Agindo Como Amigos

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As coisas estão ficando meio complicadas para o Bakugou, alguém está fofocando.
Vamos ver um pouco melhor também sobre o date que Denki teve com o Shinsou.

Boa leitura

*****

Pov. Denki


(Flashback)
Quando saí como Shin foi tudo muito agradavel, ele se interessava pela minha conversa, em nenhum momento tentou invadir meu espaço a não ser que eu me sentisse bem o suficiente para isso. Também não falamos sobre instrumentos ou sobre a banda, apenas sobre nossas vidas. A conversa estava tão boa que nem viamos o tempo passar, no final do encontro ele me levou em casa mas não teve beijinho, estavamos na rua, e na rua tem gente, por tanto tem publico.


Antes que eu entrasse em casa ele pegou na minha mão, fez um carinho com polegar, me deu tchau me chamando novamente de anjinho e disse que nos veriamos no dia seguinte, eu só suspirei e entrei em casa.
(Flashback off)


Denki: então foi praticamente isso que aconteceu.
Sero: ta então o proximo encontro vai ser com a Jirou?
Denki: sim, estou curioso para saber onde ela vai me levar.
Sero: mas e seus sentimentos Denki? tem alguma ideia de quem você possa gostar mais?
Denki: eu não sei, só comecei agora a sair com eles então não tem muito como eu saber.
Sero: eu sei mas se caso isso começar a dar errado você me fala, eu venho direto te ajudar.
Denki: eu queria que a gente tivesse dado certo, seria bem menos complicado.
Sero: eu também Denki, mas nem sempre é como queremos, a gente ta mais para irmãos do que para namorados.
Denki: eu concordo, ainda bem que não perdemos a nossa amizade na tentativa, e eu não me arrependo de nada durante aquele tempo.
Sero: é, foi bom enquanto durou, e estou feliz pela amizade ter durado mais ainda.


Eu e Sero temos uma conexão diferente, o carinho, o cuidado, a compreensão, muitas vezes eu já tive problemas, estava mal ou precisava somente de um abraço, mesmo disfarçando ele sabia por pequenos detalhes o que passaria despercebido normalmente, que eu não estava bem. Eu sou muito sortudo por ter alguem como ele de amigo, de irmão.


Espero que nossa proximidade não atrapalhe futuramente em meu namoro, não quero ter que dispensar o Sero para ficar com alguem que eu ame, eu também o amo mas é de uma forma diferente, e eu sei que sou uma pessoa complicada e muitas vezes as pessoas se cansam facilmente, mas isso nunca aconteceu com ele.



Pov. Eijiro


Queria muito que Bakugou pudesse ficar mais tempo, mas infelizmente era domingo, amanhã teríamos aula e ele não havia trazido o uniforme que é obrigatório. Ainda com muitos beijinhos e abraços ele saiu da minha casa, fiquei triste com isso mas não posso impedir, sei bem disso.


Voltei para meu quarto e voltei meus pensamentos para o que fizemos mais cedo, eu estava bem nervoso, mas consegui dissipar isso com a ajuda do Bakugou, espero que eu tenha conseguido fazer a mesma coisa com ele. No final das contas não era necessário eu fazer a chuca, ter comprado camisinha e lubrificante, mas melhor estar preparado.


O dia seguinte chegou e fiz tudo como sempre, arrumei meu cabelo, comi algo rapido, peguei meu lanche e fui para escola, Encontrei Bakugou na esquina onde normalmente nos separamos e viemos juntos o restante do caminho, eu estava bem e feliz, mas quando eu tentei pegar a mão dele ele tirou e corou nas bochechas. O que está acontecendo?


Eijiro: ei Bakugou, você ta bem?
Bakugou: estou sim, não é nada. - ele não me olhava será que...?
Eijiro: você não se arrependeu de ontem não é?
Bakugou: não é isso, eu só estou sendo cauteloso, ontem eu cheguei em casa e uma amiga da minha mãe começou a falar de mim.
Eijiro: que tipo de coisa?
Bakugou: o filho dela também estuda na U.A. deve ter visto a gente muito junto ou de mão dada, deve ter contando pra ela, e isso talvez pode chegar na minha mãe.
Eijiro: hum.. isso é complicado, vamos então evitar de muita proximadade, mas podemos agir como amigos.
Bakugou: eu acho melhor por agora.



Pov. Bakugou


Eu não estava pronto para contar para minha mãe, pior ainda seria se ela ficasse sabendo pelos outros, então por ora tenho que ter uma certa cautela sobre minha proximidade com o Kirishima, não ficar segurando a mão, não ficar o tempo todo ao lado dele, agir agora apenas como amigos, eu consigo fazer isso.


Entramos na escola, andamos normalmente um ao lado do outro como qualquer outro amigo, eu olhava para os lados disfarçadamente para procurar quem estava observando e talvez achar o bastardo que estivesse falando sobre mim. Não consegui saber, era tanta gente indo pra lá e pra cá que fica dificil adivinhar assim.


Entramos na sala de aula e fui diretamente para o meu lugar sem ficar conversando muito com o Kirishima, meus amigos acharam até estranho e pelo visto os amigos dele também.


Midoriya: ué Kacchan, você e o Kiri brigaram?
Bakugou: não. - falei suspirando meio cansado.
Todoroki: o que foi então? normalmente você fica até o sinal conversando com ele.
Bakugou: Alguem contou de mim pra propria mãe, que contou pra minha mãe coisas sobre mim, eu não quero ela sabendo disso pelos outros, mas também não to pronto para contar pra ela.
Jirou: poxa, isso é bem complicado.
Bakugou: nos vamos agir como amigos normal e não fica tão proximo o tempo todo, para quem quer que seja, parar de ficar fofocando sobre a minha vida.
Jirou: se eu achar esse cara ele ta ferrado.
Midoriya: Jirou, eu acho melhor esperar a poeira baixar um pouco, depois a gente vê se consegue saber quem é.


A aula começou e mesmo estando ao lado do Kirishima como amigo, eu sinto falta de um toque, mesmo um carinho na minha mão, uma mão passando pelos meus cabelos, um sorriso terno, podendo interagir com ele sem medo, mas agora eu estou com medo.


No final das aulas eu não estava me sentindo bem, mais nervoso, mais irritável, e ansioso. Eu não quero ficar assim, fui para casa e como é comum Kirishima foi junto comigo, ele percebeu meu estado, chegando a esquina onde nos separamos eu parei, não queria me separar, não quero ir para casa agora.


Eijiro: Bakugou, você ta bem?
Bakugou: ... - apenas neguei com a cabeça.
Eijiro: vem cá. - ele me puxa para perto dele e me abraçou, um abraço tão gostoso.


Eu me acalmei tanto naquele abraço, me encaixei bem no abraço minha cabeça bem encaixado no ombro dele, tão gostoso, um pequeno sorriso surgiu no meu rosto, e suspirei satisfeito, parece que minhas baterias estavam totalmente recarregadas.


Eijiro: está melhor?
Bakugou: estou sim. - um abraço era tudo o que eu precisava.
Eijiro: quer ir lá pra casa?
Bakugou: queria, mas preciso ir pra minha casa.
Eijiro: tudo bem, eu te mando mensagem depois pra ver se você ta bem, ok?
Bakugou: ta bom.


Segui o meu caminho e abrindo a porta de casa avisei que eu havia chegado, tirei meus sapatos, larguei minha mochila no chão e me joguei no sofá, ouvi os passos da minha mãe vindo da cozinha até a sala, apenas esperei ela chegar e se sentar também.


Mitsuki: Bakugou, tem alguma coisa acontecendo com você?
Bakugou: não, nada. - oh merda, o que é dessa conversa e essa voz mansa dela?
Mitsuki: eu não quero me intrometer na sua vida mas ainda sou sua mãe, me preocupo com você.
Bakugou: eu to bem mãe, tem nada demais acontecendo.
Mitsuki: está bem, mas não precisa esconder as coisas de mim, pode conversar comigo sobre qualquer coisa ta?
Bakugou: eu sei. - na verdade não, eu não sei.


Essa conversa foi muito estranha, ela chegando calmamente, sentar comigo e falar com uma voz tão doce e calma, tinha alguma coisa aí acontecendo, será que ela sabe? ou será que ela só suspeita? eu fiquei muito assustado de ver a minha própria mãe desse jeito, era algo tão raro e dificil de se ver, acho que a unica vez que lembro dela calma daquele jeito foi quando ralei meu joelho e por algum milagre ela não tinha viajado. Ela cuidou do meu machucado e me fez cafuné para eu parar de chorar.

*****

Será que Mitsuki sabe?
Será que Bakugou vai contar para ela?
Quanto tempo Bakugou vai precisar disfarçar?

Espero que tenham gostado

Os Irmãos KirishimaOnde histórias criam vida. Descubra agora