ITÁLIA

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NIKOLAI PAVLOVA

- Senhor - meu guarda se aproxima de mim enquanto andamos nas ruas de Roma, criei esse hábito desde o dia que pisei aqui na Itália.

- sim - o respondo enquanto entro em uma cafeteira bem pequena que costumo ir todas as manhãs.

- o senhor tem...- ele tenta começar a falar mais o corto estendendo o meu dedo mostrando que queria um brevê silêncio, suspira e me observa assim que me aproximo do balcão.

- bom dia senhor - diz a caixa se insinuando como da mesma maneira desde que me viu.

Dou um sorriso simples e apenas abro minha carteira retirando o cartão back.

- o de sempre - falo sem muito entusiasmo e ela parece perceber.

- você não é daqui né - pergunta tentando puxar um assunto que eu não estou nem um pouco interessado em prolongar.

- Não - digo firme e ela me entrega o pedido com uma cara de decepção pelo corte, dou meia volta e saiu da cafeteira buscando um lugar para tomar meu café da manhã em paz.

Vejo uma mês distante e sinalizo para Ygor, no intuito de irmos até ela, ele olha para os lados e vê muita gente, então olha para uma mesa mais próxima e acena para ela permanecendo calado.

Vou até essa mesa não muito afastada, quase em frente da cafeteira e me sento, apreciando o bom café.

- senhor - Ygor meu guarda me encara sério e finalmente fala o que tanto lhe incomoda.

- diga - falo e o observo, ficar inquieto, sei que será algo para chamar minha atenção, crescemos juntos ele é como o irmão que não tive, então quando vê que estou fazendo merda não consegue ficar sem tentar me alertar. - senta Ygor e toma um café - falo relaxado já que ele não inicia os sermões - sua cara não está das melhores.

- Já era de se esperar né - diz suspirando - acho que você Nikolai está esquecendo que tem uma máfia para comandar. - fala se sentado emburrado e o encaro sério.

- não meu caro amigo, não esqueci nunca de minhas obrigações, estou resolvendo tudo a distância, até eu realizar meu objetivo aqui - digo sério e ele passa as mãos pelos cabelos de forma nervosa.

- Nikolai, você está adiando reuniões importantes, encontros - fala sério - isso só para uma vingança boba, que não irá mudar nada a influência deles. - me encara - que vantagem você tem ?

- minha vingança interna - digo - os ver sofrer, seria minha maior realização...

- realização? - questiona - ficar indo atrás da mimada dos Vacchiano - ele fala bufando.

- eu já te disse meu plano...

- sim quebrar o coração da garota deixar ela desolada, porque você tem treta com os irmãos dela- fala bravo- sério isso Nikolai coitada da garota, ela é nova, acho que nunca beijou um cara e tu fode quem aparece na sua frente, sabe que qualquer coisa que disser a ela vai iludir a garota, acha que a menina merece isso.

- acho que todos os Vacchiano merecem sofrer sejam quem for, independente da forma, eles tem que se definhar - falo enraivecido e ele fica quieto.- acho que ninguém além de você precisa saber que estou fazendo isso escutou - ele permanece quieto - e também acho meu amigo, que quando ela tiver desolada encima de uma cama com o coração partido os irmãos dela vão sofrer tanto quanto ela, o que me alegra muito.

Bebirico meu café e o vejo me encarar de canto de olhos.

- eu tô sentindo que isso vai dar muito errado - ele apenas resmunga e finjo não escutar - já que está fazendo tudo isso, qual será seu próximo passo esperar ela brotar aqui na cafeteria.

- não seria um péssimo plano - falo e ele me encara perplexo - não precisa ficar igual uma pessoa histérica - digo dando o último gole de café, que tem em minha xícara. -Já tenho todo plano traçado, quando for a hora - falo calmo- você saberá.

- Ettore já deve saber que está aqui a mais de uma semana - fala desconfiado.

- lógico que sabe - digo rindo - mais graça ao nosso acordo, que foram traçado a mais de dez anos atrás, posso andar por qualquer canto no território deles - digo sorrindo mais ainda.

- assim como eles no nosso - sussurra e fecho a expressão.

- já percebi que você não me apoia muito Ygor mais esse será o plano, se em até duas semanas eu não a ter em minhas mãos para começar meu plano eu desisto ! - falo sério e vejo um singelo sorriso brotar.

- está com medo de ela não te retribuir cair em seu charme- fala rindo.

- nem um pouco meu amigo - digo com um sorriso de lado - em breve Nina Vacchiano estará comendo nas palmas de minha mão.

O DESEJO DO MAFIOSO - Livro 2 "IRMÃOS VACCHIANO" Onde histórias criam vida. Descubra agora