Alice se vê livre ao terminar um relacionamento tóxico de dois anos. Ela consegue seguir sua vida, onde começa a faculdade de dança na cidade de São Paulo. A garota estava feliz com seu recomeço, mas a aparição repentina de seu ex muda tudo.
O dele...
Primeiro fui acordada com café na cama, depois ganhei presentes, almoçamos fora e ainda vamos sair para jantar.
Posso dizer que fui pega de surpresa com essas ações, não que Matheus não me tratasse com muito carinho e respeito, mas nunca teve alguém que me tratasse tão bem assim, tanto em datas comemorativas como em dias normais.
As atitudes dos meninos me faz repensar no amor que eu recebi em toda a minha vida...NADA. Só fui ter carinho e respeito verdadeiramente com Dona Maria e Rô. Elas foram as primeiras que me ajudaram quanto eu necessitava, sem me julgar pelos meus erros e á elas eu sou eternamente grata.
Termino minha maquiagem com Clara felizinha aí meu lado.
- Que tudo! Ele tem muito bom gosto, esse vestido ficou perfeito em você- Fala batendo as palmas.
Eu estava usando um vestido vermelho que ganhei hoje do delegado, com um salto vermelho e uma maquiagem não muito pesada mais marcante. Um delineado que valoriza o olhar, iluminador valorizando os pontos de luz e um batom vermelho sangue.
A própria dama de vermelho.
- É hoje que você mata o delegado- Diz se olhando no espelho ajustando seu vestido.
Ela trajava um vestido preto sexy e elegante, com um salto preto e dourado. Sua maquiagem era bem marcada, com contorno, muito iluminador, delineado na régua e um batom avermelhado.
Puta de uma mulher gostosa.
- Mas não sou eu que estou com a arma apontada para o policial- Digo arrumando o cabelo.
Ela tá um sorriso malicioso e ajeita o decote.
Safada.
Terminamos de nos arrumar e fomos para a sala onde os homens já nos esperavam impacientemente.
- Estamos prontas- Chamo a atenção dos mesmos que estavam no celular.
Quando os dois pares de olhos cai em nós é impossível não corar.
Eles não disseram absolutamente nada, apenas ficaram nos admirando, se assim posso dizer.
Eu já estava mais vermelha que o vestido, pois sentia o olhar penetrante do delegado em meu corpo.
- Matheus, desse jeito vai matar a menina- Fala Clara rindo horrores com minha situação.
Ele sai do "transe" e encara o chão sem jeito.
- Melhor irmos antes de ficar muito tarde- Proponho envergonhada.
Todos concordam, então descemos até o estacionamento do prédio e todos entramos no carro de Matheus.
O delegado dirigia e eu fui obrigada pelo curupira e o policial palhaço a ir no banco do passageiro. Os outros dois foram atrás.
O caminho foi um pouco longo, o que não ajuda em nada, pois o silêncio no carro era constrangedor. Para piorar a minha situação vez ou outra o delegado me encarava.
[...]
Finalmente chegamos no restaurante!
O lugar era bem chique e bem movimentado. Todos do local estavam bem arrumados, com nariz empinado e roupas de marca.
O atendente nos levou até a mesa reservada, deixou o menu e se retirou.
Antes de eu puxar a cadeira para me sentar Matheus a puxa me pegando de surpresa. Meio envergonhada eu aceito o ato de bom grado e me sento.
Paulo fez o mesmo com Clara. A cena me tirou um enorme sorriso.
Quando todos se sentaram nós decidimos o que iríamos pedir. Depois de fazer os pedidos começamos a conversar.
- Acho que nossa apresentação vai ter a data modificada para daqui 2 meses- Comenta a ruiva.
- Por que?- Pergunto confusa.
- Porque teve um problema estrutural no palco do teatro. Eles tem que fazer uma vistoria, depois concertar e ver se poder ser usado novamente- Explica ela.
Concordo com a cabeça.
O garçom nos traz um vinho branco e serve o mesmo. Logo depois se retira.
Todos estavam numa conversa boa quando o celular de Clara toca. Ela se retira para atender o mesmo e logo volta com os olhos vermelhos cheios de lágrimas.
- Gente...eu preciso ir- Fala nervosa.
Todos nós nos levantamos.
- O que aconteceu?- Pergunto preocupada.
- A minha mãe...ela passou mal e desmaiou. Meu pai esta com ela no hospital- Explica pegando sua bolsa.
- Eu te levo- Comunica Paulo.
Ela assenti e antes de irem o delegado joga a chave do carro para o policial e eu dou um abraço na minha amiga.
- Vai dar tudo certo- Sussurrei em seu ouvido.
A mesma assenti e os dois vão embora deixando apenas eu e Matheus.
