A 21° Lua

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CHAEYOUNG

Mina entrou no banheiro com a caixa de primeiro socorros e desesperada se ajoelhou na minha frente abrindo a caixa pegando algodão e soro.

- Chaeyoung, o que deu em você? - Ela disse preocupada enquanto molhava o algodão.

- Eu só estava irritada. - Eu disse dando de ombros.

- Você é louca! - Ela passou o algodão na minha testa que por incrível que pareça o corte estava lá. Nítido e profundo.

Momo franziu o cenho e me perguntou mentalmente se não era para ter cicatrizado. Sim era, mas devido a falta de "proteínas" No meu organismo isso não aconteceu.

Mina terminou de limpar meu machucado e colocou um curativo. Pegou um lenço molhado para limpar os fios de minha franja sujo de sangue e a ajeitou no lugar.

- Obrigada. - Agradeci me levantando do chão.

- Eu levo a caixinha de volta, vou aproveitar e falar com Seulgi. - Momo disse pegado a caixinha e saindo do banheiro.

Eu e Mina ficamos em silêncio por alguns segundos até ela o quebrar.

- Por que estava nervosa a ponto de se machucar? - Ela perguntou me olhando.

- Nada demais. - Cruzei os braços. - Apenas um pequena discussão com os
meus amigos.

- Sei... - Ela suspirou. - Você deveria aprender a controlar seus nervos. - Eu dei de ombros.

Ela me encarou por alguns segundos, mordeu o lábio inferior e soltou um suspiro andando até a porta do banheiro.

- Só não... Se machuque de novo, por favor. - Ela abriu a porta e saiu.

Eu apoiei minhas mãos na pia do banheiro e suspirei. Isso foi estranho... Eu e Mina agimos como se não nos conhecêssemos. Ou apenas meras conhecidas.

Deixei um suspiro de frustração sair e ouvi o sinal tocar anunciando que era hora da primeira aula. Como hoje é segunda feira, tenho aula de biologia mas eu vou? Claro que não.

Não estou afim de ficar em clima estranho com ninguém principalmente Mina, aliás é até melhor já que o principal motivo dos meus problemas é ela.

Fui para as arquibancadas e aqueles idiotas já não estavam mais lá. Me joguei sentando e olhando para o céu nublado de hoje.

- Son! - Olhei para o lado quando escutei a voz conhecida.

- Joohyun? - Franzi o cenho. - O que faz aqui?

- Seu pai mandou chamá-la. E de acordo com o mesmo é urgente.

Eu bufei revirando os olhos fui até Joohyun e seguimos a uma parede que o portal para o inferno já estava acionado. Passamos por ele e eu logo senti a mudança de temperatura que o ar fresco foi substituído por mormaço.

Saímos no salão principal e Roseanne saiu pelo corredor.

- Chaeyoung! - Ouvi a voz grave e risonha do meu pai.

- Oi pai. - Eu disse o encarando sem humor - O que você quer?

- Não seja uma menina rebelde, Chaeyoung. Você já passou dos 117 anos, não é mais uma adolescente. - Ele disse se sentando em sua poltrona e estendendo a mão.

Revirei os olhos e fui até ele beijando a mão do mesmo. Ele fez um gesto para eu me sentar na poltrona ao lado e assim eu fiz.

– Tenho uma ótima notícia. - Ele disse sorrindo. — Roseanne está de volta. - Eu revirei os olhos.

- O que aquela filha da puta quer agora? - Meu pai soltou uma gargalhada.

- Você não muda nunca, Chaeyoung. Por isso é a favorita. - Ele disse bagunçando minha franja. - Ela disse que estava com saudades.

Eclipse | Michaeng G!POnde histórias criam vida. Descubra agora