[N/A] esse capítulo pode conter gatilhos a algumas pessoas.
ONZE ANOS ANTES
Os pais de Aster se separaram quando ela tinha dezessete antes, ela era grande e entendia o inferno que sua casa virou. Rose já estava em um relacionamento com Ward, tinha sua própria casa, já era uma mulher adulta de vinte e seis anos.
Optou por morar com seu pai, obviamente, por causa do colégio e frequentava a casa de sua mãe todos os finais de semana e feriados, via seu namorado apenas durante a semana.
Ao decorrer do divórcio, sua mãe mudou drasticamente. De uma mulher amável a uma mulher instável. Aster precisava medir as palavras, cuidar exatamente o que fazia ou falava perto de sua mãe, qualquer "a" errado e Wendy entrava em surto e transformava aquele dia em um inferno.
Aster não tinha liberdade naquela casa, sequer mexia no celular pois sua mãe não gostava.
— Se você está aqui para ficar comigo não tem motivo para mexer no celular. — Sua mãe falava.
Gavin dormir lá? Nem pensar!
A Mosier lembra exatamente das vezes em que sua mãe a expulsou de casa:
A primeira não fazia sentido nenhum, Wendy apenas estava irritada e queria descontar em alguém. E, obviamente, Aster estava ali para isso.
Na segunda, foi logo após a primeira, uns dois dias depois. Aster chegou da casa de seu namorado, perguntou se sua mãe já havia jantado e ficou chateada por não te-la esperado, o que causou um grande estresse.
A terceira e última foi um ano depois, a pior delas, a que mais magoou Aster.
Wendy sempre dizia que sua filha preferia seu pai, Rhys, ao invés dela. E Aster apenas rebateu dizendo que sua mãe preferia Rose ao invés dela.
Por que? Isso só causou o inferno.
Rose não era filha de Rhys, era do primeiro casamento de Wendy. O pai de Rose, Link, não era um homem rico, era um músico que abandonou a família no primeiro mês de vida da filha.
Mas, foi o único amor de Wendy.
— Eu prefiro o papai? Você prefere a Rose! Sempre foi ela, mãe! — Aster retrucou.
— Sua irmã não inferniza minha vida como você, Aster! Você destruiu a minha vida! — A mulher gritava.
— A Rose não se importa com você! Ela mora na porra de uma ilha! Ela sequrr liga para você!
— Sua irmã está bem! Não é igual a você que é uma inútil! Você não serve para nada, Aster! Nada!
— Se eu não sirvo para nada, por qual motivo você me quer aqui todo final de semana? Você não tem ninguém além de mim! — A loira segurava as lágrimas, as palavras de sua mãe a machucavam.
— Eu não preciso de você aqui, se você vir ou não, não faz diferença! Você vai passar a vida toda sugando seu pai e eu, usando nosso dinheiro! Sua irmã tem o dinheiro dela, não depende dos outros para viver igual a você!
Aster estava na vida de sua mãe, enquanto Rose, nem se importava. Wendy preferia a Rose ao invés da filha que sempre estava com ela.
— Eu sai do colégio agora! Não faz um mês! Você quer o que? Que eu abra a porra de uma empresa em trinta dias? Que eu vire a escritora mais famosa do mundo em cinco minutos?! — Retrucou Aster.
— Eu só estou cansada de você, Aster. Eu me separei do seu pai, não quero outra versão dele aqui! Vocês dois são um inferno na minha vida, você me fez ficar com ele, eu nunca gostei dele! — Wendy custia as palavras.
— Não importa o que eu faça, você sempre vai querer a Rose não é?! — Aster tentava segurar as lágrimas, mas era quase impossível.
— A Rose eu planejei, eu quis! Você não, você nasceu para destruir a minha vida! Anos perdidos cuidando de você que poderiam ser aproveitados de maneira melhor!
— Você quis a Rose para não ficar sozinha, e cadê ela? Se não fosse por mim e o papai, você não teria ninguém! O papai ajuda você mesmo sem precisar!
Wendy estava totalmente cega. Não via nada que sua filha fazia, não a ouvia.
— Não fale da sua irmã! — Gritou a mulher.
— Não me compare com ela! — Retrucou.
— Eu quero que você pegue suas coisas e suma da minha vida, Aster. Eu não quero você aqui! Eu não preciso de você, ouviu? Você é uma inútil, não serve para nada. — Wendy gritava e apontava o dedo no rosto da filha, como se fosse avançar nela a qualquer momento. — Nem seu pai gosta de você! Não vai demorar para ele arrumar uma mulher e por você para fora de casa! E quando isso acontecer, não venha até mim.
Aquilo doía, eram como facas no coração da garota.
— Eu vou ligar para o seu pai, você vai esperar ele lá fora, não te quero aqui dentro, dentro da minha casa!
Wendy deu as coisas saindo do quarto que até então, era de Aster. A garota finalmente deixou as lágrimas descerem por duas bochechas.
Em menos de dez minutos, Rhys estava lá esperando a filha.
Aster saiu sem olhar no rosto de sua mãe com o coração partido e o rosto inchado pelas lágrimas.
Wendy a amava? Quem ama não machuca assim.
— O que aconteceu, querida? — Rhys perguntou olhando a filha.
A loira não disse nada, apenas se inclinou para abraçar seu pai e chorar nos braços dele.
O caminho inteiro em silêncio, Aster tentava se acalmar. Apenas o som do rádio em um volume quase inaudível.
— Sua mãe não sabe o que diz. — Rhys tinha a filha em seu colo, abraçada a ele.
Aster jamais imaginou que aos dezenove anos estaria no colo do seu pai chorando desesperadamente.
— Eu não quero mais ver ela, pai. — Sua voz saiu trêmula.
— É melhor darmos um tempo dela, meu bem. Sua mãe não está bem da cabeça, não tem outra explicação. — Rhys secava as lágrimas que desciam pelas bochechas dela. — Eu amo você. Você é meu bebê, sempre vai ser. Ninguém vai tirar esse lugar de você, ta bom? Você é tudo que eu tenho e preciso, Ast. Eu e você, apenas.
[N/A] chorei escrevendo esse capítulo por motivos de: relação péssima com a mãe inspirada na minha 🤞🏻
pretendo fazer mais flashbacks mostrando a aster antes até a chegada no vício dela com drogas e como ela se libertou
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𝐖𝐈𝐋𝐃𝐄𝐒𝐓 𝐃𝐑𝐄𝐀𝐌𝐒, rafe cameron ✓
FanficQuando Aster Mosier, uma renomada escritora e psicóloga decide visitar sua irmã mais velha, Rose, após o falecimento de seu marido, acaba se vendo na situação de ajudar o primogênito da família Cameron com seu problemas com drogas. "- Certo, Rafe...