Por favor, diga que me ama! - Genmui

30 - melancias com mel.

[Este capítulo é a continuação do capítulo 29.]

Pov - Genya Shinazugawa.

Olho pela janela, respirando fundo.

Mui está passando quase o dia todo fora, o sol está se pondo e eu estaria no tédio se não estivesse com medo.

Eu obviamente não preciso ficar preocupado já que ele sabe se cuidar, mas uma reunião não demora assim, certo?.

Antes que eu possa fazer qualquer coisa, ouço uma batida na porta, sorrio mas paro para pensar.

Muichiro bateria? Por que só não entrar?

Vou meio receoso até lá, então, abro a porta lentamente.

- ei, pare de ser tão paranóico. - a voz de Tokito me faz abri-la e sorrio automaticamente.

Ele estica os braços e fica na ponta dos pés, nem penso em rir disso já que estava mais concentrado no quanto isso era fofo. O abraço forte em quanto o levanto. É aí que reparo sacolas em seus braços.

- o que é isso? - pergunto, curioso, o soltando no chão.

- compras. Vamos cozinhar.

Reprimo os lábios, com medo.

- nenhum de nós é bom na cozinha, Mui...

Tokito finge que não me ouviu e deixa os sapatos na entrada, fechando a porta e indo até o balcão, deixa todas aquelas compras e vai indo até nosso quarto.

O sigo o tempo todo, paro na porta do quarto quando o vejo tirar a parte de cima do uniforme e parar na frente do espelho, ele se encara por um tempo, até virar apenas o pescoço para me chamar.

- Gen, vem aqui, por favor.

Demoro um pouco para realmente entrar e parar atrás dele, encaro seu reflexo, mesmo envergonhado, ele faz o mesmo.

- você não acha que sou branco demais? - ele pergunta, do nada.

-.... Quê? - Eu realmente havia ouvido certo? - por que isso, do nada?

Muichiro passa o dedo de leve pela própria cintura, depois, leva a mão até o pescoço. Encaro os movimentos, envergonhado e hipnotizado.

- tenho comparado. - dá de ombros - pareço um vampiro, não?

Seu pescoço pode ser branco mas eu marc-...

Desvio o olhar e respiro fundo quando um pensamento impuro invade minha mente.

- não, Mui, acho você perfeito, sua pele é linda. Te dá um aspecto limpo, eu acho... - não consigo disfarçar o tom de receio na voz. Não sabia o que dizer e nem se as palavras o deixariam melhor ou pior.

Fico decepcionado quando ele respira fundo, o olho pelo espelho, me surpreendo mais ainda quando suas mãos vão até as minhas e ele ás leva até sua cintura.

- ei, Mui... - tento falar, mas o vejo encarar minhas mãos em sua cintura, um sorriso bobo saí de seus lábios.

- o que você tinha dito antes, sobre minha pele?

-... Que te deixam com um aspecto limpo?

- não, antes disso.

-... Que eu te acho perfeito, e que sua pele é linda. - digo em quanto olho seus olhos através do espelho, ele faz o mesmo.

-... Então namore comigo.

- O QUÊ? - aperto sua cintura de forma totalmente involuntária, chego a tentar tirar mas ele deixa as mãos por cima das minhas, mantendo-as em seu corpo.