47 - Passado.

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ESTE CAPÍTULO CONTÉM SPOILERS DO MANGÁ/TERCEIRA TEMPORADA.

[Pov - Genya Shinazugawa.]

— Promete que vai se cuidar e tomar cuidado? - seguro as mãos de Muichiro, apreensivo.

— Sim, Gen. Não se preocupe assim, é só uma patrulha noturna, voltarei pela manhã. - ele revira os olhos mas sorri, fica na ponta dos pés e me dá um selinho. Então se solta e veste os calçados, abre a porta e acena com a mão. - você também precisa se cuidar, ok?

— Pense apenas em você! - exclamo assim que a porta se fecha. Respiro fundo e caminho até o sofá, me jogo ali de forma desajeitada e encaro o teto.

Quando foi que me tornei tão... Protetor?

Muichiro é forte e provavelmente mais ágil do que eu, será que ele se sente ofendido por ser tratado com tanta preocupação assim?

É só que faz tempo desde sua última missão duradoura, normalmente ele derrota os oni tão rapidamente que volta para casa em questão de três horas, mas desta vez, a patrulha noturna foi designada à ele, então volta só pela manhã ou começo da tarde, dependendo do local que deve ir.

Ouço batidas na porta e sigo até lá, o pôr-do-sol já começa a tornar as coisas mais escuras, por isso estranho o fato de estarem por aqui neste horário.

Baixo a cabeça assim que Amane sorri para mim, engulo em seco e me lembro na hora de que estou literalmente na casa do hashira da névoa.

Merda, realmente sou muito descuidado.

— Shinazugawa Genya. - sua voz calma e doce me chama, vejo isso como sinal para me levantar e olhar seu rosto.

— Boa noite, senhorita Amane. - limpo a garganta e junto as mãos em frente ao corpo. Ficamos quietos por um tempo mas me lembro de convidá-la a entrar, então me afasto e dou o espaço necessário.

A casa está arrumada, afinal, nem temos muita decoração, Amane caminha pela sala e se senta no sofá.

— Por que está morando na casa do Tokito? - agora, é ela quem começa a conversa.

Esperava que este momento fosse chegar, mas não sabia que seria tão cedo assim.

— Peço perdão por não relatar nada. - devo assumir a culpa, afinal, Mui está morando em sua casa, sou eu quem se mudou sem comunicar ninguém.

Caminho até ela e me sento na poltrona em frente ao sofá, é desconfortável por ser muito pequena, mas cruzo e ajeito as pernas na melhor posição possível.

— Há algum motivo para a mudança? - a mulher continua com as perguntas.

Eu poderia chamá-la de intrometida, mas Amane Ubuyashiki é aquele tipo de pessoa que é impossível de se odiar ou sentir qualquer rancor. Ela é simpática o suficiente para te deixar sem graça.

— Não. - baixo a cabeça. Não podia simplesmente dizer que é porque meu irmão me batia e quis me mudar em segredo por isso.

Me levanto quando o silêncio fica mais constrangedor e vou até a cozinha, procuro desesperadamente por qualquer coisa que dê para servir, mas não acho nada.

— Não se preocupe, Shinazugawa. Serei breve. - ela diz um pouco mais alto, respiro fundo e me repreendo, fazendo uma nota mental para comprar chá ou doces.

— Algo aconteceu? - agora sou eu quem pergunto, volto à poltrona e levo o olhar até ela, curioso e receoso com o que viria a seguir.

— Vim saber sobre seu ferimento na perna, e também queria falar com Tokito, mas cheguei tarde demais, não é? - Amane ri baixo e tira da bolsa um recipiente com pílulas, estende para mim e procuro por qualquer frase no frasco, mas não acho nada.

Por favor, diga que me ama! - GenmuiOnde histórias criam vida. Descubra agora