EM PANOS LIMPOS

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NIKOLAI PAVLOVA

Acordo cansado com batidas na minha porta, mesmo depois de ter passado a tarde com Nina na biblioteca a noite procurei sabe onde ela estaria.

Me levanto, e acho que nunca estive tão exausto, vi a Nina quase todos os dias, e sempre estávamos transado.

Essa garota está me fazendo viciar nela, merda!

Abro a porta contra a vontade e Ygor passa por ela como um furacão.

- que porra é essa - falo bravo mais ele me encara na mesma intensidade.

- Nikolai, você fudeo ou não fudeu aquela garota? - me pergunta sério e engulo seco, não sabendo onde quer chegar.

- porque ? - pergunto tentando manter a pose mesmo sabendo que não conseguiria.

- olha Nikolai, desde do início pedi para não fazer isso e se envolver, você anda mentindo que não tá a vendo e como um bom amigo fingo acredita, mais a questão é que estamos muito em território italiano e mesmo com o acordo não podemos estar - tento assimilar o que ele tá tentando dizer e fico confuso.

- não tô entendendo - falo e ele me encara.

- vou tentar ser o mais claro possível - fala me olhando - você tá apaixonado por essa garota ? - ele pergunta e fico quieto.

Não tô apaixonado, gosto de transar com ela só, e a companhia dela não é tão desagradável mais apaixonado é forte demais.

- não - digo sério.

- ótimo então se vista e arrume suas coisas - fala estressado - Ettore te solicitou uma reunião - fala e só vem na minha cabeça Nina. - sabe o que isso quer dizer né - balanço a cabeça - se sua mãe souber que você ferrou o tratado por uma buceta.

Quando ele fala isso por impulso pego seu colarinho, ele me olha assustado e logo a seguir o solto.

Ele me encara balançando a cabeça negativa mais uma vez e fala olhando em meus olhos.

- e ainda diz que não tá apaixonado pela garota - anda em direção da porta - depois não venha dizendo que não te avisei - fala e a fecha.

Minha cabeça fica uma confusão extrema, eu não sei como reagir e nem o que fazer a única coisa que passa na minha cabeça é, merda o que vou fazer agora!

Duas horas se passaram e eu estou na porta da empresa Vacchiano, tento não mostrar medo ou estar intimidado, mais várias coisas passam na minha cabeça, a primeira é o fato de ele ter descobrido e querer meter uma bala em mim.

- boa tarde - digo a secretária - tenho uma reunião com Ettore Vacchiano - digo formalmente.

- pode subir no elevador e aperte o décimo andar, já avisei a secretária dele que você chegou.

- obrigado - digo e subo, várias coisas passam em minha cabeça, exclusive o que Nina sabe sobre isso.

Chego e sou recepcionado por uma senhora que me leva até a porta, ela a abre e começa a falar.

- Nikolai Pavlova, senhor - e ele balança a cabeça confirmando, ele me mostra a cadeira em frente da dele e o observo ir em direção da sua.

Me sento e arrumo as mangas do meu blazer enquanto ele se acomoda.

Ele para e me encara e eu o cumprimento.

- Vacchiano - digo em tom sério.

- Pavlova - diz no mesmo tom - aceita algo para beber ? - pergunta apontando o café sobre a mesa e o whisky ao lado - infelizmente tenho só essas opções no momento - fala e nego em meu inglês nem fazendo questão de sair perfeito  deixando ele mais carregado  ainda do meu sotaque Russo.

- Não! estou mais interessado em saber o que quer comigo - digo sério o encarando enquanto dessa vez ele ajeita as abotoaduras de seu terno.

- vou ser direto, quero que suas vindas a Itália acabe - diz sério vendo a mesma seriedade em meu olhar.

- então quer me expulsar de seu território? -  sorrio ironicamente - achei que tínhamos um acordo...

- tínhamos até você começar a rodear nossa irmã - me corta e fico sério - já te perguntei e torno a fazer novamente, o que quer com ela ?

- eu venho apenas aqui pelo turismo - minto ainda o desdenhando - E sobre sua irmã, que mal tem admirar uma bela moça - falo e o vejo travo o maxilar.

- você sabe que pode tentar fazer o mesmo que de fez com a garota do México que mesmo assim não a desclassificara para um casamento - fala e fecho minha expressão ele nem sabe o que aconteceu.

- diga apenas sobre aquilo que saiba-  falo enraivecido, lembrando daquela oportunista que nem virgem era e quis se fazer encima de mim, por ter saído com ela- não pegue informações terceiras e as espalhe - me levanto já estou cheio desse assunto, só não a desminto porque é uma excelente atriz - a sempre dois lados da história, e eu não tenho tempo para falar sobre história mentirosas e desnecessárias, tenho uma máfia para comandar, assim como você - falo e levanto o encarando.

- você está me fazendo perde o precioso tempo para dizer que não o quero perto de Nina novamente - fala em irá.

- quem tem que decidi isso é ela e não você - solto sem querer, porra não quero ficar longe dela, apesar de ter sido a merda do meu plano.

Tento falar ironicamente e na raiva  ele saca sua arma  em minha direção.

Assusto com sua reação e por impulso saco a minha fazendO o mesmo, e estamos aqui um apontando a pistola para o outro no seu escritório em forma de ameaça, ambos enraivecido sem medo nenhum de puxar o gatilho.

- acho que esse tratado já passou a hora de ser desfeito - fala e merda porque estou me sentindo mal.

- estava pensando exatamente nisso agora- falo em tom ameaçador.

- É melhor você sair antes que eu faça besteira - fala.

- mais você ja fez - digo - nos deixando livre para iniciar uma guerra.

- se acha que tenho medo de você muleque está muito enganado - grita comigo.

- pois deveria ter - digo sorrindo e destravando minha arma a colocando no terno novamente.

- saia agora.- fala fazendo o mesmo - espero nunca mais ter que o ver aqui.

- eu já acho que me encontrará o mais breve do que imagina - digo sorrindo e indo em direção da porta, quando ele descobrir sobre eu e Nina ele ficará louco, e isso é a única coisa que me faz sentir bem no momento.

Desço frustado, porra eu não queria isso não agora, caralho nem eu sei o que quero, estou confuso.

Passo as mãos pelos cabelos de forma nervosa e entro no carro.

Ygor está no volante com uma cara de quem eu disse e infelizmente ele me falou mesmo.

- vamos para o aeroporto ? - pergunta baixo, como se soubesse que me ferrei no meu plano.

- não vamos a noite - suspiro - tenho que fazer uma coisa antes - olho para ele e ele assenti sabendo que tenho que terminar isso.

O DESEJO DO MAFIOSO - Livro 2 "IRMÃOS VACCHIANO" Onde histórias criam vida. Descubra agora