Depois de passar algumas horas na praia nós voltamos para a casa e ficamos na piscina que tinha nos fundos.
A tarde foi relaxante e prazerosa.
Quando a noite caiu nós tomamos banho e fomos passear pelo centro. Normalmente nesse horário tem algumas feras de arte.
Encontrando uma lojinha de artesanato. Ficamos vendo a senhora de cabelos cacheados, fazer uma boneca de crôche, a coisa mais lindinha.
- Que paciência- Comenta Matheus.
Concordo com o mesmo seguindo para outra barraca.
A mesma era de acessórios. Tinha algumas pulseiras, anéis, colares, relógios e bonés.
Observo um colar em específico e toco no mesmo.
O acessórios tinha um cordão preto e no centro tinha uma pedra avermelhada. Parecia uma pedra natural, muito bonito e delicado.
- Quanto é?- Pergunto a moça da barraca.
- 15- Responde simpática.
- Vou querer-
Puxo minha carteira que estava dentro da bolsa e pago a mesma.
Ela coloca o colar dentro de em saquinho e me entrega.
- É para você?- Perguntou o delegado curioso.
- Não, vou levar para Clara. Ela me pediu uma concha, mas do jeito que as praias estão poluídas é mais fácil lhe dar várias copos plásticos e canudos descartáveis- Falo dando de ombros.
Esse era a realidade da praia em que estamos e de muitas outras. A areia nem tinha conchas direito, só encontrávamos lixo, embalagem, canudos...tudo que polui e mata os animais marinhos.
- O que vai querer de janta?- Perguntou quando chegamos num local com mais barracas de comida.
- Não sei, comi muito a tarde- Falo alisando minha barriga saliente pelas comidas gordurosas de quiosque -Tô precisando ir para a academia- Comento olhando novamente a minha barriga.
Sou surpreendida quando o mesmo segura meu queixo me fazendo olhá-lo.
- Não tá nada. Está linda, maravilhosa e perfeita- Diz olhando no fundo dos meus olhos e em seguida depositando um selinho em meus lábios.
Sorrio com a sua reação.
Matheus se mostrava um verdadeiro homem, não um moleque com quem me relacionei no passado.
Ele não me colocava para baixo por engordar ou emagrecer, muito menos me fazia sentir insegura em relação ao meu corpo. Pelo contrário, sempre me elogiava e deixava claro que eu era bonita de qualquer jeito.
Óbvio que eu não tinha que colocar expectativa nas palavras dele como se eu fosse bonita só quando ele falava, e sim por eu me conhecer e me amar. Mas quando você vem de um ex relacionamento tão conturbado, tóxico e problemático e encontra um cara assim, é impossível não se admirar com a diferença.
- Vem, vamos comer um crepe- Diz me puxando até uma barraca perto dali.
Ele pede sois crepes, um de chocolate com morango e um de leite ninho com uva.
Nos sentamos em uma mesinha fora do estabelecimento e ficamos comendo e fofocando sobre todos que passavam perto de nós.
A fofoca é a base do relacionamento.
Fico observando umas crianças brigando quando Matheus me chama a atenção.
- Já andou de bicicleta?- Me perguntou animado.
- Não, até tentei na escola uma vez mas me esborrachei no chão- Digo segurando a risada pela lembrança que me veio em mente.
- Então hoje vai-
Ele joga nossos papéis no lixo, já que tínhamos terminado de comer e me puxa para uma loja.
Quase correndo nós chegamos no local onde alugava bicicletas.
- Ah não Matheus eu vou cair- Falo para o mesmo quando ele aluga uma bicicleta para duas pessoas.
- Não vai não, tá comigo tá com Deus- Diz brincalhão.
Ele me ajuda a sentar no bando e logo se senta também. O mesmo dá um impulso e começa a pedalar, eu o ajudo conseguindo andar de bicicleta.
Fico animada por não ter caído e começo a rir.
Nós passeamos na bike perto da praia. Como a noite estava quente era bem fresquinho ficar pedalando, pois fazia um ventinho.
Começamos a conversar durante o passeio. Matheus como sempre me tirava muita risadas, principalmente quando alguma mulher tentava flertar com ele e ele fazia careta para a mesma e apostava pra mim e para o dedo anelar, dando a entender que era comprometido.
Ele pode ter a cara de malvado e ser mau encarado, mas comigo ele era um amor, além de carinhoso era engraçado e brincalhão.
[...]
Tínhamos chegado em casa a pouco tempo. Trocamos de roupa colocando nossos pijamas e fomos nos deitar.
Desde que ele saiu do hospital eu tenho dormido com ele na mesma cama, afinal, era mais fácil de dar os remédios de madrugada.
Claro que ficamos no costume e ele se recusou a me deixar voltar para o meu quarto.
Não que eu quisesse né...
Ele estava agarrado a minha cintura como sempre. Era sim que se acostumou a dormir comigo.
O ar-condicionado que nos deixava ter tanta proximidade nesse calor do cão.
- Boa noite- Digo me virando e dando um selinho no mesmo e voltando a minha posição.
- Boa noite Florzinha- Disse perto do meu ouvido.
Nem preciso dizer que me arrepiei dos pés a cabeça.
Filha da puta fez de propósito
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Meu Delegado
RomanceAlice se vê livre ao terminar um relacionamento tóxico de dois anos. Ela consegue seguir sua vida, onde começa a faculdade de dança na cidade de São Paulo. A garota estava feliz com seu recomeço, mas a aparição repentina de seu ex muda tudo. O dele...