Esse é o último livro da trilogia e contará a história do herdeiro de sangue do Don Vittorio Fontinelly que terá sua vida totalmente bagunçada após acordar meses de um coma. Estado esse que se deu ao ser atingido na cabeça por um tiro que teve por c...
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Mais um semestre do meu curso de enfermagem está terminando e graças a Deus eu estou fechando mais um ciclo com Louvor. Minhas notas foram as máximas do curso, meus trabalhos, inclusive o que tive de apresentar, foram considerados um dos melhores e em meu estágio obrigatório vou indo muito bem.
Pensei que teria mais dificuldade como no último período que estudei onde eu mal consegui focar nas matérias que tinha de estudar, apesar de também ter me saído muito bem. A preocupação com o estado de Heitor me tirava completamente o foco. No entanto, quando ele acordou já no início desse semestre, foi um grande alívio.
Principalmente agora em que oficializamos nosso relacionamento num jantar que ele propôs para toda nossa família. Mais família dele que a minha já que sou apenas eu e meu irmão. No entanto, pude contar com a presença dos meus melhores amigos e com a doutora Mônica.
Outra coisa que pude perceber também foi meu irmão um pouco incomodado com o que está acontecendo comigo e com o Heitor. É ciúmes. Conheço bem esse sentimento e sinceramente não gosto muito dele, pois, quando chega a um nível bem alto, pode gerar problemas. Não quero que meu irmão e Heitor briguem por não conseguirem conciliar o amor que sentem por mim. Isso me deixaria muito mal.
Acaso poderia eu deixar meu irmão para viver meu relacionamento com Heitor ou deixar Heitor para não ver meu príncipe triste? Minha cabeça e coração doem só por pensar nessas duas possibilidades.
- Senhorita Manuela Villa. - A médica, que cuida da minha saúde há anos, me chama no consultório.
Uma vez por ano meu irmão insiste para que eu faça os exames básicos para verificar se está tudo bem com minha saúde. Isso é desde quando minha mãe ainda era viva e me levava. Com o passar dos anos, após a partida dela, meu irmão ficou encarregando de fazer isso. Principalmente, por eu sentir muitas dores de cabeça.
Hoje é a minha cunhada que me acompanhou até aqui. Eu gosto muito de conversar com ela, pois parece que me entende bastante e, assim como a tia Emilly, é sincera comigo e fala de uma forma que eu entenda. E eu preciso mesmo conversar sobre algumas coisas.
- Manu, é você meu bem. - Minha Vittoria me desperta em mais uma de minhas divagações.
- Claro! Você vai entrar comigo?
- Você quer que eu entre? - Ela me pergunta e penso bem. Eu queria conversar com um profissional de saúde sobre algumas coisas, mas não queria fazer isso próximo a pessoas da minha família. Não que não tenha confiança neles, mas eu queria conversar com uma pessoa que não vá se limitar a dizer a verdade para mim, pelo fato de me amarem e eu ser autista. - Manu?
- Eu vou entrar sozinha então.
- Claro, meu bem! - Declaro e ela apenas sorri.
- Vou estar no andar de cima com o Matteo. Aproveitei para trazê-lo ao pediatra também. - Diz, deixando um beijo em minha bochecha. - Até logo, meu bem! E não se contenha em nada, tudo bem? Fale sobre tudo que está incomodando sua cabecinha.
