Começa com Denki e Shinsou mas o foco mesmo é no Eijiro.
Ele finalmente vai ter sua primeira consulta hoje.
Boa leitura*****
Pov. Denki
Eu estava sentindo falta do meu melhor amigo, me fazendo companhia, jogando comigo, fazendo piadas e podendo conversar sobre varios assuntos. Perguntei para Shinsou o que eu poderia fazer a respeito, expliquei toda a situação, não sei se ele sentiu ciúme do Sero ainda gostar de mim além de amigo, mas ele disse que o melhor que eu pudesse fazer agora era o dar espaço.
Todos os dias Shinsou me acompanhava até em casa, as vezes ficando um tempo a mais, ele tentava ao maximo me confortar me abraçando enquanto estavamos deitado no sofá ou na minha cama, mas eu ainda continuava me sentindo triste com toda a situação.
Shinsou: Den, você quer que eu tente falar com ele?
Denki: não sei se isso poderia ajudar.
Shinsou: eu sei que você sente falta dele, ele era como um irmão para você né?
Denki: sim e eu sinto como se ele tivesse ido embora.
Shinsou: eu entendo que por agora é melhor dar um espaço mas posso perguntar se ele está bem com isso.
Denki: eu nem sei se ele sente a minha falta também, mas pelo o que parece o Tokoyami está cuidando bem dele.
Olhei para Shinsou, porque mesmo eu estando triste com uma situação eu não havia me arrependido de começar a namorar com ele. Eu e Shinsou demos pequenos avanços na relação, ele passeava agora com as mãos um pouco mais pelas minhas costas, brincava mais com meu cabelo, eu não tinha mais medo dos toques dele, estando confortável com ele.
Eu estava deitado por cima dele e depois da conversa demos um gostoso beijo eu estava me apoiando nos joelhos por cima dele, as mãos dele passeavam um pouco pelas minhas costas por baixo da camiseta, o que já deixei claro ser tranquilo para mim, apenas soltei um gemido um pouco assustado quando ele apertou minha bunda com força.
Shinsou: um pouco demais?
Denki:... - apenas pisquei algumas vezes para voltar a situação porque nem eu mesmo estava me entendendo. - não, pode continuar.
Shinsou: mesmo? sério?
Denki: sim.
Voltei a beija-lo calorosamente, naquele dia não passou disso, apenas beijos quentes, abraços e as mãos um pouco mais bobas. Nada que não fosse normal dentro de um namoro com hormonios explodindo por baixo da pele.
Pov. Eijiro
Eu havia combinado de conversar com a tia do Bakugou marcar um horário para ver se eu concordaria em fazer a terapia. Era quinta feira, 6 da tarde, o horário combinado, meu notebook estava ligado com aplicativo de conversa por video aberto.
Recebo a chamada dela pelo aplicativo e atendo com um certo receio, mas quando ela aprece vejo um rosto amigavel, nada que eu me intimidasse como achei que seria, ela inicia a conversa tranquilamente.
Miruko: oi, você deve ser o Eijiro Kirishima.
Eijiro: ah oi senhora Miruko.
Miruko: não preciso de formalidades Kirishima, pode me chamar só de Miruko.
Eijiro: ah ok. - eu estava timido.
Miruko: bem o Katsuki me deu uma introdução sobre toda a situação mas eu gostaria de ouvir de você.
Eijiro: eu queria saber antes o que pode melhorar eu falando sobre isso para alguém.
Miruko: bem, entendendo do cérebro humano posso te dar opções como encarar certas situações parecidas com o seu passado, entender as suas reações a certas ações, e quanto mais você fala sobre algo, mais facil fica para superar.
Eijiro: é acho que faz sentindo, é como desabafar com alguém.
Miruko: desabafar e entender tudo com uma especialista para te auxiliar.
Eijiro: é acho que pode funcionar.
Miruko: então me conte a sua história do seu ponto de vista.
Falei sobre várias coisas com ela, como me descobri gay e que contar isso para minha mãe e irmã foi tranquilo até porque minha familia é toda homoafetiva, nessa hora chegou o momento de eu falar sobre o pior ano na escola.
Eijiro: no ultimo ano antes do ensino médio decidi me declarar para um menino da minha sala, o Monoma, a gente era amigo, mas depois de semanas juntando coragem eu o chamei para uma praça mais isolada e ficamos alí conversando e eu me confessei, ele achou que era brincadeira, um desafio ou algo do tipo, mas quando viu que era sério ele me empurrou e me mandou ficar longe dele. - olhei para ela ouvindo tudo com atenção.
Miruko: prossiga.
Eijiro: comecei a perceber cochichos, risadas e olhares indignados em minha direção, espalharam o fato de eu ser gay, mas o pior foi que distorceram fatos como se eu estivesse passando a mão e tentando provocar vários meninos da escola, nisso um pessoal se juntou para me perseguir e me xingar todos os dias. Uma vez eu reagi respondendo alguns dos xingamentos e eles começaram a me bater, eu só consegui cair no chão e me encolher até alguns guardinhas que viram a situação separar a briga.
Miruko: depois disso o que aconteceu?
Eijiro: bem isso foi mais no final do ano, eu tive que ficar uma semana em observação no hospital por contas de algumas costelas quebradas e feridas mais graves, eu podia ter alguma complicação ou sangramento interno. Minha mãe ficou muito preocupada.
Miruko: depois você decidiu mudar de escola?
Eijiro: sim, vim para a mesma escola que minha irmã e conheci o Katsuki e mais um pessoal legal, sem preconceito.
Contei tudo que aconteceu a partir daí, até o Masashi assediando minha irmã, a detenção com o Bakugou, nossa aproximação, os treinos, o dia na praia que ele esqueceu o beijo, mas se desculpou dizendo que lembrava, os bilhetes que achei e todos os nossos plot twits, não me esquecendo do confronto no estacionamento e aquele dia na saída da escola também que lutei contra dois.
Miruko: me parece que os treinos vem surtindo efeito na sua autoestima.
Eijiro: ah sim, me sinto bem mais satisfeito com meu corpo agora.
Miruko: não somente isso Kirishima, você enfrentou duas pessoas ao mesmo tempo para salvar pessoas queridas, isso é um ato de coragem muito bonito, além disso estava em desvantagem, isso mostra o tanto que você já mudou e quanto autoconfiante você se tornou.
Eijiro: você acha?
Miruko: sim, pelo visto as lutas foram sempre em desvantagem para o lado de vocês em quantidade de gente, mas e se vocês e seus amigos se juntarem um dia? será que eles teriam chances?
Eijiro: não, mas quem mais seria util nisso acho que seria o Sero, Tokoyami, Jirou e talvez o Shinsou, o restante não tem cara de que não sabe brigar.
Miruko: as vezes o mais inocente pode ser o mais forte e determinando de todos. - Midoriya, será?
Eijiro: não, impossivel.
Miruko: tenho certeza que eles duvidavam de você, e hoje você tem essa confiança e ainda os enfrentou.
Eijiro: bem, isso é verdade, eu acho.
Conversamos mais várias outras coisas e as 7 horas a sessão acabou, fechei meu notebook e me deixei deitar de costas no chão só pensando mesmo, até que essa conversa toda me fez bem, consegui falar mais abertamente sobre alguns assuntos, entender algumas das reações que tive, e que estou tendo, semana que vem terá outra conversa e falarei então dos meus sonhos para ela.
Minha irmã chamou que a janta estava pronta, fui até a sala e me juntei a mesa com minha mãe e minha irmã, Nigi já começou a perguntar porque eu pedi para que ninguem entrasse no meu quarto das 6 as 7.
Eijiro: eu estava em uma consulta com a tia do Bakugou.
Mãe Kirishima: que tipo de consulta?
Eijiro: ela é psicologa, eu queria saber o que ela poderia me ajudar.
Nigi: ai Eiji, que bom, é tão bom poder conversar sobre algo com alguém.
Eijiro: sim ela me ajudou a entender algumas coisas, me sinto até mais leve.
Mãe Kirishima: que bom meu filho, quanto que ela cobra por consulta?
Eijiro: ah eu não sei, eu não perguntei, mas ela também não me cobrou.
Mãe Kirishima: proxima vez você pergunta para eu saber porque não quero que ela fique fazendo o trabalho e não receba por isso.
Eijiro: ta bem mãe.*****
Tratamento psicologo é muito bom para superar alguns traumas do passado.
Superar e lidar com esses traumas.
Espero que tenham gostado
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Os Irmãos Kirishima
Hayran KurguBakugou é platonicamente apaixonado por uma garota, onde ele só conhece a aparência e o sobrenome, Kirishima. Não tendo coragem de se declarar ele opta por apenas observa-la de longe, no ano seguinte ele descobre que Kirishima estudará na mesma sala...