Quando Aster Mosier, uma renomada escritora e psicóloga decide visitar sua irmã mais velha, Rose, após o falecimento de seu marido, acaba se vendo na situação de ajudar o primogênito da família Cameron com seu problemas com drogas.
"- Certo, Rafe...
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Aster acordou com sua cabeça latejante, parecia que iria simplesmente explodir. Ela não estava bem.
E até que sua mãe fosse embora, ela não estaria bem.
A loira praticamente correu em direção ao banheiro, colocando absolutamente qualquer coisa que estivesse em seu estômago para fora.
Era hora do jantar e obrigatoriamente, ela teria que participar.
Mesmo não estando em condições para isso.
Ao se olhar no espelho, a mulher encontrou a garota de dezessete no reflexo: os olhos repletos de medo e angústia.
Só queria deitar no colo de seu pai e chorar até dormir como fazia na adolescência.
Conforme descia as escadas e caminhava em direção a sala de jantar, seu coração batia mais e mais, seu corpo tremia e ela sentia como se fosse desmaiar.
Quando Rafe a viu, seu coração se partiu. Aquela não era a Aster que ele conheço, aquela não era a sua Aster.
— Você está bem? — O Cameron questionou.
— Estou, apenas dormi demais. — Aster sequer o olhou. Não conseguiria.
Quando se sentaram para jantar, o garoto ficou em frente para ela, analisando tudo que poderia analisar.
Os ombros encolhidos, a voz baixa, o olhar que implorava por socorro.
Rafe se via em Aster. E talvez, a situação de Aster fosse ainda pior.
— E seu pai? — Wendy soltou.
— Bem. — Respondeu.
— Bem? Só isso?
Aster deu de ombros.
— Não tem muito o que comentar para a senhora, o papai está bem e pronto!
— A senhora trabalha com o que? — Rafe simplesmente iniciou um outro assunto. Não aguentaria assistir Aster se torturando em uma conversa com a mãe.
Wendy franziu a sobrancelha olhando o garoto.
— Sou designer. — Respondeu. — Aster vem cuidando de você, não é?
— Ela é uma ótima psicóloga.
Uma risada escapou da garganta da mulher.
— Não sei como conseguiu o diploma, o papai deve ter comprado. — A mulher falou em tom de brincadeira, mas Aster sabia que não era.
A psicóloga apenas coçou a nuca e respirou fundo. O melhor era ignorar, sempre.
Pelo resto da semana, Aster procurava motivos para fugir da sua mãe. Inventava reuniões falsas com editoras, fingia não estar bem e até saia apenas com Amber.
