A 23° Lua da 2° Fase

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MINA

Eu olhei para as minhas mãos sujas de sangue, o corpo daquele demônio no chão aos pedaços e com queimadura, eu tinha dilacerado ele, e foi uma sensação prazerosa, inebriante. Roseanne abriu um buraco no chão e jogou seus restos lá dentro, antes que ela jogasse sua cabeça, eu segurei seu braço pegando a cabeça para mim, a faca que estava em minha mão eu enfiei no olho direito enfiando fundo até conseguir arrancá-lo para fora e fiz o mesmo com o olho esquerdo. Roseanne olhou para mim com um sorriso maléfico que eu retribui na mesma intensidade. Por fim joguei a cabeça lá dentro e os olhos esmaguei com o pé como se fosse baratas.

- Uau... - Roseanne murmurou quando eu me virei para ela. - Esses olhos combinam com você.

Ah sim, meus olhos estavam negros como os de um demônio que era a forma que eu estava agora, eu sentia que minha outra metade, a Min bondosa e que jamais faria isso estava em um sono profundo e que só acordaria quando eu quisesse.

E se eu quisesse.

- Como se sente? - Ela perguntou colocando uma mão em meu rosto.

- Bem... - Eu sorri.

- É excitante não é? É assim que se sente quando transa com Chaeyoung?

- É melhor. - Ela acariciou meu rosto e tirou a faca de mim. - Era esse seu plano? - Perguntei quando começamos a caminhar lado a lado.

- Sim e não. Eu não imaginei que fosse ativar seu lado demônio tão rápido, pra isso acontecer você deveria estar chateada ou com raiva de algo....ou alguém.

- Chaeyoung está me evitando por que andou fazendo uns machucados de merda em mim. Isso me deixou furiosa com ela.

- Eu notei as marcas em você. Sexo intenso com mordidas e tudo? Seu sangue deve ser saboroso.

- Eu não sei, nunca provei ele. E mesmo assim teria gosto metálico não?

- A melhor parte de ser um demônio, é que os sangues tem gosto, pode variar de gorduroso, salgado ou doce. - Eu assenti com a cabeça. - Mas me diz é abstinência de sexo? - Eu parei e a olhei, minha visão com esses olhos era como ver através de uma câmera zoom eu conseguia pegar cada detalhe do rosto e lugar.

- Você é bonita. - Eu murmurei ainda a encarando.

- Eu sei. - Ela sorriu convencida e deu um passo para frente. - E caso queira saber... eu também tenho um pênis.

- Oh... - Eu dei mais um passo pra frente. - Isso é interessante. - Eu aproximei meu rosto do dela e sua respiração ficou mais forte. Eu sorri maliciosa. - Eu causo um efeito interessante em você... - Eu desci minha mão e apertei seu pau através do tecido da calça e ela ofegou. - É uma pena que a única que quero foder agora seja Chaeyoung. - Eu falei roçando meus lábios nos dela.

- Sua luxúria está falando mais alto agora. Para onde foi a doce Mina? - Eu peguei em seu pescoço apertando com força, ela arregalou os olhos. Olha só... eu sou mais forte que ela. - V-vadia.

- Isso mesmo... a doce Mina tirou uma folga dando lugar a essa vadia. - Eu passei a língua em seus lábios e a soltei me afastando. - Me tire daqui, preciso de um banho. - Rosé tossiu algumas vezes o que me fez revirar os olhos.

-Você é.... forte. - Ela finalmente parou de tossir. - Agora entendo 100% a obsessão do meu tio por você.

- Roseanne! - Eu falei impaciente.

Ela entendeu e começamos a andar novamente.

- Vamos... agora você é rápida. - Ela disse e sem me dar tempo correu como o flash.

Sorrindo eu fiz o mesmo, eu me surpreendi pois a sensação era de que eu estava voando, apesar de passar rápido pela mata, eu consegui ver tudo com clareza, desde alguns vagalumes até os detalhes de uma folha, eu alcancei Rosé mais acabei por passar dela, eu dei risada da sua cara.

Chaeyoung jamais deixaria eu ter esse tipo de aventura.

Foi isso que eu pensei. Parei em frente a casa velha caindo aos pedaços que eu já conhecia. Tinha alguns demônios rondando mas eu passei por eles de boa. Entrei na casa e dei de cara com o tal Hyunjin.

- Olha só quem está aqui. - Ele disse sorrindo ao me ver.

- Hyunjin não é? O bruxo do mal.

- Obrigado pelo titulo senhorita. - Ele olhou para as minhas mãos e eu vi quando deu um sorriso cúmplice. - Parece que andou cometendo um massacre.

- Sim e preciso tirar esse sangue podre de mim. - Eu disse fazendo uma careta de nojo.

- Rosé vai te mostrar o banheiro e te emprestar uma roupa.

• • •

Eu sai do banheiro com os cabelos meio húmidos, estava usando um short de malha preto e uma blusa regata branca que marcava o bico dos meus seios já que eu estava sem sutiã. Rosé me olhou de cima abaixo com um sorriso malicioso, meus olhos ainda não tinham voltado ao normal. Sei que quando eles voltassem, eu também voltaria com a velha Mina.

- Você não está com sede/fome Mina? - Hyunjin perguntou enquanto mastigava um bolinho.

- Agora que você disse...- Eu murmurei colocando a mão na garganta que estava seca.

- Vem comigo. Vamos encontrar alguém para você se alimentar. - Rosé disse me puxando pelo braço.

Usamos nossa velocidade para chegar no centro da cidade, não era tão tarde, deveria. ser no mínimos umas 21:00h, o centro estava razoavelmente cheio ou seja... tinha um banquete ali.

- Vamos lá, escolhe. - Rosé apontou para as pessoas. Eu não sabia o que fazer e ela soltou uma risadinha. - Escolhe quem você quer que eu pego para você.

Eu assenti e comecei a olhar em volta, homens, mulheres, crianças, adolescentes, idosos... nada interessante até eu ver uma mulher, ela estava em seus saltos e uma roupa social, seu cabelo era curta na altura dos ombros e loira.

- Aquela. - Eu apontei para a mulher que parou para atender o celular.

- Certo. - Rosé saiu de perto de mim e caminhou até a mulher.

Vi quando ela parou e cutucou ombro da mulher, de repente a mulher pareceu hipnotizada, Rosé voltou a caminhar para cá e a mulher a seguia. Rosé fez um sinal e eu a segui para dentro da floresta novamente, a mulher nos seguiu e quando estavamos dentro da densa floresta, Rosé se encostou numa arvore e cruzou os braços.

- Vai...

- Como eu faço?

- Use suas unhas para rasgar uma parte do pescoço, perfure a artéria e é só sugar.

Eu cravei minhas unhas na curvatura do pescoço daquela mulher e puxei para baixo ouvindo-a gemer de dor. Aquilo foi prazeroso e me fez suspirar, minha boca salivou quando vi o sangue escorrer, mais ainda estava hesitante.

- Vamos.... prove. Você vai ver como é gostoso e entender por que perdemos o controle quando começamos, o gosto é viciante.

Fazendo exatamente o que Rosé disse eu mordi a curvatura do pescoço da mulher, o gosto era bom, quente e doce e viciante. Eu não parei até que a mulher caísse no chão já morta. Eu tinha acabado de matar uma pessoa inocente e não estava com remorso por isso. Mas sabia que assim que acordasse na manhã seguinte e a velha Mina voltasse, eu iria me sentir um monstro.

Eclipse | Michaeng G!POnde histórias criam vida. Descubra agora