SONHO

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NINA VACCHIANO

- não! - grito acordando e sinto um aperto em meu peito -. Nikolai- sussurro de forma involuntária.

Tive um pesadelo, que ele estava mal, que ele precisar de ajuda, que estava em perigo.

Passo as mãos por meus rosto de forma nervosa tentando manter a racionalidade, ele deve estar bem, não deve ter acontecido nada.

Sento nervosa na beira da cama, eu nem deveria estar pensando nele a princípio.

Suspiro sentindo um aperto no peito incomum, aperto da mesma forma que sentir ao descobrir o que aconteceu com Lucca.

Será que Nikolai tá bem ?

Olho para meu celular e penso se o pego ou não, mas desisto a caminho, eu não posso fazer isso, eu disse não a ele, tenho que me manter firme.

Me levanto e me desequilibro com uma tontura.

- porra! - falo tentando ficar em pé, tento me manter em pé falando miseravelmente.

Sento na cama novamente e tento respirar

- Deve ter sido apenas uma tontura por ter levantado rápido - digo a mim mesma.

Respiro fundo novamente, tento me acalmar controlando minha respiração, busco me manter relaxada, mas a situação piora até sentir um extremo enjôo, coloco a mãos sobre minha boca, e corro em direção ao meu banheiro com dificuldade, agacho rápido assim que chego de frente  ao vaso levantando a sua tampa e vomitando tudo aquilo que tinha comido no dia anterior.

- meu Deus - falo não consigo parar de vomitar, enquanto seguro meu cabelo em um bolo que fiz as pressas, resmungo de chateação por estar me sentindo tão mal.

Tento respirar e faço um coque, quando uma nova onde de vômito vem com tudo.

Fico alguns minutos sentada ainda de frente ao sanitário, esperando até estar cem por cento.

Vou em direção da pia e finalmente me sinto melhor, quando jogo água sobre meu rosto e pescoço, me dando um pouco menos de mal estar.

Faço minhas higiene matinais e desço não me sentindo cem por cento bem, entro dentro da sala de jantar, e vou em direção da mesa de café da manhã que já está posta.

Olho aqueles itens com uma expressão de desagrado, nada me anima para comer, e muito menos desperta meu apetite.

Sento a cadeira e começo a pesquisar o que tenho até me lembro de Isa ontem, para de mexer, ao me recordar dela passando mal no restaurante e irmos até o hospital, porra ela está grávida e estava igual eu estou.

Minhas mãos gelam, e minha respiração pesa, nesse momento parece que tudo que estava na mesa de transformou em coisas que eu não consigo nem sentir o cheiro.

- porra - me levanto nervosa e vou em direção da saída até escutar alguém me chamar.

Olho de canto de olho e vejo Dora entrando na sala de jantar e me chamando.

- Nina está bem ? - me pergunta e sorrio para que ela não desconfie, meu Deus eu estou perdida.

- sim é que eu estou sem fome - falo e ela me encara.

- você sem fome ? - pergunta desconfiada - está doente ? - pergunta se aproximando.

- não, eu estou bem só vou comer mais tarde- falo rindo, repugnando por dentro pelo cheiro da comida.

- não quer tomar pelo menos um suco minha menina ?- pergunta e eu aceno quando vejo que ela está com ele nas mãos.

- ah, sim suco de laranja, amo - falo o pegando e percebendo que será a única coisa que conseguirei manter em meu estômago agora cedo.

Subo com o meu suco mais rápido que deveria, coloco ele sobre a cômoda e vou em direção do meu armário.

Procuro o meu notebook.

- tenho certeza que o deixei por aqui ! - digo procurando pelas gavetas.

Continuo procurando até me lembrar, a Isa comprou uns testes para fazer e guarda de recordação.

Me levanto e passo as mãos pelos cabelos tenho que pegar pelo menos um, mais como fazer isso sem ninguém percebe.

Caminho quieta até a minha porta, respiro fundo e a abro.

Passo pelos corredor, e fico bem em frente da porta do quarto deles, olho para os dois lados e dou uma batida verificando que não tem ninguém mesmo.

Movo a maçaneta e vejo que ela está aberta, um sorrio de alívio surge em meu rosto.

Entro rapidamente a fechando logo em seguida e pensando onde ele pode estar.

Caminho até a cômoda a abrindo.

- eca !- falo vendo alguns brinquedos que eles devem usar - credo - balanço a cabeça, pensamentos desnecessários, pensamentos desnecessários.

Olho pelo quarto tentando lembrar onde ela costuma guardar suas coisas bem pessoas e lembro do banheiro, vou em sua direção e abro o armário da pia do lado de Isa, mexo procurando por uns minutos até encontrar uma caixinha.

Nessas horas agradeço por ela ser um pouquinho exagerada.

Pego dois e coloco em meu bolso saiu do banheiro correndo, não tem ninguém ainda, apresso meus passos indo abrir a porta do quarto, quando eu dou de cara com Ettore.

Ele me encara curioso e de maneira seria.

- o que está fazendo no meu quarto Nina?- pergunta sério e minha cabeça começa a fazer um estourou para achar uma desculpa plausível.

- eu vim ver a Isabela, eu abri e entrei e ela não estava - falo simples torcendo para ele acreditar.

- ela está lá embaixo tomando café da manhã - diz já mais relaxado - porque não está lá, Dora disse que não comeu - me pergunta e meu nervosismo aumenta.

- estava sem fome aí peguei um suco e subi. - porra tenho que ser melhor - aí como sempre a Isabela demora a acordar eu pensei que ia tá aqui ainda - falo e o vejo rir do que disse.

Minha alma parece que voltou no corpo novamente, ele da passagem e eu passo.

- vá lá embaixo falar com ela, antes de ela voltar e dormi - fala e sorri.

- ok maninho - digo e dou um beijo rápido em sua bochecha e saiu dali o mais depressa possível.

Essa foi por pouco Nina.

Foi por muito pouco.

O DESEJO DO MAFIOSO - Livro 2 "IRMÃOS VACCHIANO" Onde histórias criam vida. Descubra agora