Por favor, diga que me ama! - Genmui

10 - aceite ajuda.

- o que você está fazendo na casa do Genya?

A voz de Sanemi soava alto e fazia eco pelo banheiro.

- eu nem me lembro mais. - Tokito responde, Genya o encara, confuso.

- bom, então, pode sair? Preciso conversar com ele.

- não saia... - o Shinazugawa mais novo diz, quase num sussurro, para que apenas Muichiro conseguisse ouvir.

- do que você está falando, Genya?! - a voz aumenta junto com o ódio de Sanemi.

- nada, ele não disse nada. - o hashira da névoa solta o caçador e vai até o outro hashira.

- okay, agora, saia. Até onde eu sei, você não é da família. - era possível ouvir os dentes de Sanemi se rangendo a cada palavra que dizia.

- eu e o Tokito iríamos sair agora, Nemi. - Genya desvia o olhar, pois não conseguia mentir para o irmão.

- cancelem seus planos, eu preciso conversar com você. - o de cabelos brancos começava a andar em direção ao irmão, mas é impedido por Muichiro, que fica em sua frente.

- não, você pode voltar depois.

- você não sabe que é errado ficar se intrometendo em assuntos que você não foi chamado?!

Pov - Genya Shinazugawa

- eu quem estava conversando com o Genya, o intrometido foi você.

O Tokito não tem medo?! Meu irmão vai acabar batendo nele!

Dá para ver como o Nemi está com raiva, está cravando as unhas nas palmas das mãos e está com a postura ereta.

- ... Eu vou conversar com ele e depois a gente volta a se falar, Tokito. - suspiro, desviando o olhar dos dois.

É óbvio que ele está com mais raiva de mim do que estava antes, mas eu não quero que o Tokito se meta nisso e saia machucado.

- Sanemi, não sei se seria legal a Shinobu ver este olho do Genya, sabe, ela vai achar que foi você, e está certa. - Muichiro cruza os braços, levantando um pouco a cabeça para ver Sanemi.

- Você acha que fui eu quem bati nele?! É sério? Muleque' , acorda, porque eu quem vou acabar batendo em você!

- você sabe que não consegue - ouço Tokito rir.

Ele está de costas para mim, mas consigo ver a expressão do meu irmão ficando com mais raiva, o Muichiro deve estar com aquela cara de cínico, sabe, aquela de paisagem?.

Eu não consigo fazer nada, não consigo interferir.

- ta' legal! Porra, pirralho maldito. - Nemi saí do banheiro pisando duro e vai embora da casa.

Percebo que tenho segurado ar por muito tempo, suspiro, aliviado.

- não sei se você sabe, mas tem um irmão bem esquentadinho.

Por mais que tenha sido um comentário idiota, eu rio, feliz por estar ouvindo Muichiro.

- é, eu sei que tenho. - falo, olhando para ele.

- você deixa ele te machucar? - me pergunta, chegando perto novamente.

-...

Eu não tenho mais escolha, do jeito que ele voltou a segurar minha nuca para que eu chegue mais perto, e como me olha nos olhos, se eu mentisse, ele ia me dar uma cabeçada e eu com certeza cairia mortinho da silva.

- não, eu não deixo, ele só chegou ontem em casa, e eu não pude fazer nada.

Isto é terrível de falar! Eu pareço tão fraco.