Capítulo 37

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- Não, não vai Otávio, por favor! O meu filho, me dá o meu filho!- Grito à plenos pulmões, prostrada no chão terroso, sem forças para levantar

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- Não, não vai Otávio, por favor! O meu filho, me dá o meu filho!- Grito à plenos pulmões, prostrada no chão terroso, sem forças para levantar. Ele me ignora, dá um sorriso diabólico e segue seu caminho, com meu bebezinho, vivo, saudável, mas tirado de mim mais uma vez. Ao seu lado de repente aparece Aline, sorrindo também.

- Eu nunca te amei. Você era apenas minha distração.Uma vadia, que só serve para ser usada. Acha mesmo que viveríamos um conto de fadas? Coitada... tão ingênua. Obrigado por me satisfazer. Foi bom enquanto durou. - Ele diz, se distanciando ainda mais, dando a mão para Aline, desaparecendo na poeira levantada pelo vento. Reconheço essas palavras, palavras ditas entre um sorriso sarcástico, por quem pensei que me amava. Elas estão se repetindo.

- Mamãe, eu tô aqui. Mamãe! Abre o olho, tá me assustando...- Olho para baixo. Matteo está agarrado à mim. Sua voz ecoa, me fazendo tontear.

Levanto abruptamente, um movimento doloroso, é como se estivessem pisando em meu peito. Tento controlar a respiração. Foi apenas mais um sonho ruim, mais um entre tantos. Uma tortura, acabando com minhas forças.

Desde pequena eu tenho o dom da revelação, muitas das vezes, sonho com coisas que vão acontecer. Mas não acredito que seja isso, não em relação à minha vida. Meus sonhos sobre o passado me atormentam há anos, mas não fazem sentido algum; já pensei sobre isso inúmeras vezes durante todo esse tempo, mas não há congruência alguma e isso me deixa frustrada.

Matteo me olha com os olhos cheios de lágrimas, se aproximando cautelosamente. Assustado, ele me abraça.

- Você tava chamando meu pai, tava chorando. Me assustou, mamãe. Não faz mais isso, tá bom?- Pede.

- Desculpa. Eu já acordei, já acordei...- Beijo sua testa, tentando acalmá-lo e me acalmar também.

Oro em pensamento, para que essa agonia saia de mim. Tento à todo custo não chorar, mas quando Matteo dorme, é inevitável. Sinto meu coração se comprimir.

Eu só quero que isso acabe...

Eu só quero que isso acabe

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