Capítulo 41 ( parte 2)

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Enxugo as lágrimas e saio do quarto

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Enxugo as lágrimas e saio do quarto. Ficar aqui não vai adiantar nada, e além do mais, está na hora de fazer o almoço.

Caminho até a cozinha, passando por todos na sala sem dizer nada. Posso sentir os olhares sobre mim, inclusive o de meu pai.

Ele e minha mãe estão convivendo... quase bem, e ela está tentando com muita calma, perdoá-lo. Sei que não é fácil, mas só de tentar mostra que ela pretende sim fazê-lo. Ele não sai de perto dela e de Isabella. Já brincou com o furacão, fez tudo o que ela quis, ela já questionou mil coisas e está achando o
máximo ter um pai. Posso dizer que está fazendo realmente tal papel, até comigo, pois nunca havia me abraçado, hoje foi a primeira vez, e por mais que eu estivesse abalada com relação à Otávio, fiquei extremamente feliz com o abraço. O clima da casa não estava normal, mas também não estava pesado,só diferente, afinal, agora temos mais uma pessoa e conflitos passados fazem parte desse cenário.

Pego os ingredientes, lavo minhas mãos e começo a fazer a comida. Tento me concentrar só no que está à minha frente pra não me estressar, até sentir alguém passar atrás de mim e abrir o armário. É como se meu corpo reagisse no automático, viro-me para a pessoa, já sabendo de quem se trata. Otávio me encara com a sobrancelha arqueada, encaro-o de volta, levantando o queixo.

Ele não desvia o olhar e bate a porta do armário com força. Se ele quebrar meu armário, vai ver só! Se bem que o armário não é meu...

Estou com raiva e sei que não deveria porque ele já me explicou, mas poderia ter ficado calado depois disso, assim teria evitado a discussão seguinte. Ah, que raiva, eu odeio brigar com ele!

— Eu...— Meu lado racional tenta entrar em cena mas me calo, levantando o queixo novamente, por mais que eu queria resolver as coisas. Meu Deus, estou confusa e isso está me torturando.

— Eu... Hum...— Ele diz. Percebo que seus olhos estão vermelhos, ele estava chorando... Abaixo um pouco minha crista e respiro fundo.— Vamos conversar? Acho que já passamos tempo demais brigando.— Coloca o copo na bancada.

— Eu também acho...— Confesso. Estou fumaçando, mas não consigo ver a cara de choro do indivíduo e não me sentir péssima.

— O que aconteceu há alguns minutos... Não é pra ser assim, Melina. Um magoando o outro...— Ele chega perto de mim e toca meu rosto.

— Eu sei.— Coloco minha mão sobre a sua e começo a chorar novamente. — Eu não queria ter começado essa briga, eu não queria ter chegado a esse ponto. É que... aquelas fotos, Otávio... Eu tentei me acalmar, mas foi tão horrível imaginar aquilo, custei a acreditar e infelizmente acabei acreditando.

— Eu sei... E eu também não queria te magoar, não queria te dizer aquelas coisas, e queria ter te escutado quando tive inúmeras oportunidades, mas fui teimoso, e deu no que deu. Eu não tiro sua razão, fiquei magoado sim, mas e se fosse o contrário?— Ele olha no fundo dos meus olhos.

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