meus pensamentos que invadiam monha cabeça,pensamentos sobre ele . Evitei olhar para ele. Pouco me importava o que ele pensava, contanto que não soubesse o que eu sentia de jeito nenhum .
Chegando no Rio de Janeiro,Esperei que ele pegasse nossas malas. Me mantendo um pouco afastada. Já com a proteção dos óculos escuros, confortavelmente impenetráveis.
Ele se aproximou, empurrando o carrinho, me olhando fixamente quase. Mandei que confirmasse o táxi. Felizmente minha voz era treinada e eu não vacilei diante dele . Mantinha o tom frio sem que eu me esforçasse. Entramos no táxi que já nos esperava lá fora.
Continuamos em silêncio até a minha casa. Enquanto o motorista e o porteiro carregavam minha bagagem, Arthur desceu do carro atrás de mim.
Carla : Bom Arthur Está dispensado. Pode ir para casa. Aproveita o táxi. Pague com o cheque da empresa, e até 2ª feira, Arthur e sem atraso .
Me virei para sair, mas Arthur me segurou pelo braço de forma bruta ou até mesmo grosseira . Voltamos a ficar frente a frente. Ele me olhou profundamente. Como se tentasse me analisar. Felizmente, isso não era possível. Com um sorriso indecifrável, ele disse:
Arthur :Eu Acho que você, quer dizer, a senhora esqueceu um pequeno detalhe: eu me demiti.
Surpreendente. Imprevisível. Levantei os óculos, e tentei manter o olhar gelado. Mas minha voz soou suave.
Carla : Euuuu.....Pensei que tivesse mudado de idéia..
Ele me lançou um daqueles olhares absolutamente desafiadores que tanto me instigavam.
Arthur : Pois pensou errado!Eu não mudei de ideia sobre a minha demissão!
Continuei aparentemente impassível. Por dentro, meu corpo era um frenético e incoerente palpitar. Com um sorriso indiferente, retruquei.
Carla : Ahhhhh Faça como quiser, Arthur .
Me afastei rapidamente. Incrível, mas naquele momento toda a minha enorme capacidade de me manter fria e distanciada tinha me abandonado.
Pela primeira vez na vida, eu me deparava com algo que não conseguia controlar. Algo que só me deixava uma única escolha -a mais vergonhosa possível,- fugir e era isso que eu ia fazer fugir .
Fiquei esperando o elevador cujo botão o porteiro já tinha apertado. Arthur veio atrás de mim, quase correndo. Parou na minha frente, e me encarou. Obstinado. Desafiador. Abusado. Foi a expressão dele ao falar.
Arthur : Você pode se fazer de fria, Cá mas isso não funciona comigo . Pode tentar fingir que o que aconteceu com a gente não significou nada. Mas quer saber? Eu não vou deixar.
Num gesto rápido, antes que eu pudesse me esquivar, me puxou de encontro ao corpo dele. Uma das mãos em minha nuca, enquanto a outra me enlaçava pela cintura. Colou os lábios nos meus, e me beijou apaixonadamente, despertando toda a loucura acumulada dentro de mim. E naquele momento assustador, não consegui mais me conter, nem resistir. Muito menos negar minha necessidade dele ou me privar do que eu realmente queria. Passei os braços ao redor do corpo dele e simplesmente correspondi e me senti desfalecer nos braços dele.
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My Mean Boss- Carthur
General FictionSinopse: Carla Carolina Moreira Diaz, uma mulher linda,mimada,rica,egoísta e mais conhecida como "A poderosa", é muito fria e séria ,não brinca no trabalho, trata todos com indiferença por vir de uma família milionária e como diz ela "Manda quem pod...