Cap. 31 - Bebê a bordo

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Pov.Monel

A imagem daquela roupinha tão pequena nas minhas mãos ainda gira na minha cabeça. Há tempo nossos amigos foram embora, Kara disse que ia me esperar na cama e eu fui tomar banho. Ser pai, algo que nunca passou pela minha cabeça, eu sim, desejei várias vezes ter filhos com Kara, mas depois de tudo foi algo que ficou apenas no meu subconsciente. Volto para o quarto e encontro Kara, coberta com a manta vermelha que ela costuma usar nas noites de filme no sofá. Aproveito que ela dorme tranquila e tentando não acorda-la, chego perto da sua barriga.

- Oi... Tá me ouvindo? Aqui é o papai. Meu nome é Monel, sua mamãe me contou que você tá aí dentro, só pra você saber, não vejo a hora de te conhecer! - sussurro pertinho da barriga dela.
- Eu também. - Kara se ajeita na cama - está com sono? Queria conversar.
- Não, é claro que podemos conversar, achei que estava dormindo, tentei não te acordar, como...
- Super audição. - diz sorrindo - como você está?
- Tá brincando? Eu acho que nunca estive mais feliz na vida. Sabe, eu sonhei em ter filhos com você, mas depois que fui para o futuro pensei que seria impossível, depois que voltei não tinha pensado nisso de novo.
- Eu... estava com medo que você não gostasse, não sei, estava com medo por que a gente nunca tinha falado sobre isso e...
- Kara, eu não poderia estar mais feliz, agora já não sou o último da minha família e você também não. - Monel diz apertando minha mão.
- Eu pensei muito sobre isso, Kal e eu já não somos os últimos filhos de Krypton, nossas tradições, religião e costumes continuarão. - digo com lágrimas escorrendo quentes pelo meu rosto.
- E como você se sente?
- Eu, não sei bem como me sentir. Eu estou muito feliz com a ideia, mas a verdade é o que eu sei sobre ser mãe? Eu fui mandada em uma nave, eu tive muitos problemas para aceitar minha mãe adotiva, o que um bebê come? O que fazer com um bebê? Com quantas roupas vestir o bebê? E...
- Hey, Kara, calma. Você sabe que a família real de Daxam era a pior, e minha mãe principalmente nunca foi nenhum exemplo. Meu pai era por vezes um bom homem, mas também não era um exemplo de pai, mas o ponto não é esse. Não podemos viver as experiências dos nossos pais, vamos ter que aprender sozinhos a fazer o melhor que estiver ao nosso alcance. E para isso temos um ao outro, ok?
- Ok, eu te amo!
- E eu amo vocês dois!

Kara se vira para apagar a luz e eu a abraço em uma conchinha, não há sensação melhor do que tê-la em meus braços e saber que em breve seremos 3, já não estamos sozinhos.

Eu acordo e vejo o lugar de Kara vazio na cama, do banheiro vem um barulho, Kara está passando mal.

- Kara, tá tudo bem?
- Tá sim, - Kara continua vomitando- eu fui fazer o café e parece que alguém não gostou. - Kara aponta para a barriga.
- Bem, dizem que os bebês e os bêbados nunca mentem.
- O que ? - me faço de desentendido - e a propósito, crianças e bêbados não mentem.
- Bem, você precisa de alguma coisa?
- Não, eu tô melhor, vou tomar um banho.
- E eu vou fazer o café - digo deixando um beijo em sua testa - Não esquece que precisamos ir a DEO, Alex me mata se eu não te levar pra fazer os exames, e você mocinha, está proibida de sair voando por aí.
- Mas...
- Nem mas, nem menos mas, ordens da Alex.
- Tá bom... - diz a loira fazendo o famoso beicinho.

Kara vai para o banho e logo depois nos sentamos para tomar café. No café ovos com bacon, torradas, latte, suco de laranja e uma porção de frutas. Tomamos o café e vamos direto para a DEO, ao chegar, Alex e Lena nos esperavam ansiosas e Alex logo vem abraçar Kara.

- Muito bem mamãe, vamos ver como está esse bebê?
- O que tico e teco estão aprontando? - Lena e Alex  se olham e sorriem?
- Obrigada por me comparar a um esquilo. - Lena diz e Kara ri divertida.
- Um esquilo fofo e travesso como vocês duas, agora vamos, o que estão escondendo?
- Bem, - Alex se joga na frente - tudo culpa da Lena tá.
- Ah, claro, tudo culpa da Luthor. - Lena fala rindo e Alex lhe acerta com um par de luvas.
- Lena e eu estávamos tomando café aqui perto hoje, e vimos que inauguraram uma loja de departamento infantil. Eu queria um ursinho, mas Lena insistiu nisso - Lena estende as mãos que estavam para trás.

𝐶𝑜𝑚𝑒𝑡𝑎𝑠 - 𝑈𝑚𝑎 ℎ𝑖𝑠𝑡ó𝑟𝑖𝑎 𝐾𝑎𝑟𝑎𝑚𝑒𝑙Onde histórias criam vida. Descubra agora