Capítulo 23

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Voltar para casa depois de tantos dias longe do meu irmão me deixou muito saudosa dele

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Voltar para casa depois de tantos dias longe do meu irmão me deixou muito saudosa dele. Eu jamais fiquei tanto tempo distante de Miguel, como fiquei nesses últimas dias. Assim que o vi, quando Heitor me trouxe para casa, eu só queria abraçá-lo forte e foi exatamente isso que eu fiz, por um longo tempo. Eu o amo demais!

Quando Heitor contou-lhe que havia me pedido em casamento, ansiei que meu irmão não nos permitisse casar. Mas, ao ouvir o pedido do meu namorado, notei que os olhos de meu irmão vieram diretamente para mim e sei que leu minha reação como sempre faz. Ele viu que eu estava muito feliz. E realmente estou.

Tudo suavizou mais quando dissemos que moraríamos próximos, onde apenas um corredor nos separará. Um sorriso largo surgiu em seu rosto bonito e então percebi que meu irmão compartilhava da minha felicidade, assim como minha cunhada e amiga Vittoria, que me abraçou fortemente, revelando o quanto estava feliz por nós dois. Isso me deixa mais completa.

- Oi, princesa. Com licença. - Vittoria aparece na entrada do meu quarto, com meu sobrinho em seu colo. - Viemos ver se precisa de alguma coisa.

- Pode entrar. - Digo, fitando meu sobrinho que está a cada dia mais lindo e parecido com meu irmão. - Posso pegá-lo?

- Sempre que quiser, meu amor. Tome essa bolinha aqui. - Minha cunhada me entrega Mateo que sorri em meu colo. Ele realmente está mais gordinho.

- Tita! - Ele diz sorridente, chamando minha atenção.

- Ele está me chamando? - Pergunto exasperada, pois ainda não o havia ouvido falando.

- Desde quando você foi para a Itália. Após sua primeira chamada de vídeo de lá, ele não para de chamar a Tita dele. - Uma sensação estranha invade meu peito ao saber disso. Meu sobrinho é muito lindo e bastante grande. Seus olhinhos idênticos ao do meu irmão, chama a nossa atenção. - Está tudo bem, Manu? - Minha cunhada pergunta, enquanto eu divagava.

- Acha que eu poderei ter um filho algum dia? - Pergunto com meus olhos presos em meu sobrinho que está com sua mãozinha pequena em meu rosto.

- É claro que poderá ter um filho um dia, meu bem! Por que acha que não?

- Eu não sei. - Dou de ombros. Abraço meu sobrinho que corresponde. Seu abraço não me causa desconforto nenhum.

- Manu, você quer conversar sobre alguma coisa? Eu estou aqui para te ouvir, se quiser. - Minha cunhada diz atenciosa.

Ela e a tia Emilly são muito parecidas. Inclusive, na simpatia e empatia para comigo. Desde que me viu pela primeira vez, Vittoria sempre foi bastante amorosa e atenciosa comigo. Nunca, em hipótese nenhuma, me tratou com indiferença e, quando revelei que havia me apaixonado por seu irmão, me motivou a viver o meu amor por ele.

Ela cuida do Miguel com o mesmo amor de sempre. Se esforça para ser uma boa esposa, boa mãe e ela realmente é. Será que um dia eu serei vista como a vejo? Como uma mulher forte, que trabalha e cuida da sua família? Talvez, o fato de eu ser autista, faça com que as pessoas me vejam como uma pobre coitada e limitada em minhas ações. Não são todas as pessoas, não a nossa família e meus amigos, mas ainda existem aquelas que não sabem lidar com o autismo.

HEITOR FONTINELLY-TRILOGIA IRMANDADE III (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora