Meu Delegado

Noite quente

Ficamos de boa, só aproveitando a piscina. Matheus bebia sua cerveja enquanto eu ficava na coca.

Me julguem, mas bebidas alcoólicas são horríveis! Principalmente cerveja.

- Como você consegue beber isso?- Pergunto fazendo cara de nojo para a cerveja.

Eu estava sentada em seu perna enquanto ele se sentava no degrauzinho. Matheus me expulsou quando me sentei lá, alegando que estava velho para ficar em pé e é pesado demais para ficar no meu colo.

- É uma delícia- Diz com voz ronca.

Não nego o efeito que ele tem sobre mim, pois me arrepiei toda quando ele fala com essa voz.

Matheus percebe isso e se aproveita, como agora quando me puxou para mais perto de si, onde o mesmo beijou meu ombro.

- Você não vale nada- Murmuro quando o mesmo faz uma trilha de beijos até meu pescoço.

- Nunca disse ao contrário- Diz fazendo carinho na minha coxa.

[...]

Resolvi fazer um drink sem álcool pra mim, pois já estava enjoada de beber só refrigerante.

Estava na cozinha enquanto na caixinha do som tocava Ana Castela.

Sou viciada nas músicas dela, tenho todas na minha play list.

Agora estava tocando "Não para", uma música dela com a Belle Kaffer. A batida era viciante e animada, impossível não se dançar.

Vou misturar modão com baile da gaiola
Deixa tocar funk com moda de viola
A boiadeira virou maloqueira
A boiadeira virou maloqueira
A boiadeira virou maloqueira

Solta, largada que eu vou cavalgar
Ah, se prepara, a boiadeira vai brincar
Quando me ver chegar, vai se apaixonar
Senta, que o show vai começar

Fiz meu drink com morando, hortelã e energético de melancia.

- Se tudo der errado eu viro barmen- Digo mostrando meu copo com uma boa apresentação para Matheus que me encarava com uma expressão divertida.

- Faz um pra mim, só que com álcool- Pede me dando um selinho.

Concordo com a cabeça e vou até a geladeira fazer seu drink.

Escolhi um que vai vodka, energético de maçã verde, limão e hortelã.

Vou misturar modão com baile da gaiola
Deixa tocar funk com moda de viola
As boiadeira virou maloqueira
As boiadeira virou maloqueira
As boiadeira virou maloqueira

De naveira, de cavalo, caminhonete, som no talo
Eu adoro, eu me amarro
De shortinho cavadinho ou fivela de peão
A boiadeira não para, não
A maloqueira mexe o rabão

Finalizo o drink colocando gelo e entregando para o mesmo.

- Prontinho-

Ele prova e faz um careta como se estivesse.

- Idiota- Riu de sua brincadeira.

Ele aperta meu nariz e me da um selinho demorado.

[...]

Já estava a noite.

Depois de passar uma tarde descontraída e cheia de brincadeiras, nós tomamos banhos.

Saio do banheiro já de pijama.

Estava um calor desgraçado nessa casa. Liguei o ar-condicionado no quarto, senão não iriamos conseguir dormir essa noite.

Matheus entra no banheiro para tomar seu banho enquanto eu passo creme no corpo.

Vou na cozinha beber alguma coisa, pois minha garganta estava seca. Pego um suco de laranja e para minha sorte eu acabo derramando na roupa.

Murmuro um palavrão e limpo o que sujei.

Vou para o quarto e aproveito que Matheus estava no banheiro e tiro a blusa para trocar por uma regata, já que o suco só caiu na parte de cima.

Eu normalmente durmo com uma camisa 3 vezes maior que eu pois é bem confortável, só que eu só trouxe uma para dormir na praia.

Agora eu estava com um short minúsculo baby doll e uma regata que marcava bem a minha cintura e meus seios.

Era estranho me sentir bonita assim, ainda estava em fase de amor e ódio com meu corpo.

Fico me olhando no espelho do quarto para me acostumar com o que eu estou vendo, quando a porta se abre e Matheus aparece no quarto com seu short de dormir e sem camisa, mostrando sua barriga definida com gotículas de água escorrendo.

Puta que pariu

Desvio meus olhos do mesmo e encaro o espelho a minha frente.

Minha bochechas deram um leve corada .

Coloco a blusa suja na sacola para lavar quando chegar em casa e me deito na cama, em seguida Matheus faz o mesmo depois de desligar a luz.

Sem achar uma posição confortável eu viro para o lado que o delegado estava e encontro seus esferas me encarando.

Estávamos frente a frente, bem pertinho um do outro, nossas bocas estavam a poucos centímetros de distância e meu coração batia rapidamente.

Eu estava nervosa.

O mesmo se aproxima ainda com os olhos no meu e me beija.

Colocando minha mão em sua nuca aprofundo o beijo.

Sinto sua mão livre segurar minha cintura colando nossos corpos. Com a nosso aproximação física sinto um volume em minha barriga.

Eu sabia o que era e por incrível que pareça eu não estava com medo, muito pelo contrário, eu também estava desejando seu corpo.

Separados pela falta de ar ele me encara.

- Tem certeza que quer continuar?- Pergunta olhando nos meus olhos.

Assinto intercalando meu olhar entre seus olhos e sua boca.

- Alice...se eu continuar eu não vou parar- Sussurra pesadamente.

- Mas eu não quero que pare- Susurro de volta o beijando novamente.

Dessa vez nosso beijo não era calmo e nem apaixonante, era desesperado e cheio de desejo.

Eu sabia que a noite ia ser longa...e isso me excitava.