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MINA

Senti Momo me dar um cutucão me fazendo voltar a realidade, balancei minha cabeça saindo do transe e encarei os olhos castanhos de minha amiga.

- Mina, você está bem? - Ela perguntou parecendo preocupada.

- Estou... - Me virei para trás encarando o corredor onde aquelas pessoas viraram a segundos atrás. — Você viu aquelas pessoas? - Falei a encarando e apontando para trás.

- Eu vi. - Ela começou a caminhar e eu a segui. - Devem ser os alunos novos.

- Você não achou... sei lá eles meios estranhos? - Ela parou de andar e se virou para mim. - Quando eles entraram no mesmo corredor que a gente, eu senti uma sensação estranha sabe... E quando eles viraram para o outro a sensação passou. - Mordi o lábio inferior. Sempre fazia isso quando eu estava nervosa. - Talvez seja coisa da minha cabeça...

- Também senti algo estranho. - Momo falou e eu a olhei surpresa. - Não ligue Mina, foi só uma sensação. - Ela deu de ombros.

- Mas você também sentiu! — Me apressei a falar.

- Por isso devemos deixar para lá. — Ela deu de ombros voltando a andar. — Aliás você viu aquela loirinha?

- Eu vi Momo, prestei atenção em todos ali e assim como os outros quatro, ela é estranha! - Falei e Momo revirou os olhos.

- Mina! Eles são novos e você já está julgando! - A olhei indignada!

- Eu não estou julgando Momo! Estou falando o que eu penso, todos eles tem cara de psicopatas principalmente a garota de cabelo preto.

- Garota de cabelo preto...? - Ela pensou por alguns segundo e depois me olhou com um sorriso ladino. - Ah você reparou nela não é mesmo? - Seu sorriso agora aumentou e ela espremeu um pouco os olhos para me encarar.

- Não me olhe desse jeito! Você fica parecendo uma maniaca! - Falei e ela riu. -  E sim eu reparei. Qual o problema nisso? Difícil seria não reparar, ela é a mais medonha entre eles e parece ser a líder ali.

- Conclusões precipitadas... - Momo cantarolou.

Paramos em frente a cantina e Momo pediu um lanche que ela sabia que eu gostava, como tinha acabado de ser aberto teríamos que esperar um pouco.

- Não são conclusões precipitadas! Era perceptível que ela parecia ter algum tipo de liderança, e outra ela estava no meio deles.

- O que ela estar no meio tem haver? - Ela arqueou a sobrancelhas.

- Dã! A que está no meio sempre manda, é assim nos filmes. — Falei e ela fez sua melhor e mais irritante cara de deboche.

- Acho que você anda assistindo muitos filmes querida. — Suspirei revirando os olhos. — Bom e tenho certeza que você é tão estranha quanto eles. — A olhei franzindo o senho.

- Por que???

- Por que a com poderes bizarros aqui é você!

- Momo! - A repreendi. — Fica quieta! Quer que a escola inteira saiba? - Ela levantou os ombros como se não desse a minima. - Você também! Não sou eu que tem uma tia maluca que entrou na paranoia que você é uma bruxa!

- Pelo menos é só uma paranoia diferente dos seus poderes! - Revirei os olhos. Momo sabia me tirar do sério como ninguém.

– Aqui está queridas. - A moça da cantina nos entregou o lanche que por sinal estava quentinho.

- Obrigada. — Agradecemos em uníssono e Momo deu o dinheiro a ela.

Caminhamos em silêncio até o armário, abri tirando da minha bolsa algumas coisas e as guardando lá.

Eclipse | Michaeng G!POnde histórias criam vida. Descubra agora