ATAQUE

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NINA VACCHIANO

- merda - me levando e corro para o banheiro que tenho em meu quarto, a dias venho passando mal, com enjôos e mal estar, que teimam em não cessar.

Me agacho rapidamente de frente ao sanitário, levantando sua tampa e jogando para fora tudo que tinha no estômago.

- isso não vai parar - choramingo enquanto continuo com as ânsias.

Me levanto vou até a pia e me lavo, escovando os dentes, tiro minha roupa e vou embaixo do chuveiro para ver se um banho gelado melhora minha manhã.

Respiro fundo e saiu do box assim que termino, me enrolando  na toalha e seguindo em direção de meu quarto.

Vou seguir caminho até o closet quando meu celular vibra encima da cômoda.

Me aproximo para ver e vejo uma mensagem que Nikolai me mandou.

"Bom dia minha princesa, como você está ? Ainda com enjôos?"

Sorrio vendo sua mensagem, ele está tentando ser tudo aquilo que pedi, e por mais que tenha medo de confiar novamente nele, sinto que agora é real, que ele não irá me decepcionar novamente.

Desço as escadas para a sala de jantar, preciso comer algo mesmo não conseguindo, tenho que me alimentar.

Entro na sala e avisto Isabela, sorrio vendo ela fazer cara feia para o bolo de laranja encima da mesa, assim como eu, não é qualquer coisa que consegue comer.

- bom dia Isa - digo e ela sorri me vendo

- bom dia Nina - fala animada - como acordou hoje.

- não muito bem - digo e ela me encara preocupada - alguns enjôos - falo e ela sorri fraco.

- vai melhorar você vai ver - diz pegando um suco de laranja - comece por isso, me entrega - geralmente o estômago aceita melhor - fala sorrindo e sorrio.

Ficamos um tempo na mesa, até que Isabela decidi puxar assunto novamente.

- você já sabe o que vai querer fazer nas horas vagas quando chegar em Moscou? - pergunta mexendo em seu prato e eu olho para minha comida sem  muito ânimo para comer.

Meu casamento será em dois dias o nervosismo junto com os mal estar da gestação está me matando aos poucos.

Deixo a atenção de minha comida e olho para ela.

- Nina? - pergunta novamente e fico quieta quando sinto uma nova onda de enjôo se aproximar - Nina... -  ela me olha preocupada, tento me controlar para pelo menos agora não correr em direção do banheiro, mas perco essa luta, corro o máximo que consigo e a vejo vindo atrás de mim preocupada.

Ela corre atrás de mim, e me agacho novamente jogando tudo o que eu já não tinha mas em meu estômago, sinto meus cabelos serem segurados para que eu não me suje e olho vendo que foi Isa que está os segurando, da mesma forma como eu havia feito com ela a uns tempos atras.

- Oh Nina - diz com pena, ela é uma pessoa tão doce que não pode ver ninguém sofrer que acaba sofrendo junto, e infelizmente eu venho sofrendo muito no início dessa gravidez.

É tanta coisa em minha mente, essa gravidez que está me tomando muita energia, meu casamento que é a dois dias, o fato de estar a uma grande distância de meus irmãos, e Luca que ainda não acordou, que está ainda em coma, o que ele diria se visse toda essa bagunça que causei.

Sinto tanta falta dele.

Respiro fundo  e a sinto passar a mão pela minha costa, começo a chorar sem saber o motivo de estar chorando, só sei que preciso muito chorar agora, para me sentir melhor, olho para Isa que tem uma feição como se me visse assim cortasse o seu coração, sei o que ela deve estar pensando, que eu não queria me casar com Nikolai, mas não é isso, eu quero me casar com ele, e muito, eu amo ele, mas no momento esses hormônios não estão ajudando muito, me fazendo ficar mas sensível do que já sou.

- Nina quer falar comigo ?- pergunta e  nego com a cabeça - Nina eu estou aqui para o que precisar você sabe né - torna a perguntar e a olho confirmando ao balançar a minha cabeça apenas - vamos vou te ajudar a limpar...

Ela para de falar ao escutar barulho estrondoso na casa, me ajuda a levantar Nina e ir em direção da pia, em aproximo e pego uma escova disponível aqui embaixo, começo a escovar meus dentes lutando com a ânsia, lavo meu rosto e me sinto melhor novamente.

O barulho continua dessa vez mais próximo e vejo Isa  parar junto com mim, estamos aqui ambas tentando escutar melhor, quando estavamos indo mais próximo a porta com intenção de abrir  e ver o que está acontecendo , escutamos um tiro.

- meu deus - sussurro para mim e olho minha cunhada que corre em sua direção girando a chave.

- merda isso foi um tiro? - pergunto assustada, sentindo um medo absurdo crescer, nunca ninguém invadiu aqui somos inacessíveis.

Bom éramos ...

- eu acho que ... - Isa é interrompida por outro tiro dessa vez mais perto - merda Nina o que vamos fazer - pergunta assustada, tanto quanto eu estou, estico meu braço em sua direção e damos a mãos ficando bem próximas, quando vamos em direção do box do banheiro o fechando e agachando nós mantendo juntas como única forma de proteção, Isa pega seu celular que estava em meu bolso e tento discar o número de Ettore, mais vejo suas mãos trêmulas, ela não está conseguindo ter firmeza.

Minha cunhada não consegue segurar o telefone e o pego rápido de suas mãos digitando o número rapidamente enquanto estamos encolhida no canto do box escutando tiros disparados no canto de fora, aumentarem.

- Merda - xingo tentando manter a calma que infelizmente está quase escassa nesse momento, olho para o celular e xingo novamente minha cunhada se vira em minha direção olhando e vendo que Ettore não aceitou a chamada.

- meu Deus o que vamos fazer - começa a entrar em desespero e coloca suas mãos sobre a sua barriga como se isso fosse o suficiente para o proteger.

- calma vai dá certo - digo ligando novamente- você precisa ficar calma - falo a olhando - por você, por Ettore e pelo bebê - digo colocando uma de minhas mãos sobre as delas que estao acomodadas sobre meu ventre.

Respiro fundo tentando manter a calma e escuto mais um tiro, eu não quero morrer assim, quero me casar com Nikolai, eu o amo, quero ter o meu filho ou filha, criar minha família, poder acordar todos dias e ver meu marido ao meu lado.

Tento controlar minhas lágrimas que querem cair.

- Alô Ettore?- falo desesperada assim que o telefone é atendido.

- Olá senhorita Nina, seu irmão esta em uma reunião...

- Foda-se que ele está, estamos sendo atacadas - falo e percebo o desespero formando no outro lado da linha.

- atacadas ? Como ?...

- estamos em casa e estão atirando e... - paro de falar assim que escutamos alguém próximo a porta. - meu deus - começo a chorar perto do celular, assim como Isa - ele nos achou - sussurro para o telefone.

- senhorita Nina, fica calma, não entre em desespero já pedi p avisar o senhor Vacchiano e estão indo aí com reforços, já...

Escutamos um estrondo forte na porta e ela começa a Seder.

- Não adianta - digo chorando assim como minha cunhada já esta - eles entraram.

O DESEJO DO MAFIOSO - Livro 2 "IRMÃOS VACCHIANO" Onde histórias criam vida. Descubra agora