Por favor, diga que me ama! - Genmui

32 - Uzui.

[Este capítulo é a continuação do capítulo 31.]

Pov - Genya Shinazugawa.

Talvez eu tenha achado uma parte boa de todos eles se reunirem na casa de Muichiro; Kocho faz uma comida deliciosa.

Depois de nos reunirmos em roda e comer, Rengoku e Uzui foram obrigados a lavarem a louça, já que eles fizeram uma guerra de comida que só acabou quando Mitsuri consegiu pegar um onigiri que voava pelo ar. Todos ficaram incrédulos.

Eu cheguei a pensar sobre eles perceberem que moro com Tokito, mas o mesmo disse que eu não deveria me preocupar já que eles achavam que eu apenas havia ido dar uma volta por aqui.

Os únicos que sabem sobre meu... Relacionamento com Muichiro são Rengoku e Aniki. Mas acredito que tenham uns que já desconfiem.

Bom, o que me resta é me fingir de idiota.

Todos estão na porta para sair, garanti que Gyomei saísse exatamente pelo mesmo buraco que ele fez na parede.

- concertarei isso, me desculpe. - ele disse, apenas concordei com a cabeça e me despedi.

Mui seguiu com eles até a mansão, decidi não ir junto, está de madrugada e não quero sair de noite.

Não, não por medo, mas porque tenho preguiça de noite.

Ouço a porta abrir quando termino de arrumar os futons em seus lugares, já sei que é Tokito já que ele normalmente não bate.

- aí, eles enchem o saco. - o ouço entrar no quarto.

- eles são legais, Mui. - me viro, e vejo que o menor já até tirou a camisa e à jogou no chão.

- não gosto de pessoas.

-... - vou até a roupa que estava jogada e à pego, à guardando. - ainda bem que sou um... Oni?

Ouço uma risada.

- não posso negar que na minha imaginação você é bem atraente como um demônio.

Aquilo realmente me pegou desprevenido, sem coragem de manter um olhar, fico parado em quanto olho para a parede.

- ... Não sou bonito em nenhuma dessas formas.... - rio, sem graça.

Ouço passos e sinto seus braços rodearem minha cintura e envolverem-na.

- Eu te acho bem atraente. - não sei o que acontece comigo, mas me sinto quente toda vez que ele diz algo assim tão perto de mim.

- obrigado... - digo depois de um riso nervoso.

Mui encosta a cabeça em minhas costas, sinto que me aperta mais forte.

- podemos nos deitar? - ele pergunta, com uma voz manhosa.

- está com sono?

- ... Não.

Demoro um pouco para entender, mas levo a mão à boca logo após fazê-lo.

Tokito segura minha mão e me faz sentar em dos futons, não faço nada quando ele sobe por meu colo e passa os braços por meus ombros.

- é realmente difícil não ficar grudado em você por muito tempo, e eu nem gosto de ficar grudado! Você fez algum tipo de macumba?

- hum... - murmuro, dando de ombros. - talvez tenha feito, e o que você vai fazer para impedir? - sorrio, o olhando nos olhos. Seguro de leve sua cintura.

- nada, gosto dessa macumba. - é a última coisa que ouço sua voz dizer antes que sua boca esteja na minha.

Não sei por quê, mas perco totalmente a vergonha quando não sinto seu olhar em mim, seus olhos sempre foram para mim penetrantes e fundos, há história lá dentro, quero descobrir e sei que ele também quer, as vezes vejo um brilho passageiro que substitui o escuro azul de seus olhos que não deixam de ser lindos, mas este brilho dura pouco. Acredito que isso se tornará permanente quando suas memórias voltarem.