Megera eu ?

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Capitulo 10

Narrado por Carla:

No dia seguinte, meu humor estava insuportável. Nem eu me agüentava de tão mau humorada que eu estava . Com certeza era evidente, porque assim que entrei na revista, com Marina carregando minhas coisas -e como sempre, quase correndo para me acompanhar- um silêncio absoluto se estabeleceu. Bastou que eu olhasse rapidamente ao redor para constatar que todos -sem exceção- mantinham as cabeças baixas, sem quererem me encarar.

Até os que estavam ao telefone tinham parado de falar. Todos meio paralisados. Aterrorizados, na verdade. Do jeito que eu adorava. Não era pra ninguém saber o prazer que aquilo me dava, claro. Por isso, fingindo bufar de impaciência, irritação e raiva, falei, alto o bastante para que todos escutassem.

Carla : Isso aqui é uma revista ou um necrotério? Pelo amor de Deus, mexam-se. Bando de retardados!

Quando me virei, Arthur estava parado na minha frente, me observando. Com uma expressão indecifrável. Parecia divertido. Feliz por me ver chegar será mesmo ? Impossível definir. Visível era apenas um quase sorriso no olhar.

Em questão de segundos, ao perceber que eu o fitava, ele desmanchou o olhar. Antes de falar, com um tom inexpressivo, absolutamente profissional.

Arthur : Bom dia, dona Carla .

Eu Nem respondi. Não ia me dar ao trabalho. Segui em frente, depois de lançar um olhar absolutamente gelado para ele, que me seguiu, repassando nossa pauta do dia e explicando algumas coisas que tinha adiantado.

Tudo com uma perfeição que melhorou meu humor de forma inexplicável. Mas que não deixei transparecer, óbvio!

A semana passou rápido. Durante o expediente, eu tinha Arthú , meu fiel e eficiente assistente. Depois, o horário de trabalho terminava, e com ele toda e qualquer razão para não permitir que meu corpo tivesse o que desejava, Arthur,meu tormento .

Num ciclo inevitável de sedução, prazer e provocação além do imaginável. Com nuances cada vez mais excitantes e satisfatórias de posições sexuais, diálogos e orgasmos.

Na 6ª feira depois do almoço, chamei Arthú na minha sala. Ele entrou e ficou parado na frente da minha mesa, com aquele olhar inescrutável dele, que nunca me permitia saber o que realmente estava pensando. Não que eu quisesse saber ou me importasse, claro. Ordenei, fingindo não olhar para ele, guardando algumas últimas coisas numa das gavetas.

Carla : Arthú , depois que terminar os relatórios que te pedi, me encontre nesse lugar..

Ele arregalou os olhos, antes de pegar o cartão que eu estendi, e ver que o lugar era apenas um salão de beleza. Ele pareceu decepcionado, o que quase me fez sorrir. Quase, porque completei, seríssima.

Carla : E não se atrase!está ouvindo eu odeio atrasos

Arthur: Sim dona Carla!

- Ótimo,agora eu vou indo!tchau tchau

Antes de pegar minha bolsa e sair batendo a porta da sala atrás de mim.

...

Foi muito divertido ver ele esperando no salão. Era evidente que ele odiava tudo aquilo, mas ele não tinha escolha. Ignorei a resistência dele completamente. Simplesmente ordenei, com uma autoridade inquestionável.

Carla : Arthú , senta, espera e fica calado.agora

Ele me olhou de um jeito como que se preparando para sair correndo dali. Impossível não achar graça. Quase sorri. Arthú suspirou fundo, como se tomasse coragem. E obedeceu. Com um olhar doce e perdido que poderia causar pena em qualquer pessoa que não fosse eu.

Ele se sentou mesmo e ficou esperando eu terminar de arrumar meu cabelo,que demorou algumas horas devo dizer,hahahahahahah.

Inacreditável né meninas? Carla megera? Impossivel acontecer, kkkk

Coitado do Arthur que tortura que deve ter sido para ele ficar esperando no salão hahahahah

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My Mean Boss- Carthur Onde histórias criam vida. Descubra agora