Quando Aster Mosier, uma renomada escritora e psicóloga decide visitar sua irmã mais velha, Rose, após o falecimento de seu marido, acaba se vendo na situação de ajudar o primogênito da família Cameron com seu problemas com drogas.
"- Certo, Rafe...
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Após o jantar, Ward chamou Rafe para conversar em seu escritório. O garoto sabia o que estava por vir.
Desde novo, Rafe tem problemas com seu pai. Era o filho mais velho, o único homem, o garoto pensava que seria ele seu sucessor, que seria ele quem seu pai confiaria mais que tudo em sua vida.
Mas não.
Sarah era a preferida, a queridinha do papai, a filha perfeita. Desde o nascimento de Sarah foi como se Rafe não existisse para seu pai, e nem por sua mãe. O que resultou em um filho viciado desde os quinze anos.
As drogas foi a maneira de Rafe para fugir daquela realidade, e de alguma maneira, chamar a atenção de seu pai. Ele queria que seu pai olhasse para ele, desse atenção a ele, e não para Sarah. Mesmo com o nascimento de Wheezie, Ward continuava a por Sarah como a principal de sua vida.
Sua mãe faleceu no parto de Wheezie. Anos depois ele se casou com Rose, e nem sua novo madrasta o dava atenção, sempre foi apenas as meninas. Como se ele não existisse.
— Queria falar comigo? — Perguntou Rafe adentrando no cômodo. Estava com um grande receio em seu peito.
— Que merda de fala foi aquela na mesa?! — Exclamou Ward alterado. — É claro que você vai participar na minha festa de casamento com a Rose, você vai participar de todos os eventos que eu falar que você vai!
Rafe encolheu os ombros conforme seu pai gritava com ele.
— Desculpa, pai. — A voz do garoto saiu trêmula.
— Desculpa? — Ward riu. — Você não tem que se desculpar, você tem é que calar a merda dessa boca, você não pensa antes de falar? Quer me envergonhar na frente da Aster?
— Não era minha intenção. — Continuou ele.
— Nunca é, não é, Rafe? — Seu pai negou com a cabeça. — Eu não sei mais o que fazer com você. — Ward se aproximou. — Você é a decepção dessa família, sabe disso, não sabe? — Ele segurou no rosto do filho, obrigando-o a olhar em seus olhos. — Responda quando eu estiver falando com você!
— Sim, pai, eu sou. — Rafe queria chorar, e tinha total razão para chorar.
Ward sorriu, e então acertou um tapa no rosto de seu filho, que causou um pequeno corte no lábio dele.
Rafe rapidamente colocou sua mão no local, assustado com o ato.
— Agora some daqui, eu não quero mais ver você hoje. — Ordenou Ward.
Rafe não disse nada, apenas seguiu o caminho em direção a porta.
Saiu do escritório com lágrimas nos olhos, mas não iria chorar.
"Vire homem!" Foi como se a voz de seu pai estivesse ecoando na cabeça dele.
— Rafe? — Uma voz o chamou, mas ele estava distraído demais em seus pensamentos, estava totalmente cego. — Ei, Rafe! Está tudo bem?
