Eu estava nervosa e assustada com o que estava acontecendo.
O esconderijo onde Matheus me escondeu era escuro, eu não conseguia ver nada e o sinal não era bom.
Meu Deus proteja ele por favor!!
Eu imploro senhor
Orei baixinho um pai nosso e pedi proteção pra mim e Matheus, quando escutei uma gritaria na sala.
- FALA LOGO ONDE ELA TÁ PORRA!!- Exigiu Gabriel.
- Ela não está aqui! A Alice saiu a pouco tempo- Mente Matheus com a voz controlada.
- Presta atenção delegadinho de merda! Se ela não aparecer você vira penera- Ameaça meu ex com a voz cheia de ódio.
Me apavoro com sua ameaça e tento destrancar aquela passagem.
Ele não pode morrer!
Muito menos por mim
Tento força a fechadura da porta, mas me afasto rapidamente quando escuto passos se aproximando do quarto.
Sabia que era Gabriel, pois seus passos eram nervosos e rápidos.
Ele abre a porta do quarto com agressividade e começa a vasculhar o local.
Até que ele abra o guarda roupa.
Nessa hora eu tapo minha boca para não fazer qualquer barulho.
Ele mexe nas coisas do guarda roupa mas ao não encontrar nada, fecha a porta do móvel com força.
- CADÊ AQUELA PUTA?!- Grita furioso.
Acredito que o mesmo esteja armado, pois do contrário, Matheus já teria o imobilizado.
Escuto seus passos por todos os cômodos da casa, ele sabia que eu estava lá mas não sabia aonde.
Pego meu celular e vejo as mensagens de Paulo.
" A polícia acabou de chegar aqui em baixo"
" Tem alguém ferido?"
" Não, por enquanto ninguém ferido"
" E os policiais que estavam disfarçados dentro do prédio? Não virão aquele cara entrar??"
" O filha da puta, entrou como motoboy. Tinham acabado de fazer a troca de porteiro, ele aproveitou para enganar o que entrou nesse horário"
Paro de responder Paulo quando escuto a voz da delegada Karina pelo auto falando.
- Gabriel Vasconcelos, aqui quem fala é a delegada Karina. Se entregue a polícia e solte o refém- Falou a mulher provavelmente do lado de fora do prédio.
- PORRA! COMO VOCÊ AVISOU A POLÍCIA?! ELA TA AQUI!- Disse o demônio.
- O prédio tinha policiais disfarçados, e câmeras de segurança. Acha mesmo que ia entrar na minha casa e a polícia não ia saber?- Perguntou o delegado com a voz calma.
- CALA A BOCA!- Mandou Gabriel - ACHO BOM FICAR QUIETO SE NÃO QUISER UM TIRO NA TESTA- Ameaça novamente.
Me desespero por ele estar com uma arma de fogo. Seria menos pior se fosse arma branca.
Aí Deus
Tento forçar a fechadura novamente, mas sem sucesso.
Sem esperanças me sento no chão no passagem secreta, quando espeto minhas costas em algo pontudo.
- Porra- Murmuro baixinho.
Pego o objeto que me machucou e vejo que é uma chave de fenda com a ponta achatada.
Observo a fechadura e vejo que a chave consegue destravar a fechadura da porta.
Pego a ferramenta e com cuidado tiro os parafusos. Com sorte a fechadura não caí.
Antes de abrir a porta eu mando mensagem para Paulo.
" Mande policiais para ficarem no corredor do nosso andar, perto da porta"
" Ta doida?! Pra quê?"
" Faz logo!"
Demora uns 5 minutos quando ele responde:
" Estamos posicionados aqui. E agora?"
" Fica esperto. Quando eu gritar seu nome você arromba a porta sem medo"
" Cuidado pequena"
Desligo o celular e com cuidado afasto a porta da passagem. Assim que eu saio do esconderijo, pego a arma e fico atrás da porta do quarto.
- FALA LOGO! CADÊ AQUELA VADIA?- Pergunta novamente alterado.
- Eu já disse que ela não está aqui. Perdeu seu tempo vindo pra cá- Diz Matheus com a voz calma.
- Pra quê você ainda protege ela em?! É a transa com ela né. Só a protege por isso- Fala o embuste cínico.
- Não sou como você. Eu sou um homem de verdade, não um moleque- Diz o delegado com a voz ríspida.
Aquela porra perdeu o juízo foi?!
Bater de boca com o cara armado!
- Para delegado. Só estamos nós dois aqui, eu entendo você. Por muito tempo só a quis por isso- Confessa Gabriel chocando o total de zero pessoas- Mas a desgramada foi me enfeitiçado... Por mais que você durma com ela, saiba que ela é MINHA, a Alice é MINHA- Fala possessivo.
Matheus não diz nada apenas fica em silêncio.
A delegada do lado de fora, tenta negociar com Gabriel, mas ele só a ignora.
- Você não ama ela, você é obcecado pela Alice. Mas saiba que eu jamais deixarei você encostar um dedo nela novamente- Brada Matheus.
Gabriel ri como um verdadeiro psicopata.
- Não se engane. A Alice é minha, e eu e ela vamos ficar juntos depois de tudo isso- Diz risonho.
- Aé? E como? Por que daqui você sai preso ou morto- Fala Matheus.
Essa praga não era delegado?!
Não sabe que não pode atiçar um louco que está com uma arma apontada por ele?!
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Meu Delegado
RomanceAlice se vê livre ao terminar um relacionamento tóxico de dois anos. Ela consegue seguir sua vida, onde começa a faculdade de dança na cidade de São Paulo. A garota estava feliz com seu recomeço, mas a aparição repentina de seu ex muda tudo. O dele...