ME SALVAR

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NINA VACCHIANO

Olho para aquele monstro.

Ele me olha como um psicopata, com sangue na boca e suas roupas bagunçadas.

Dou um passo para trás, em choque, tento reagir mas é como se não conseguisse,engulo seco o encarando.

Muitos diriam corra, outros falariam grite, mas apenas quem passa sabe como é difícil reagirmos, como é querer gritar e não conseguir, tentar correr e não ter reação.

Dou passos para trás com medo de como ele reagirá ou vira atrás de mim, ele é mas forte e ágil, eu apenas uma gestante, que já sofro com as limitações da gestação.

- não corra - ele diz frio e o olho assustada. - se você correr vai ser pior - diz - até alguém vir eu já terei tirado esse projeto de bebê de você  - diz e sinto uma raiva comunal crescer em mim pela primeira vez em minha vida.

Dou passos para trás e bato em algo.

Vejo que tropecei em uma arma que pertencia a um de meus guardas.

Olho para arma e levanto meu olhar para ele.

- você não fará mal a mim de novo - digo com a respiração rápida. - você não fará mal ao meu bebê - o vejo sorrir de deboche - e nem se aproximara de mim novamente - falo e vejo sua expressão ir se fechando com o tempo.

- e quem vai me impedir - diz rindo - eles ? - pegunta e aponta para os que estão mortos no chão e sinto uma tristeza enorme me atingir, eles morreram por minha causa. - ou pelo seu maridinho de merda - diz rindo enquanto abre os braços - por quem minha linda - fala e sinto nojo de suas palavras - você não fará nada e nem ninguém a salvará - diz rindo - para a sua infelicidade, você pertencerá a mim - fala dando passos em minha direção e eu me preparo para fazer o que estou planejando.

Quando vejo que ele está muito próximo, me abaixo com dificuldade e pego a arma que estava no chão, apontando em seguida em sua direção.

Ele me encara sem e nenhuma expressão.

- você não me valoriza né - começa a falar alto - eu sempre te amei porra - grita - sempre quis ter você - continua - criei a porra daquele império para poder fazer a oferta para te ter - diz e eu o encaro espantada - pra que - permanece totalmente alterado - para você não valoriza porra nenhuma que fiz - diz e segue em minha direção - pra você sempre me ignora por um russo merda que te enganou - grita. - ficando em minha frente.

- eu cansei porra - o olho em choque total- cansei de ficar viajando e vendo você através do muro da sua casa - fala - cansei de implorar para ir em evento que você estaria - diz e o vejo chorando descontrolado em minha frente, cuspindo palavras de ódio em sua boca ensanguentada - você nunca me viu - me encara - nunca me notou, e eu sempre estive lá - fala e segura no cano da arma apontada para ele - eu sempre estive lá Nina - diz e coloca a arma direcionado em seu peito - e você nunca me notou, nunca me viu - fala - é injusto - diz abaixando a voz e permaneço intacta, parada o olhando assustada, com a arma ainda em minhas mãos e ele segurando firme a base em seu peito - eu finalmente ia poder ter você - diz e vejo lágrimas caindo - tocar você - toca em meu rosto com a outra mão, e fico parada em choque - mas você não me deu a oportunidade - diz - me dispensou de novo como sempre - fala - e ficou com quem não te amava.

Ele então escorrega a mão até a base da arma no gatilho.

- eu não sou doido - diz chorando - eu não sou assim - diz me olhando firme - so que eu não aguento te ver com outro - fala - não dá mais - diz e escorre uma lágrima de meu olho - vai Nina, já que me abomina tanto - diz - da um fim logo em mim - fala e coloca meu dedo no gatilho - acaba logo comigo- diz mais alto - Anda- grita e eu aperto o gatilho por impulso.

Um estrondo se forma no ambiente e sinto um impulso para trás ao disparar a arma.

Um grito sai e vejo Adam deitado com um grande sangramento em seu peito.

Por impulso jogo as armas para o lado e coloco as mãos sobre a minha boca assustada e o vejo cuspir Sangue.

Ele me encara chorando e eu me aproximo.

Me agacho ao seu lado por instinto e ele me encara.

- você não está bem Adam - digo para ele - você não me ama - falo e ele continua me encarando - e nunca amou - respiro fundo - eu só era uma obsessão sua - falo me abraçando mesma - que você idealizou como sua - digo friamente - não tente se vitimizar e nem fazer me sentir mal, por você morrer - digo o vendo me encarar enquanto sua vida vai acabando - você me fez mal, muito mal - falo e vejo seus olhos diminuindo - e eu só me defendi - falo e o vejo finalmente morrer.

Me levanto e pego a arma firme em minhas mãos a segurando com um medo absurdo.

Caminho pelo shopping passando e sendo vista por alguns que me olham horrorizados, quando estou chegando próximo a porta central vejo minha sogra vindo correndo em minha direção.

Ela se aproxima e me abraça com muita força e me sinto como os abraços que minha mãe era acostumada a me dar.

Ela me olha preocupada, me analisa em todos lugares, assim como meu sogro que vem logo a seguir.

- está bem minha filha ? - meu sogro me analisa com o olhar.

- voce se machucou? Machucou o bebê ? - minha sogra Pergunta.

Eu paro e os encaro com tranquilidade que não tinha a muito tempo.

- eu estou bem Tatiana, pela primeira vez a um bom tempo, não me sinto tão segura, quanto agora.

O DESEJO DO MAFIOSO - Livro 2 "IRMÃOS VACCHIANO" Onde histórias criam vida. Descubra agora