Capítulo 20

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A cada minuto que estou tão próximo de Manuela como estou agora em meu quarto, preciso controlar meus instintos

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A cada minuto que estou tão próximo de Manuela como estou agora em meu quarto, preciso controlar meus instintos. As ideias em minha cabeça fluem como um rio de fortes correntezas, me fazendo pecar por pensar em muitas baixarias que poderia fazer com ela.

O pior disso tudo é que, em cada beijo que damos, Manuela se solta mais, fica mais ansiosa pelo que faremos em seguida e revela ainda mais seus desejos por mim. O que sinto ser uma grande evolução no nosso relacionamento a dois. Suas mãos que antes paravam apenas sobre minha nuca, agora vagueiam minhas costas e me apertam os braços.

Braços esses que ela mesma confessou que gosta, por serem fortes. O que me deixa ainda mais vaidoso para ela. Quero ser o homem que vai despertar a libido adormecida nessa menina inocente, mas que me maltrata com seus gemidos baixos e sôfregos, toda vez que estamos assim, tão pertinho um do outro.

- Eu quero você, amor! - Digo, me perdendo em nosso momento.

- Você já me tem. - Reponde confusa.

Manuela não entende qualquer linha de raciocínio que não seja a real e direta. Não há malícia em suas palavras e atitudes, e me complica muito. Para que saiba que estou doido para me enterrar nela, e fazê-la minha mulher na prática da palavra, precisarei ser muito claro ou bem mais direto em minhas ações. No entanto, olho para seu jeito inocente e me sinto um covarde por pensar tanta merda de uma menina tão ingênua e pura como ela. Que porra de paradoxo filho da puta é esse?!

- Heitor?

- Oi amor! - Respondo ao despertar dos meus devaneios.

- Está tudo bem? Eu te chamei algumas vezes e você não falou nada. Ainda está com sono?

- Eu apenas estava pensando que nosso beijo está cada vez mais gostoso. - Minha menina desvia o olhar, revelando que minhas palavras a constrangeram. - Eu te deixei com vergonha?

- Um pouco! - Responde firmando seus olhos nos meus. - Mas, eu gosto de ouvi-lo falar assim comigo.

- Gosta de me ouvir? - Ela assente. - Bom saber. - Dou uma leve mordida no lóbulo de sua orelha e ela se encolhe. - Acho que vai ser muito difícil dormir um mês com você ao meu lado sem poder fazer algumas coisas de que gosto.

- Que coisas? - Pergunta seriamente.

Sei que para meninas autistas o desejo é o mesmo que para uma menina comum. Com Manuela não será diferente, no entanto, eu não sei até onde ela entende seu próprio corpo e as sensações que nele surgem. Nós já falamos sobre sexo uma vez, já deixei que ela sentisse como eu fico quando nos beijamos e ouço alguns gemidos que me fazem delirar e me levam a me aliviar assim que ela pega no sono.

Não tenho muita noção de como era o nosso namoro antes de eu perder parte da minha memória. Não há qualquer recordação em minha mente de que nós dois já havíamos tocado um ao outro alguma vez. Eu creio que não, pois ela ainda fica bastante envergonhada comigo. Inclusive estar sentada em minhas pernas está deixando minha menina assim.

HEITOR FONTINELLY-TRILOGIA IRMANDADE III (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora