SAÍDA

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NINA VACCHIANO

Me olho no espelho e ajeito minha camisola, abro a porta lentamente e vejo se tem alguém alí.

Agradeço mentalmente pela segurança hoje estar mais tranquila, devido meu irmão esta em aproveitando o início de seu casamento.

Desço silenciosamente descalça para evitar possíveis barulhos que possam me entregar.

Sigo o caminho até para fora, passo tranquilamente pela porta principal e vou em direção dos arbustos.

- eu não acredito que estou fazendo isso - sussurro para mim.

Entro entre eles e sinto alguns galhos enroscando os fios de cabelo e arranhando minha pele, dou passos mais lentos até a entrada tentando não fazer barulho, pela folhagem solta no chão, observo dois guardas no portão parados, fazendo a segurança da entrada.

- merda ! - sussurro tenho que ver um jeito de passar por ali, olho o tamanho do muro, vai ser uma queda grande se eu não conseguir - os muros são muito alto, e agora...

Paro de falar ao ver uns ramos de árvore que segue o muro, esses se não me enganam vão para fora da mansão, meu sorriso se alarga como de uma menina travessa e respiro fundo tomando coragem para o que vem a seguir.

Olho vendo um meio de não me dar.mal ao tentar escalar, minha atenção volta para os guardas que acabei esquecendo a existência por uns minutos.

Merda!

Mais eles vão me ver!

Procuro algo e avisto uma pedra, não é muito grande, pequena na verdade, mais da para fazer um barulho suficiente para distrair, a pego rapidamente e vejo um bom local para arremessar.

Miro no outro lado onde fica a entrada  que deixam os carros, ali seria um bom lugar para se esconder, então eles iriam lá ver se tem alguém, e eu teria oportunidade de ir.

Me posiciono e taco com toda a força que tenho, sorrio contente pela distância, mais meu sorriso diminui depois de eu ver que caiu infelizmente logo encima do carro favorito de Luca.

- porra - falo tampando a boca e escuto seu alarme acionado.

Fico apreensiva mais volto a sorrir quando me vem a cena amanhã da cara dele vendo seu bebê arranhado.

Meu sorriso diminui  novamente ao lembrar que os guardas já foram ver o que é e eu tenho que ir rápido.

Corro e agarro o arbustos e começo a escalar

- Senhor não acredito que estou fazendo isso! - falo baixo enquanto subo - sei que sou uma mafiosa e venho me tornando pecadora, mas me poupe de uma queda humilhante - digo suspirando chegando ao topo.

Se meus irmão me vissem fazendo isso me matariam.

Na verdade eu seria duplamente morta, nem sei se tem como, mais eles fariam ser possível ao ver ainda quem eu estou indo ver.

Já encima me mantenho firme e olho para baixo, porra é alto, alto pra caramba, muito alto mesmo.

Respiro fundo e agarro novamente os galhos com as mãos trêmulas, vou descendo devagar, quando finalmente estou no chão escuto barulho aproximando,

- deve ter caído de uma fruta da árvore, coisa assim - diz o primeiro guarda a voltar.

- mais era um pedra! Desde quando árvores dão pedras - ele fala bravo e dou um leve risada.

- era árvore do que ? - o primeiro volta a pergunta

- acho que de pinheiro...

- ótimo, então caiu uma pinha - diz e o outro o olha emburrado - uma pinha parecida com uma pedra, problema resolvido, volta para o seu posto.

O DESEJO DO MAFIOSO - Livro 2 "IRMÃOS VACCHIANO" Onde histórias criam vida. Descubra agora