A morte

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Alice narrando

A morte... como descrevê-la?

No dicionário a morte é descrita como:
" 1.interrupção definitiva da vida de um organismo.
2. fim da vida humana."

Mas para quem perde alguém, a morte não é só o fim de uma vida humana... é o fim de uma história, fim de sonhos para realizar e fim de momentos para viver.

Nunca esperamos a morte bater a nossa porta, mesmo quando os médicos nos desenganando. É difícil aceitar que alguém que amamos não vai mais estar presente para ver nossas vitórias, para nos apoiar em momentos complicados de nossa vida conturbada.

Jamais pensei que viria em seu túmulo uma vez por mês para lhe dar flores, mesmo depois de tudo que fez por mim, depois que eu tanto te julguei.

Minha mãe...

Faz alguns meses desde todo o ocorrido com Gabriel.

Matheus se recuperou rapidamente em casa depois de sair do hospital, Jenifer foi presa por descumprir a medida protetiva, Clara e Paulo vivem se pegando no off mas negam até a morte que gostam um do outro, dona Rô tirou umas férias para si mesma e foi para o Rio de Janeiro com sua amiga, a delegada Karina está namorando com a Denise, acredita?!

Fiquei muito feliz pelas duas. De vez em quando elas vão lá em casa para nós fazermos alguns programas de casal.

Meu pai veio falar comigo, pedir perdão por tudo que fez comigo e com a minha mãe, eu o perdoei, mas não queria ter contato...pelo menos não agora. Ele confessou a polícia tudo fez com a minha mãe e que foi responsável pela morte da mesma, não deu em outra, meu pai foi preso e vai passar alguns anos na cadeia para pagar pelo que fez, ele diz que não vai lutar para sair mais cedo da cadeia, pois viu que o que ele fez com a minha mãe, fizeram comigo, só que o rumo das nossas histórias foi outro.

Gabriel está preso e seu pai também, vão ficar em regime fechado até o julgamento. Recentemente soube que ele teve que ir para a solitária por que os presos descobriram seus atos fora da cadeia e começaram a agredir e ameaçar o mesmo.
Sua mãe teve que sair do país pelas ameaças da população contra a ela que sabia de tudo e nunca abriu a boca para ajudar.

Nesse exato momento eu estou de frente ao túmulo aonde minha mãe foi enterrada.

O detetive amigo do Matheus descobriu que ela não resistiu à aquele acidente de carro e veio a óbito.

Sinto os braços do meu namorado em meus ombros.

Olho para o mesmo e encontro seu olhar carinhoso que tanto me conforta.

- Estou aqui- Fala baixinho.

Concordo com a cabeça e deixo um beijo na rosa vermelha antes de deixá-la em cima do nome da mulher que me deu a vida, e me despeço da mesma.

Entrelaço a minha mão na mão do delegado e juntos saímos do cemitério.

Entramos no carro.

Coloco o cinto me preparando para irmos viajar para praia. Passaríamos o feriado lá só nós dois.

Jack ficou na casa de Clara, pois o mesmo seria usado como exemplo para os cachorros que saíram treinados por esses dias.

- Eu te amo- Diz ele beijando as costas da minha mão.

- Também te amo- Digo depositando um rápido selinho em seus lábios.

Dando partida no carro nós fomos para o litoral de São Paulo. Ficaríamos numa casa de praia por 4 dias, já que o feriado caiu numa quinta e meu trabalho emendou na sexta.

Matheus ainda estava de "férias" da delegacia e queria aproveitar seus últimos dias relaxando no sol e bebendo água de coco.

Sinto um bom pressentimento desses dias na praia.

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Oi gente,

Desculpe pela demora de postar capítulo, mas estou meio enrolada com trabalhos, provas e curso. Porém,  prometo compensa-los nesse fim de semana.

Beijos!🤭💋

Meu DelegadoOnde histórias criam vida. Descubra agora