Esse é o último livro da trilogia e contará a história do herdeiro de sangue do Don Vittorio Fontinelly que terá sua vida totalmente bagunçada após acordar meses de um coma. Estado esse que se deu ao ser atingido na cabeça por um tiro que teve por c...
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A cidade de Atenas é ainda mais maravilhosa do que havia imaginado em minha mente. Depois de ter ficado fissurada em sua história, por dias que passei em meu celular vendo vídeos que me faziam perder até o horário de comer, estar pisando aqui me causa uma ansiedade e emoção sem igual.
Saímos bem cedo de casa para podermos chegar aqui e aproveitar o máximo dessa cidade histórica e muito inspiradora. Heitor deixou avisado que não preciso ter pressa para conhecer nada, posto que se formos sair tarde daqui, poderemos nos hospedar em alguns hotéis que têm pelas redondezas. Tudo isso para me proporcionar a realização do meu sonho.
- Você sabia que Atena era a deusa da justiça e da guerra? - Pergunto ao meu marido que está parado ao meu lado, observando as ruínas do Parthenon, que fora feito em homenagem a essa deusa.
- Sabia sim! - Diz, deixando um beijo em meu ombro. - Ela também é a deusa da sabedoria. Segundo a mitologia, ela nasceu da cabeça de Zeus. - Meu marido fala e eu o observo apaixonada. Além de lindo e gostoso, é um homem muito inteligente. - O que foi, Sole mio?
- Só estou admirando você. É muito inteligente, marido! - Falo em ironia e ele sorri.
- Não mais do que você! Amo vê-la assim, tão envolvida com algo que realmente gosta. - Devolvo um sorriso para ele.
- Eu sempre gostei de ler sobre mitologia. Me sentia ocupada e completa ao adquirir mais conhecimento. Parecia que eu entrava num mundo totalmente oposto ao meu, onde me sentia... normal! - Sorrio fracamente. - Mas, não era sempre que podia fazer isso, apenas quando meu irmão não estava trabalhando e me emprestava o celular. Até que, quando eu fiz dezesseis anos, você me deu meu próprio aparelho.
- Eu fiz isso? - Assinto, vendo meu marido suspirar, desviando brevemente os olhos de mim. - Como eu queria me lembrar dessas coisas, Manu. Lembrar de nós dois.
- Nem tudo foi bom, Heitor. Talvez seja melhor deixar assim.
- Mas aí você leva esse fardo das lembranças sozinha, não acho justo! - Declara, virando-se para mim. - Sei que devo ter feito muitas besteiras. Pelo pouco que lembro de mim mesmo, sei que não era um homem muito fácil de lidar. Mas, se fiz coisas ruins com você, se eu machuquei você, queria ter esse conhecimento para poder me desculpar da forma correta. - É nítido a sua angústia enquanto fala. Não acho que isso seja muito bom para ele.
- Você nunca me machucou, Heitor. Apenas, chegou a conclusão que não poderia assumir uma pessoa como eu. - Revelo e suas sobrancelhas franzem.
- Eu cheguei a falar isso com você? - Assinto e ele torce o lábio. - Merda! - Xinga irritado.
- Amor, isso é Irrelevante agora. Olhe para nós dois, estamos juntos, casados e nos amando mais que tudo. Felizes um com o outro e isso é o mais importante. - Declaro, levando minha mão ao seu rosto, onde uma veia salta em sua fonte. - Estamos bem, meu amor.
