Capítulo 4

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- Tem certeza de que quer fazer isso? - Minha mãe, que foi a que mais me incentivou a vir numa consulta à psicóloga, agora faz tal pergunta

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- Tem certeza de que quer fazer isso? - Minha mãe, que foi a que mais me incentivou a vir numa consulta à psicóloga, agora faz tal pergunta.

- Mãe, foi a senhora quem disse que seria bom eu fazer isso.

- Verdade filho! - Diz estranhamente.

Entramos na clínica onde a mulher faz seus atendimentos e na recepção vejo quem eu nem imaginava ver. Manuela está sentada, certamente esperando para ser consultada com uma revista de meteorologia em mãos. Ela realmente é uma menina muito diferenciada. Ainda que nos aproximamos vagarosamente, a loira ainda fica vidrada no que lê no papel.

- Manu, querida! Não sabia que tinha consulta hoje. - Minha mãe diz e só então a loirinha olha em nossa direção. Seus olhos vêm para mim e seu rosto logo toma um tom mais avermelhado.

- Tia Emilly! - A menina se levanta e vem até minha mãe e a abraça ternamente. Uma sensação desconhecida invade meu peito e penso que talvez já tenha visto isso antes. - Oi Heitor! - Fala me despertando.

- Oi Manuela! - Respondo, mas recordo daquele garoto de ontem e fecho logo o cenho. Eles dois juntos me irrita demais.

- Está linda, minha querida! Ela não está bonita, filho? - Minha mãe me pergunta e então decido olhá-la de cima a baixo. A menina usa um vestido na altura dos joelhos, com um laço amarrada na lateral do seu corpo, logo a abaixo de seus seios que parecem ser pequenos, mas que estão me dando água na boca só por imaginar como não ficariam em minhas mãos. Deve ser pecado imaginar essa menina do jeito que imagino. É melhor eu segurar minha onda, antes que eu fique com o meu pau duro aqui no consultório. - Heitor?

- Sim, mamma. Manuela está bonita sim. - Provavelmente se vestiu assim para encontrar com aquele moleque e essa ideia me incomoda.

- Certo! - Concorda, voltando seu olhar para a menina cujo rosto está um pouco rosado. - Você veio sozinha, meu amor?

- O meu irmão me deixou aqui na frente. Disse que ao final da consulta, vai vir me buscar. - Responde e percebo que ela evita o meu olhar. - A senhora vai se consultar também?

- Não, meu amor! A consulta será para Heitor. Devido a tudo que aconteceu achamos que seria bom um acompanhamento de uma psicóloga. Você não acha? - Minha mãe fala de mim, na minha presença, como se eu fosse uma criança. Acho que nem com Vittoria que é a mais mimada de todos nós que somos filhos dela é assim.

- Uma psicóloga pode ajudar muito. - Manuela olha para mim rapidamente, mas logo desvia o olhar.

- Olá senhora Fontinelly! - Uma mulher morena, sai do consultório e vem em direção a minha mãe, cumprimentando-a. - Como a senhora está?

- Estou bem, dr Mônica. Vim trazer meu filho para a primeira consulta e acabei encontrando nossa princesa aqui. Esse é o Heitor, meu filho de quem te falei. - Minha mãe diz em voz consternada e a mulher olha entre ela e Manuela que evita minha direção. Estou achando que essa menina não gosta muito de mim. E não é apenas por minha grosseria no hospital, creio que haja alguma coisa que ela sabe e que todos sabem e não querem me dizer.

HEITOR FONTINELLY-TRILOGIA IRMANDADE III (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora