7 - oniguiris.

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Pov - narrador.

Tokito acorda com o sol em seu rosto, ele se sente melhor, e com isso, se lembra (o que é raro) da noite passada.

Genya havia vindo em sua casa, dado remédios e preparado até um banho.

Muichiro se senta na cama, e vai engatinhando até o futon do Shinazugawa mais novo, o observando.

Ele fica daquele jeito por um tempo, Genya dormia tranquilamente, não tinha nenhuma feição, que, na visão do Hashira, era exagerada.

Então, ele decide se levantar, em silêncio, vai até a cozinha.

- o que será que consigo fazer?... - Tokito pensa alto, então decide preparar oniguiri para ele e Genya.

[...]

- será que eu fiz certo?

Muichiro fez a comida, mas estava curioso sobre Shinazugawa gostar ou não do que havia feito.

- ele tem cara de quem gosta de coisas apimentadas, não?... Esquece, está bom assim.

Ele deixa os pratos no balão e vai até o quarto, ao chegar, vê que o caçador ainda dormia, então, decide acorda-lo.

- ei, Genya, ei. - Tokito começa a chutar a costa de Genya -
- acorda!

- hum? Não, mãe, só mais um tempinho...

- sua mãe morreu, vai, acorda.

- eh? - ele se levanta, passando a mão pelo rosto -
- Tokito?. Ah é, eu dormi aqui.

- sim, levanta, tem comida. - Muichiro sai do quarto.

Pov - Genya Shinazugawa.

Comida? Mas ele comeu tudo o que a Shinobu trouxe ontem... ESPERA, ELE FEZ A COMIDA?!

Me levanto rapidamente mas preciso parar ao ouvir estalos dolorosos que vem da minha costa, suspiro umas vezes e me repreendo mentalmente, da próxima vez, preciso levantar mais devagar.

Volto a andar até a cozinha, com medo de vê-la queimada ou destruída.

Mas não é nada disto que vejo.

Vejo um Tokito comendo oniguiri no sofá, quando ele me vê, se levanta e vai até mim.

- ei, está lá no balcão, eu quero ver você experimentando. - começo a ser empurrado e não tento parar.

- Tokito, eu não acho que eu esteja com tanta fome...

- e eu te perguntei? - ele passa para o outro lado do balcão e pega o oniguiri com os hashis, demoro para entender o que ele quer fazer.

- come.

- eeh?

- você é surdo ou é só imbecil, mesmo? Eu falei para você comer! - Tokito apoia o braço no balcão em quanto aproxima a comida até mim.

Ele quer... O que?!

- Tokito! Eu posso comer sozinho!

- vai, abre a boca.

Sem ter escolha, como o oniguiri com muita relutância.

- hum... Espera, isto é muito bom! - falo, pondo a mão na boca e arregalando os olhos.

- você gostou?! - ele pergunta, sorrindo, o que me faz perder um pouco o raciocínio.

- ... Sim! Está muito bom!

- que bom, esta é a única receita que eu sei fazer de cor.

- você... Já comeu?

- já, pode comer o resto. Vou dar uma caminhada. - Muichiro vai até a porta, e para. -
- tem alguma coisa errada.

É, eu não contei para você que quebrei sua porta tentando entrar na sua casa.

- é... O que? Não vejo nada de diferente. - comento, me levantando e indo até ele.

- acho que estou louco.

- sim, está mesmo. Que tal darmos uma passeada?

- não é má ideia...

- então, vamos!

Nós saímos da casa e percebo que o quintal está todo cheio de lama, ouço Muichiro respirar fundo e ir até seu jardim, ele se ajoelha ao lado das flores sem se importar com a sujeira, e tenta ás ajeitar de volta.

Fico parado por um tempo, apenas o observando, ele conversa baixo com cada flor, parece desapontado.

- o que... Aconteceu? - me ajoelho a sua frente, dando o espaço das flores.

- a chuva matou todas elas, as flores que eu estava cuidando.

- ah, eu sinto muito, talvez tenha como arruma-las, certo?

- ahn?! Você acha que consegue?

Eu não quis dizer isso, mas ao ver os olhos de Tokito brilhando e um sorriso formar-se em seus lábios, não pude discordar.

- talvez a Mitsuri, Shinobu, ou Kanao consigam fazer isto.

- quem é Kanao?

- que? - olho em seu rosto, esperando ver algum traço que provasse que estaria brincando, mas não, ele falava sério, não se lembrava de quem é Kanao.

- uma caçadora, Tsuguko da Shinobu, lembra?

- não. - ele da de ombros. -
- minhas flores são mais importantes.

- uau... É... Okay, o que acha de irmos até a mansão borboleta e falarmos com a Kocho?

- sim! Obrigado! Vamos!

- ei, me espera!

[...]

Por favor, diga que me ama! - GenmuiOnde histórias criam vida. Descubra agora