Capítulo 52

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Tento entender à todo custo como aquele documento pode ter minha assinatura embaixo, a minha e a da minha mãe

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Tento entender à todo custo como aquele documento pode ter minha assinatura embaixo, a minha e a da minha mãe. Até que consigo pensar com clareza. Ele forjou aquilo.

— Está dizendo que a vítima foi conivente com o ocorrido e nove anos depois resolveu recorrer à um processo?— O juiz pergunta e vejo todos do júri olharem para mim, me analisando.

— Exatamente, Meritíssimo.— Vladmir responde.

— O único documento que assinei, foi o de óbito. E este, foi apenas por acreditar que ele realmente havia morrido.— Digo, entre dentes, tentando ignorar a agonia que se instala em meu peito.

— Senhorita Melina, por favor, responda somente quando perguntas lhe forem imputadas.— O juiz olha para mim e minha única opção é assentir.

— Meritíssimo, podemos ouvir o réu agora?— Baltazar se levanta e vejo o juiz olhá-lo de baixo.

— Acusação, se tomar minha fala mais uma vez, considerarei o caso anulado.

— Perdão, Meritíssimo.— Ele faz uma pequena reverência e senta-se em seu lugar. No entanto, sua fala parece surtir efeito, porque o juiz prossegue:

— A defesa está convocada a interrogar o réu.

O mesmo homem que antes me trouxe para a cadeira, agora me acompanha de volta ao meu lugar. E é a vez de Silas sentar-se onde todos podem vê-lo.

— Sr. Silas. Aquela mulher é a mãe de sua filha?— Vladmir aponta para mim.

— Sim.— Silas responde, com uma expressão sofredora.

— Aquela mulher entrou com um processo contra o senhor por sequestro internacional de menor. Este acusação é verdadeira?

— Não.

— Então pode nos contar sua versão dos fatos?

— Nosso relacionamento sempre foi muito conturbado.— Ele olha para as próprias mãos.— E quando ela engravidou, eu quis muito ficar ao lado dela.— Ele funga, mas seus olhos não têm uma lágrima sequer. Mentiroso, dissimulado!— Mas ela não quis. Ficou apavorada com a notícia. Ela estava... transtornada. Com medo de contar aos pais, principalmente ao pai. Ela não era de uma família estruturada, entendem?— Ele olha para o júri e minha vontade é de levantar e estapear a cara dele. Sinto a mão de Baltazar em meu braço. Ele tem a expressão tranquila apesar de tudo.— Eu a convenci para que não abortasse. Isso deu certo pelo menos. Ela não abortou, mas ainda assim queria doar a bebê. Tentei convencê-la a entregá-la para mim. Um dia antes do parto eu ainda tentava convencê-la. No entanto, ela não quis. Então, assinou os documentos da doação após o nascimento e eu pude adotar minha própria filha, sem que ela soubesse quem era o adotante. Pensei que já tivesse passado desse tormento, mas hoje estamos aqui, porque ela achou por bem recorrer à um processo descabido.— Ele permanece olhando para o júri, afim de comovê-los.

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