NIKOLAI PAVLOVA-Aí - minha mãe empurra mais o gelo que está em meu rosto, depois dos socos que levei de Ettore.
- bem feito para você - minha mãe diz andando de um lado para o outro - quando vi sua reação achei que gostava da menina, nao que brincou com ela e acabou se ferrando no caminho - fala ríspida e abaixo minha cabeça - acho pouco que esteja gostando dela agora, ela podia ter dar um belo de um gelo.
Fala brava com os braços cruzados.
Me levanto com o gelo ainda no rosto, porem com os pensamentos em Marte.
Porra achei que tinha usado camisinha todas as vezes mais não, agora puxando em minha memória, no carro, no banheiro da biblioteca eu estava sem.
Penso o quanto ela deve estar arrasada, o quanto ela deve está com medo e perdida.
- eu vou se pai - falo baixo e minha mãe me encara.
- caiu a ficha agora gênio? - diz ainda brava. - por mais que eu esteja feliz que vou ser vovó finalmente, estou muito brava com você pela circunstâncias de como aconteceu - diz fechando a cara, olho para porta, não vou deixá-la sozinha, eu a quero, e nossos filho também.
Começo andar e minha mãe me olha, corre e entra na minha frente.
- para onde pensa que vai NIKOLAI - fala alto e minha cabeça dói.
- vou até Ettore, dizer que vou me casar com ela - falo sério e ela me encara brava.
- nossa que lindo, muito digno isso - diz debochando - se você chegar lá agora ele vai é acertar o outro lado do teu rosto, isso se tivermos sorte de não atirar em você.
Eu a encaro e nunca a vi tão brava e feliz ao mesmo tempo, quando saimos da sala vindo até a outra que não tinha meu sangue no chão, pude a ver pesquisando berço na internet, nesse caos todo.
- e o que eu faço agora - pergunto com o rosto latejando.
- agora você para e espera seu pai retornar, ele está tentando resolver sua bagunça e concertar tudo. - resmunga e permaneço parado.
Caminho até a poltrona e me sento novamente, penso em como ela deve ter descobrido e como sofreu, até contar para Ettore.
Será que ela tá bem ?
Será que precisa de algo?
Será que senti minha falta ?
As perguntas embaralham em minha mente eu fico confuso, sem saber o que fazer e agir.
Estou já entediado nessa sala passaram algumas horas e nada.
Quando finalmente penso em levantar vejo meu pai, cruzando a porta suspirando enquanto afrouxa a sua gravata.
- pai...
- agora não NIKOLAI - ele diz e suspira colocando as mãos pelo rosto e ficando em postura reta novamente.
- está tudo bem? Amor - minha mãe se aproxima e ele aceita o seu abraço.
- estamos a um fio de uma guerra, muito grande graça a sua besteira Nikolai - fala sério me olhando - o que você tinha na cabeça.
- pai eu achei que não viraria isso - digo e ele ri de nervoso.
- não pensou que de apossando da inocência dela, também traria consequências ? - pegunta e me mantenho quieto.
- qual foi a decisão de vocês - pergunto sério e direto.
Meu pai me olha e bufa anda até a poltrona e senta.
- Ettore, queria te matar - diz - e não tiro a razão dele porque eu no lugar dele faria o mesmo - fala e engulo seco - demorei horas para garantir que ele não metesse uma bala no meio da sua testa.
Minha mãe observa tudo com cuidado ao lado de meu pai.
- mas então qual foi a decisão - ela pergunta e posso ver um tom de esperança.
- demos duas opções para Nina - ele diz e meu coração aperta, duas ? Entao uma dela pode ser longe de mim.
- quais ? - pergunto sem paciência e meu pai me encara.
- ela pode decidir se casar com você e agilizaremos para que tudo ocorra perfeitamente - fala e eu continuo prestando atenção - ou - ele diz e da uma pausa.
- ou ? - pergunto já perdendo minha paciência.
- ou ela pode decidir continuar seu enlace com o alemão, sem que pessoas de fora saiba que o filho é seu...
- não - eu o interrompo - isso não é justo ela tirar meu filho de mim - falo alto e ele me olha estranho.
- mas é justo o que fez com ela - diz se levantando ficando em minha frente - a decisão é dela Nikolai, vamos acatar e respeitar por mais que me doa a possibilidade de não conhecer meu neto.
Diz e sai com uma expressão triste, olho para minha mãe que continua no mesmo lugar com os olhos cheios de tristeza.
Ela se aproxima de mim me dá um beijo na bochecha e fala.
- não quero nem saber - diz baixo - quero meu neto comigo - fala e eu a encaro - você tem exatamente um dia para estar na Itália e pedir perdão arrastado para ela, escutou Nikolai
Ela fala e eu sorrio.
- escutei - digo simples sorrindo e a vendo sorrir também.
- vá meu filho e volte com notícias boas - acaricia meu rosto - vá atrás de quem você ama.
Ela sai e eu fico lá, parado, eu não vou desistir dela, eu quero ela e meu filho comigo.
Não vou desistir da minha família.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O DESEJO DO MAFIOSO - Livro 2 "IRMÃOS VACCHIANO"
FanfictionO desejo do Mafioso - segundo Livro da trilogia - Os irmãos Vacchiano. Nina Vacchiano é uma jovem doce e ingênua, que sempre sonhava em encontrar o homem perfeito, ela é a irmã mais nova e protegida dos maiores mafiosos da Itália, Ettore e Luca Vacc...