NIKOLAI PAVLOVA
Levo o copo de whisky e dou um gole da bebida que queima a minha boca, me encosto na cadeira, com o olhar fixo no nada por alguns minutos.
Depois de uma semana exaustiva no trabalho, me deixei hoje me sentir mal pelo que fiz a Nina.
Na verdade eu não deveria me sentir assim, era meu plano desde o início, sempre soube que deveria fazer aquilo, porque eu me sinto assim agora.
Respiro fundo e lembro de toda a cena, passei horas atrás dela naquela chuva e não a encontrei.
Eu não queria ter que dizer aquilo, bem eu queria mais não naquela hora, porra estou confuso.
- mais oque eu faria se a visse ? - pergunto para eu mesmo - o que eu iria falar - me questiono, não sabendo a resposta, suspiro e olho pelo meu escritório vazio, sempre gostei dessa solidão, mais não me sinto igual antes e não sei o porquê.
Viro a bebida de uma vez, sinto o queimar na garganta conforme a bebida passa por ela.
Deposito o copo sobre a minha mesa e fixo meu olhar no meu celular.
- Eu deveria mandar uma mensagem ?- me pergunto e tento resistir.
Não acho melhor não!
Respiro fundo e vou em direção da porta, caminho por corredores até me Aproximar da saída para o jardim, ando passos decisivos e vou até uma estufa localizada a alguns metros da área de lazer.
Bato na porta e a abro vendo minha mãe Tatiana Pavlova cortando uns ramos das flores.
- oi mãe - digo me aproximando e ela me volta o olhar de forma carinhosa.
- olá filho - se levanta batendo as mãos sobre o avental limpando a terra que está sobre ele - aconteceu algo ? - ela repara bem em meu rosto e sorrio tentando disfarçar o máximo.
- não - digo sorriso - só vim ver a senhora - digo sorrindo.
- já era tempo - fala cruzando os braços - já que estava a muito tempo em solo italiano - diz me encarando seria e me arrependo de ter visto.
Minha mãe é esperta e sabe muito bem quando estou mentindo.
- tratando de negócios - digo simples.
- negócios ? - pergunta e fico sério.
- sim porque - pergunto e ela continua me encarando.
- seu pai disse que o acordo de paz com os italianos já era!- fala e eu fico petrificado. - não sei lá negócios que estava tratando mais com certeza os italianos se irritaram - continua - mais o que eu estou tentando entender até agora é o porquê de ter ido tratar esses negócios lá - fala simples - e não aqui - meu silêncio concerteza me condena nesse instante.
Sem saber o que falar só me aproximo dela e sorrio a encarando.
- mãe, é um negócio que necessita de sigilo - falo torcendo para que acredite - e outra os italianos se irritaram pela mesma forma que a senhora está - falo balançando os ombros - por não conseguir saber o que é - dou uma risadinha e vejo sua expressão seria, ela odeia não saber das coisas, e torço para que ela nunca saiba disso, pretendo viver muito tempo ainda.
Dona Tatiana me encara e viro meus calcanhares indo em direção da porta o mais rápido possível, o melhor que faço é ir resolver os problemas da máfia que assim ninguém perguntara o que estava fazendo na Itália.
- Nikolai - ela me chama quando estou quase passando pela porta, me viro novamente para ela e a encaro.
- sim- digo simples e seus olhos estão fixos em mim.
- espero mesmo que não tenha ido gerar problemas - fala seria - odiaria ter que puxar sua orelha depois de ter virado um capô - fala com seus braços cruzados e engulo seco - espero sinceramente que não esteja mentindo para mim - fala com sua expressão mais severa e depois se vira para continuar mexendo em suas plantas.
Engulo seco novamente e saiu daquela estufa, péssima decisão ter ido lá.
Volto a andar para dentro e desabotoou meu terno, o deixando mais livre aberto.
Penso em voltar para meu escritório quando esbarro na sala com Ygor e outro guarda de extrema confiança de meu pai.
- Ettore está ainda no hospital - Ygor diz e escuto - parece que uns de seus irmãos foi baleado e está em coma - fala e fico sem ar, será que é Nina?
Me aproximo as pressas e eles parecem perceber minha aproximação, por impulso pego o colarinho de Ygor e o encaro.
- quem está em coma. ? - pergunto um pouco em desespero.
- ainda não sabemos ao certo senhor - diz sério - por isso não lhe repassamos a informação - estamos esperando...
- não quero saber - falo sentindo um desespero começando a crescer em meu peito. - descubra agora. - falo e ambos acenam e saem da sala.
Vou as pressas até meu escritório, minhas pernas funcionam de maneira automática, minha cabeça está girando com medo de ser ela, e meu corpo reagi da maneira mais rápida para descobri isso.
Entro na sala abrindo a porta em um estrondo e vou em direção da mesa sem fechar a porta, pego meu celular e vou digitando o nome dela.
Olho seu contato penso se devo ligar, e se não for ela, e se for e alguém estiver com seus celular.
Na minha cabeça fica uma briga interna, até me dá conta que já disquei.
Ligo e ele mal começa a chamar e já cai, olho novamente na tela e tendo mais duas vezes acontecendo o mesmo.
- porra ! - digo frustado ao perceber que ela me bloqueou - merda e agora como vou saber - jogo o celular na parede a abaixo a cabeça, o que essa menina fez comigo.
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O DESEJO DO MAFIOSO - Livro 2 "IRMÃOS VACCHIANO"
FanfictionO desejo do Mafioso - segundo Livro da trilogia - Os irmãos Vacchiano. Nina Vacchiano é uma jovem doce e ingênua, que sempre sonhava em encontrar o homem perfeito, ela é a irmã mais nova e protegida dos maiores mafiosos da Itália, Ettore e Luca Vacc...