Capitulo 40
Narrado por Carla :
No dia seguinte, quando o expediente acabou, um Arthur absolutamente sorridente entrou na minha sala, sem bater. Eu estava profundamente irritada. Ele sabia, impossível não perceber. Aquele era para mim, o começo de um pesadelo. Daqueles que a gente sabe que não tem como conter.
Jantar com Arthur na casa do meu pai. Não sei o que me apavorava mais: Arthur,meu pai ou eu mesma. Minha voz saiu tensa.
- Vamos? Arthur,não quero chegar atrasada!
Arthur me seguiu sem dar uma palavra. Eu realmente não estava para conversa. Liguei o som do carro, para não dar espaço para palavras.
Quando parei o carro em frente a casa do meu pai, Arthur estava paralisado, sem respirar. Da guarita, o segurança abriu o portão sem nada perguntar. Conhecia meu carro, e a placa.
Contornei o jardim que meu pai adorava. Parei em frente à escadaria da porta principal do enorme casarão de dois andares. Desci do carro. Arthur me seguiu. Tentando disfarçar, mas era evidente que estava impressionado.
- Puxa, sua infância não deve ter sido nada fácil..
Aquilo me fez ri. Olhei para ele, me olhando com aquele jeitinho implicante e safado. Achando incrível como ele conseguia fazer meu humor melhorar. O manobrista totalmente uniformizado se aproximou. Antigo, mais de 20 anos de casa, como todos os empregados de meu pai.
- Boa noite, dona Dulce.- Disse Miguel educado.
- O que tem de boa? Hein Miguel,faça alguma coisa de útil!-digo na mesma hora.
Respondi, atirando a chave do carro. Ele se esforçou, mas não conseguiu pegar no ar como fazia anos atrás.
- Nossa , Você está velho, Miguel. Hora do meu pai te aposentar.
Ele me olhou magoado. Exatamente como eu queria e adorava. Arthur me seguiu. Pela respiração dele eu podia sentir que estava revoltado. Antes que eu chegasse na porta, ele me puxou pelo braço. Reprovou.
- Precisava tratar o senhor daquele jeito,Cá?
Olhei para ele perplexa. Será que Arthur não entendia nada?eu não podia dar liberdade a eles senão eles não se esforçariam .
- Nossa que drama, É só um empregado, Arthur....
Os olhos dele se fixaram profundamente nos meus. Daquele jeito que só ele conseguia ter coragem de me olhar. Antes de perguntar.
- E eu? Também sou só um empregado?
Antes que eu pudesse responder, a porta se abriu.
- Boa noite, Carla!-disse Consuelo
Olhei para Arthur tentando fazer com que ele entendesse.
- Viu? São todos iguais..você dá um pouco de liberdade e eles acham que já fazem parte da família.
Entrei, passando por Consuelo sem nem cumprimentar. Apenas tirei o casaco e atirei em cima dela, que disse.
- Seu pai está no escritório..
A fuzilei com o olhar. Era por isso que eu odiava ir na casa do meu pai. A criadagem era abusada demais. Além do fato de me conhecerem desde criança, ainda tinha o agravante de meu pai insistir em tratá-los quase como iguais. Vergonha, absurdo total. Imediatamente a coloquei no lugar.
- Ninguém te perguntou nada,Consuelo,se ponha no seu lugar,como a empregada do meu pai,eu hein!
Segui pelo corredor, sem olhar para trás. Arthur deu boa noite para ela e depois me seguiu quase correndo. Parei na porta do escritório, olhei para Arthur,e disse.
- Nunca, jamais volte a tratar pessoas inferiores a você como iguais.
Ao invés de olhar para mim, Arthur estava com o olhar parado, completamente sem graça. Me virei e percebi o porque. Meu pai, parado com a porta aberta às minhas costas. Os olhos dele brilharam, decepcionados, como se não acreditasse. Não entendi a razão, uma vez que eu não tinha dito nada demais. Nada que eu já não tivesse dito milhares de vezes naquele mesmo lugar.
- Pensei que você tivesse mudado, Carla Mas parece que eu estava enganado..
- Nossa, pai, mudar para que? Me acho perfeita.
- Perfeita no que hein,em maltratar os outros,não foi para isso que te criei,florzinha!-disse meu pai na mesma hora.
- Ahhhh não papai sem sermão por favor!-digo revirando os olhos.
- Um dia você vai entender!-disse meu pai olhando para Arthur- boa noite,Arthur.
- Boa noite senhor Carlos!-disse Arthur educado.
- Senhor Carlos não,pode me chamar de Carlos!-disse meu pai lhe sorrindo.
- Está bem,Carlos,linda casa!-disse Arthur educado.
- Obrigada,sinta-se em casa!-disse meu pai para Arthur me ignorando totalmente.
Me senti excluída,meu pai conversava com Arthur enquanto eu estava sentada lá quando ouço a campainha tocar,fico no mesmo lugar até que Consuelo volta e diz ao meu pai.
- Senhor tem uma mulher na porta que está a sua procura!- Disse Consuelo ao meu pai.
- Que estranho,eu vou ver quem é,com licença Arthur,eu já volto!-disse meu pai nos deixando sozinhos.
- Pelo visto você já ganhou meu pai,hein Arthur!-digo debochada.
- Fazer o que se eu tenho um charme que ninguém resiste!- Disse Arthur me olhando.
- Idiota,eu vou ver o que meu pai está fazendo!-digo me levantando.
- Espera eu vou com você!-disse Arthur se levantando me seguindo.
- Então vem logo!- Digo o puxando pela mão.
De mãos dadas vamos até o portão onde eu vejo a sombra do meu pai conversando ou melhor dizendo brigando com uma mulher.
- Eu posso saber o que você está fazendo aqui?- Disse meu pai bravo.
- Eu te falei que eu voltei para ficar e nada vai me impedir do meu objetivo!-disse uma voz de mulher.
Quando eu ouvi a voz daquela mulher,senti meu coração batendo forte,minhas mãos suando,eu conhecia aquela voz é muito bem.
É uma voz que me assombra desde que eu era criança,sem me importar,eu vou puxando Arthur até onde meu pai estava junto com aquela mulher.
Eu parei de frente para os dois e meu pai ficou lívido e pálido quando me viu já a mulher sorriu para mim.
- Carla,minha linda!-disse minha mãe na hora que me viu.
- Quem e ela?-perguntou Arthur sem entender.
- E.....hum....a minha mãe!- Digo supresa e sem saber o que sentir.
Ali na minha frente estava a mulher por quem eu chorei durante tantos anos porém uma hora me dei por vencida e parei de chorar ao ver que ela não ia voltar mais que me havia abandonado porém agora ela estava aqui e eu não sabia o que fazer.
Eita e agora o que Carla vai fazer
Vamos de desafio
Desafio de 40 comentários e eu posto outro capítulo
Xoxo 💋
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My Mean Boss- Carthur
Ficción GeneralSinopse: Carla Carolina Moreira Diaz, uma mulher linda,mimada,rica,egoísta e mais conhecida como "A poderosa", é muito fria e séria ,não brinca no trabalho, trata todos com indiferença por vir de uma família milionária e como diz ela "Manda quem pod...